Não há sentimento que cure
Não há lágrima que em mim se deixe afogar
Nem pranto que se deixe navegar neste mar,
à beira-mar
Não há o que saborear neste vento tão seco
do momento
Nem brisa que pare, para que eu a possa observar
Não há mais luzes que possam alegrar pupilas de olhos ingénuos
Nem canto para saciar a fome e a vontade de chorar
Nada há do tempo que espere, que faça um coração voltar a bater
Nem restos que sobrem dum deserto,
de momentos que ficaram por viver
Ouço muito do pouco que vejo
E esqueço pouco do muito que me permitiria viver
Neste além que são pouco mais do que lamentos
Ganho das asas, o voo.
A espera de abrir asas e desfazer-me em paisagens
para nada ser mais do que chão
Poderei, ainda, ser da natureza dos sonhos para não sentir nada em vão?
Thursday, May 15, 2014
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