Noite escura
Vento forte
Escorre o cansaço
Treme o medo
Escorrega o pé(tictictictictictac)
Cai o corpo
Mata a dor
Fere a culpa
tictictictic tac
tictictictic tac
tictictictic tac
Chora a chuva
Canta a alma
Brinca a mente
Cansa a gente
E toca o sino(tictictictictictac)
E arrepia(tictictictictictac)
tictictictictic tac
tictictictictic tac
tictictictictic tac
Perde o tempo
Gasta a energia
Dói a cabeça
Desgasta a fome(tictictictictictac)
E fala a hora...
E faz acontecer...
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Dizem que o meu olhar é triste
Dizem que sou inteligente
Não me importando com tudo isso
Digo que não me sinto triste
e muito menos inteligente
Só vejo coisas pouco como são
E sinto coisas como pouco se vê
Troco o amor que me resta
E chego ao mais profundo ser
Que me toca por dentro
Vivo o tempo do não tempo
Ouço o balançar dos sinos
Como quem ouve um trilimtimtim
de cada vez, pela primeira vez que ouviu
Quando chove sinto toques, sinto calafrios
E chateio-me por ver nas cores, cores que nelas não têem
Mas cada dia é um dia
Nunca igual ao que passou
Cada dia é um reflexo
da minha alma que se me descolou
Tudo em mim se mexe
E mexo eu com tudo também
Escondendo minha sincera timidez
Numa profunda e ágil estupidez
O medo, faz de mim amiga
A coragem, faz de mim rebelde
E não me perco por entre brumas de folhas de árvores caídas
Encontrando-me no desencontro de encontrar
Amo o desapego da ilusão de amar
Resta-me duvidar e resta-me brincar
Pois, que amor haverá?
E por onde irá passar?
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