Eu queria agarrar o sentimento que sinto por ti, como quem arranca uma flor dum terreno baldio, mas sempre que tento deixo me levar com o vento
Queria ter te sempre ao meu lado como se fosses um espelho, um reflexo de mim
Sim, ser egoista, ser cruel, e o meu sentimento por ti, e integral, integro e profundo.
Sim, sem pensar em ti, sem querer saber da tua dor, apenas lembrando de mim, afinal, sem ser amor.
Tu fazes questao de mostrar me, de fazer me ver que tu tambem existes, e a tua distancia prova-me e faz me provar o meu proprio desprazer, de nao existir.
A tua ausencia carrega o meu peito e deixa-me longe de mim, da minha ideia de mim ao teu lado.
E enquanto chove, eu sinto como se eu chorasse, penso em como seria se pudesse amar-te, ver-te como es, sem ilusoes.
Afogo as ilusoes de ti, varias vezes seguidas, na esperanca de encontrar algo consistente, de refazer me em algo de real em ti.
Afogo as ilusoes de ti, varias vezes seguidas, na esperanca de encontrar algo consistente, de refazer me em algo de real em ti.
Queria ver-te para alem do que imagino de ti. Amar-te ao largar-te no mar das minhas emocoes e lancar as redeas para ninguem nos vir socorrer.
Nao quero precisar prender e nem disfarcar meus sentimentos, quero amar te finalmente e intimamente em mim.
Conhecer cada detalhe do teu rosto, conhecer todos os caminhos que percorres ao longo dos desertos da tua solidao. Agarrar-te e abrigar-te em meu ventre, sempre que te sintas desamparado e sem teto em todas as terras de ninguem.
Queria que crescesses em mim como um filho, que soubesses que eu estaria ali todos os dias para fazer-te um jantar colorido e rir-me contigo aconchegando-me em ti antes de adormecer.
Ate agora, deste me o sofrer por tua ausencia, mas eu queria o filho da nossa revolucao conjunta, um filho que trouxesse o futuro das nossas ilusoes nao concretizadas por falta de tempo.
Queria calar todas as bocas amedrontadas e afrontar todos os que receiam os estranhos, mostrar que nao somos de lugar nenhum juntos, mas somos de nos mesmos e de mais ninguem.
Sermos juntos as contradicoes de todas as terras e de todos os lugares do mundo e termos todas as religioes do mundo com morada em nosso peito e em busca de refugio nos medos do nosso anoitecer.
Queria calar todas as bocas amedrontadas e afrontar todos os que receiam os estranhos, mostrar que nao somos de lugar nenhum juntos, mas somos de nos mesmos e de mais ninguem.
Sermos juntos as contradicoes de todas as terras e de todos os lugares do mundo e termos todas as religioes do mundo com morada em nosso peito e em busca de refugio nos medos do nosso anoitecer.
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