Wednesday, October 23, 2013
insaciar
Não sei se gosto de ti..
mas gosto do gosto do teu tipo. da tua imagem..
do teu jeito descrito
Não sei se te conheço a alma..
não sei sei te entendo ou se é a mim que vejo..
mas observo e é o teu tipo que gosto.
É do teu gosto que gosto é do teu sabor..
é da tua visão do mundo.
Uns vêem o mundo azul.
Outros vêem o mundo roxo.
Outros alternam como eu indecisos de suas adequadas capas..
mas tu.. gosto da tua sina que é só tua e de poucos mais..
do teu verde natural em tudo integral..
tão transparente de seres fraco por fora e branco por dentro, autêntico
e se eu te visse?
que desilusão, melhor seria se nunca te visse.
E se eu visse quem tu realmente és?
E se eu te visse e descobrisse que tu és tão colorido quanto eu?
E se eu visse que tu até és quase desumano ou até humano demais?
Acho melhor que não te veja
Melhor não ver como és na totalidade
Para manter essa pureza de sonhar sem ter saciedade e poder manter-me na beleza da espera
Porque se analiso, se vou ao âmago.. na verdade é o âmago de tudo que amo..
e não há realmente um objecto a amar.. só existe o desespero
o desespero insaciado de amar tudo
mas gosto do gosto do teu tipo. da tua imagem..
do teu jeito descrito
Não sei se te conheço a alma..
não sei sei te entendo ou se é a mim que vejo..
mas observo e é o teu tipo que gosto.
É do teu gosto que gosto é do teu sabor..
é da tua visão do mundo.
Uns vêem o mundo azul.
Outros vêem o mundo roxo.
Outros alternam como eu indecisos de suas adequadas capas..
mas tu.. gosto da tua sina que é só tua e de poucos mais..
do teu verde natural em tudo integral..
tão transparente de seres fraco por fora e branco por dentro, autêntico
e se eu te visse?
que desilusão, melhor seria se nunca te visse.
E se eu visse quem tu realmente és?
E se eu te visse e descobrisse que tu és tão colorido quanto eu?
E se eu visse que tu até és quase desumano ou até humano demais?
Acho melhor que não te veja
Melhor não ver como és na totalidade
Para manter essa pureza de sonhar sem ter saciedade e poder manter-me na beleza da espera
Porque se analiso, se vou ao âmago.. na verdade é o âmago de tudo que amo..
e não há realmente um objecto a amar.. só existe o desespero
o desespero insaciado de amar tudo
Thursday, October 17, 2013
homem com medo
oh homem tu tens medo de mim
por que me faço forte sem ser
por que eu me faço fraca quando tenho força
porque eu me desfaço quando me podia fazer
porque eu descalço-me quando tu calças um belo sapato
porque eu solto-me quando tu segurarias
porque eu durmo profundamente no que te faz sonhar
porque eu esqueço daquilo que me poderias contar
porque eu faço segredo daquilo que dirias a qualquer um
porque eu digo a qualquer um aquilo que tu farias segredo
porque o meu corpo aquece quando o teu consegue estar frio
porque tu gostas de por coisas a funcionar e eu agarro nisso e simplesmente misturo tudo
porque o meu peito é doce e o teu é amargo para ninguém o poder tocar
porque eu danço em segredo o que tu em segredo procuras desvendar
porque eu escrevo em papel o que tu nem ousas imaginar
porque eu sonho em deixar quem sou e tu sonhas em seres tu em tudo
porque eu vivo para deixar de viver e tu vives para pensares que vives
porque nós somos diferentes para nunca sermos iguais
porque nos desencontramos para podermos sonhar ainda mais
porque tu tens medo de mim e eu que nunca vi razões para isso...
por que me faço forte sem ser
por que eu me faço fraca quando tenho força
porque eu me desfaço quando me podia fazer
porque eu descalço-me quando tu calças um belo sapato
porque eu solto-me quando tu segurarias
porque eu durmo profundamente no que te faz sonhar
porque eu esqueço daquilo que me poderias contar
porque eu faço segredo daquilo que dirias a qualquer um
porque eu digo a qualquer um aquilo que tu farias segredo
porque o meu corpo aquece quando o teu consegue estar frio
porque tu gostas de por coisas a funcionar e eu agarro nisso e simplesmente misturo tudo
porque o meu peito é doce e o teu é amargo para ninguém o poder tocar
porque eu danço em segredo o que tu em segredo procuras desvendar
porque eu escrevo em papel o que tu nem ousas imaginar
porque eu sonho em deixar quem sou e tu sonhas em seres tu em tudo
porque eu vivo para deixar de viver e tu vives para pensares que vives
porque nós somos diferentes para nunca sermos iguais
porque nos desencontramos para podermos sonhar ainda mais
porque tu tens medo de mim e eu que nunca vi razões para isso...
amanhecer
Amanheceu e eu corro,
ingulo o grito, fujo a luz na correria
o grito escorre-me nas entranhas e eu seco o sentimento do outro que observo
porque é dia
E o dia prossegue, e eu guardada, mantida, preservo
como planta ingénua, aos olhos outros tão sacrificada
em silêncio mentido desminto calada
Se quero é a busca do ser íntimo preservado,
se algo é escapado de mim sem querer..
é só por breves momentos,
que foram dos doirados raios de sol quentes do entardecer
banhados em azul e roxo e não de mim
Sou a noite, é da noite que eu sou
das verdades esquecidas, sou do ser despido,
sou desse ser desengolido, sou do mistério
sou do velho desclassificado, da alma velha vidente, do sofrido
e porque a noite revela as pessoas, as noites revelam quem sou
daquela violeta esquecida, daquela menina caída no chão
da desilusão da vida que tão diluída se passa dum jardim florido
para uma incompreensivel multidão,
multidão dos passeios sociais inconscientes
Refaço-me nesse ser fluido, procurando respirar, o ar...
faço refluxo do que vi para ver
só no entardecer eu vejo o que a água diz
E eu me entregaria, me renderia de bom grado a essa noite tão chegada
só para esquecer que quase me cegava há instantes atrás
se houvessem braços a um homem bom,
se houvessem folhas numa árvore despida
se houvessem lágrimas num qualquer mar que fosse suficiente
se a vida que a ainda me restasse fosse essa
e se eu finalmente a visse
já ficaria feliz de ser eterna em sentimento
se houvesse esse gosto de terra,
que eu pudesse comer
se houvesse no que eu me apaixonar
eu engoliria o chão
engoliria o chão e floria não só em roxo,
mas em todas as cores possíveis para sonhar
lavando-me em aguas de não precisar pensar
.
ingulo o grito, fujo a luz na correria
o grito escorre-me nas entranhas e eu seco o sentimento do outro que observo
porque é dia
E o dia prossegue, e eu guardada, mantida, preservo
como planta ingénua, aos olhos outros tão sacrificada
em silêncio mentido desminto calada
Se quero é a busca do ser íntimo preservado,
se algo é escapado de mim sem querer..
é só por breves momentos,
que foram dos doirados raios de sol quentes do entardecer
banhados em azul e roxo e não de mim
Sou a noite, é da noite que eu sou
das verdades esquecidas, sou do ser despido,
sou desse ser desengolido, sou do mistério
sou do velho desclassificado, da alma velha vidente, do sofrido
e porque a noite revela as pessoas, as noites revelam quem sou
daquela violeta esquecida, daquela menina caída no chão
da desilusão da vida que tão diluída se passa dum jardim florido
para uma incompreensivel multidão,
multidão dos passeios sociais inconscientes
Refaço-me nesse ser fluido, procurando respirar, o ar...
faço refluxo do que vi para ver
só no entardecer eu vejo o que a água diz
E eu me entregaria, me renderia de bom grado a essa noite tão chegada
só para esquecer que quase me cegava há instantes atrás
se houvessem braços a um homem bom,
se houvessem folhas numa árvore despida
se houvessem lágrimas num qualquer mar que fosse suficiente
se a vida que a ainda me restasse fosse essa
e se eu finalmente a visse
já ficaria feliz de ser eterna em sentimento
se houvesse esse gosto de terra,
que eu pudesse comer
se houvesse no que eu me apaixonar
eu engoliria o chão
engoliria o chão e floria não só em roxo,
mas em todas as cores possíveis para sonhar
lavando-me em aguas de não precisar pensar
.
Monday, October 14, 2013
respiração
Olho a volta e o
respirar custa…
Tenho em mim essa
vontade de fugir, de correr nao sei bem para onde
E corro e esqueço
o caminho, num silencio profundo, esquecendo de mim
E mesmo assim,
persiste em horas vagas, essa vontade de ficar, de olhar a volta, de respirar
as entranhas de cada um, em sangue sendo tudo
Tenho a vontade
de entender…
Há aquela vontade
de criar, de reinventar o momento, de reconhecer o futuro
Sob uma nova luz,
de sonhar
E permanece no
peito, a triste flor, aquela tristeza pelo que se deixou, pelo desamor, pelo
desapontamento,
Há uma reprovação
própria com cheiro a arrependimento
E a vida é para
mim assim em turbilhão, tão sentida de se querer sentir
Tão pouca de se
querer sempre mais, dela querer-se tanta em tantos sítios ser mais
Ah… e mesmo assim,
não sei como, tenho tempo de ter a eterna ânsia do outro.
Vontade do que se
não conhece ainda… vontade do que se quer por estar coberto
Vontade de querer
o que não se viu.. nem se ouviu falar..
Ah como eu quero
a vida depois da morte..
A vida depois da
minha morte em ti..
E é por isso que dou
por mim que até me esqueço de viver
De apreciar as
pessoas. as pessoas que tanto aprecio ver..
As vezes nem as
comunico finjo que nem as vejo.. só para apaixonar-me mais por elas
Apaixono-me até nos
sonhos..mas elas nem querem saber o que penso..
Eu por outro lado
deixo de pensar por elas e ao mesmo tempo..
Nelas vejo quem
eu própria sou e não sou.
E o que o agir
faz na vida afinal?
Se se faz tão
pouco se pensa..se o pensar pode matar a própria vida que age..
Melhor seria
desapegar-me de tudo.. sendo um super ser introspecto em tudo.. ser mero
reflexo eu me entenderia a mim mesma assim..
Não ter vida,
sendo a vida, vivendo só esse apreciar.. matando a própria alma.. fazendo-a
calar em dor
Ou viver e
esquecer tanto pensamento.. tanto papaguear interno papagueando o que a boca
diz para disfarçar a dor do interior esquecido…
Ninguém me disse
que viver seria isso, oh corda bamba da ilusão, viver mais parece um
ilusionismo entre deixar ir e ao mesmo tempo querer.
Saturday, October 05, 2013
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