Se eu não soubesse do que sempre soube
De ouvir o bater o coração quando se aperta a mão da nossa mãe em criança
Se eu não seguisse o caminho que eu própria defini
Como quando se esquece do medo e de seguir o que os outros dizem
Se eu não tivesse registado o que sonhava em criança
Escrever, cantar, pular, saltar e cair
A vida é por nós definida de dentro
A vida é tingida sempre no mesmo timbre como o timbre da voz
Mudam as paisagens, mudam algumas vontades, mudam algumas pessoas
Mas de dentro existe um abrigo, uma âncora que segura, como raíz de árvore
uma essencia serena.
Se eu não soubesse que o mundo seria frio e que os invernos viriam
Se eu não soubesse que a infancia sempre seria doce e o tempo entre vidas desafiante
Como mudam as estações, como mudam os namorados, as vidas são inconstantes, mas a verdade incorruptivel
Tempos de numeros, tão falíveis com os jogos de loteria
Tempos em que se diz ter tudo, quando não sentimos nada
A vida é anestesiada, a vida é camuflada, a vida fica do que já passou, a infância!
Como agora sonho com os tempos em que era completa dentro de mim, completa de humana, completa de paixão por ver com olhos sensíveis a minha própria vida de criança.
Agora, sou vestigio desse passado, como um ser que ainda hoje amo. Esse é e será o meu novo e eterno amor.
Esse passado que desespera esse futuro que sem modos, nunca tem medo de ver.
Wednesday, July 30, 2014
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment