Adoro amar-te a distância.
Como adoro buscar inspiração na
minha ausência de mim.
Adoro flutuar em presença.
Como adoro buscar refúgio num
silêncio das palavras que não digo.
Adoro o contraste da diferença que tenho de outros,
para
exaltar-me em algum objecto de paisagem.
Adoro a vida, vivida num fôlego.
Como adoro a vida do
passado que já morreu.
Adoro acariciar-te até em minha própria mente.
E observar
pessoas mentirem a si mesmas,
ao exaltarem as suas próprias existências medíocres.
ao exaltarem as suas próprias existências medíocres.
Adoro escrever, porque me permite existir,
quando doutras
coisas prefiro abdicar por serem tão existentes, que se tornam triviais.
Embora seja nas coisas triviais, que busco conforto e não
nas pessoas.
Cedo senti que pessoas significativas fugiam de mim,
então aprendi que possuo pessoas na ausência.
então aprendi que possuo pessoas na ausência.
Adoro não significar nada de ninguém,
como adoro significar tudo para alguém num segundo apenas.
como adoro significar tudo para alguém num segundo apenas.
Como adoro não ser nada, para poder ser
tudo ao mesmo tempo.
Adoro-te mais ao longe, e só a distância concordo contigo.
Por eu ser insustentável ao meu próprio corpo,
tu tornas a minha vida real.
tu tornas a minha vida real.
Enquanto em meu próprio corpo, eu seria insustentável a minha imaginação.
Só na imaginação, permito-me amar ao longe.
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