Ao encontro do fascínio
Duro é estar em Lisboa
E ver-te em todo o lado
E ver-te em todo o lado
Em cada esquina te reencontro como te encontrei da primeira vez
Em cada passo te reconheço numa aparência familiar
Em cada passo te reconheço numa aparência familiar
Em cada rua te vejo passear com o mesmo olhar aéreo, intenso e profundo
Da mesma forma que me olhavas antes
Sinto-te na história da minha vida
Como um fascínio por um passado ancestral já escrito em antigos monumentos lisboetas
Como um fascínio por um passado ancestral já escrito em antigos monumentos lisboetas
Agora, és história viva em mim
Poesia visual prazerosa e sensual
Poesia visual prazerosa e sensual
Música que eu escuto, num chorar de melancólicas notas de solidão
Estás na minha revolta pessoal por não te ter entregue mais um pedacinho de mim
Fizeste-me questionar até o brilho das estrelas do céu, pois viste o fisicamente incorrecto no que já parecia alquimicamente tão certo
Tal está a tua presença tatuada e cravada em mim que nem o milagre dos séculos apagarão o amor que um dia se desabrochou
És poesia, história, um romance sem fim
Parte mais secreta, inabitada que existe em mim
Profunda fraqueza que com força escondo
Disfaçada num ilusório véu, de fragilidade infantil
És o meu desejo secreto de morrer para ser tudo o que nunca fui mergulhando numa eterna entrega rumo ao desconhecido
A nossa criação não teve manifesto porque recusou-se a ser
Pois dolorasamente renegaste todo um destino que já traçado estava
Sem dares a conhecer nem um motivo de tal final precipitado
Marcaste com pura ausência, cada lágrima numa eterna espera
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