A noite que é dia para corpos mortos.
O frio que é o calor da dor de tantos porcos.
A ausência que é presença para os que se identificam com a cobertura.
Fui eu quem reneguei tudo isso, quem renegou o musgo do vento, a prata do tempo?
A vida é morte para os que cavam fundo.
A fruta é amarga para os que escondem o que sofrem
A sina que é sorte para quem se mexe nas migalhas da comida que outros deixaram apodrecer.
Fui eu quem construiu nisso tudo, quem construiu na desconstrução, fui a comunicação do defunto?
A Luz que é a oscilação de maresia,
A Magia do coração que não sabe o porquê do seu toque
O Silêncio que é a voz dos que não tem voz, o idealismo esquecido em nosso pobre viver
Haverá o que desfazer no que já foi feito, haverá cintilar na escuridão, será possivel dizer o que não foi dito, e aparecer sem corpo e sem direcção?
O que foi da distância que vai entre o que existe e o que não existe?
qual foi a aparição da vítima que era a causa da violação?
Será o sistema que cega quem pode provocando a falsa necessidade?
Será o ferir da vontade, o medo de ser alguém mais?
E se falhar for o que houver para fazer.. ?
Friday, November 15, 2013
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