Encontrei-te entre o fim e o início, assim entre fases dispersas
Dizias-me olhar e sorrias quando eu chorava. E quando eu sorria era para curar-te das tuas inquietações.
Vivi-te a cada instante e segundo, e sonhei-te todo em mim, aparecias assim nos sonhos do meu peito como um ser budico risonho.
Viajamos mesmo enquanto deitados, cantamos, oramos, caminhamos e criamos uma família de sonhos não concretizados.
Chorando juntos o nosso fim, ficamos calados frente a frieza nua do que já estava destinado.
Encontrei-te no fim e no inicio do meu corpo e no fim da minha própria alma em pele tu surgias a cada dia.
Quase que completamente real, mas quase que pouco improvável para mim a tua pele escura era o meu laço a vida, a vida que em mim adormecia, e desfazia-se no que tu quisesses.
O meu coraçao queria te sempre por perto mas a vida tenta sempre roubar mais espaço em mim.
E eu chorava teimosa, no que não podia suportar, desde o inicio eu sabia daquela energia ser maior e nós apenas peões.
Sabia de ti seres ser dum mistério natural, existente numa natureza etérea de mim, mas teimava.
Teimava seres meu no mais improvável dos mundos, que o teu reflexo me fazia crer e acreditar.
Mas o mundo foi muito real muito provável mais uma vez, segui o rumo dos planetas maiores do que o meu coração a bater por ti.
Eu pergunto quais serão os destinos, e o porque das mortes no ventre, a razão dos filmes finais. mas a razão do nascimento dos mares fica sempre no mistério de um véu encoberto, e eu fico sendo rainha de um mar vazio. Dona de tempestades que ficam presas fora de mim impedida de minha própria vida, toda eu própria entregue ao mundo.
Amei-te por seres homem de um só mundo de sons, mas eu não valia o preço do teu futuro, nem as cores das tuas vestes, era o corpo que habitava esse som teu num contemplativo baloiço.
Amei-te, chorei, e agora sigo em frente apenas pela sorte dum futuro.
Wednesday, May 06, 2015
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