Monday, September 02, 2013
fala da natureza
Sinto me na intima chama do vazio
Viajo por ausências onde desfaço-me em paisagens esquecidas
Grávida de momentos passados o silencio se veste em minhas vestes amigas
Gestos contam-me histórias de passagens em que passei destemida
Que falam mais de mim do que palavras foram capazes de dizer
Momentos de eternidade se alevantam
Dizem sons calados dessas noites de forças transmutadas em todas as cores
Porque a natureza fala a quem quiser ouvir
Veste-te e só se ela quiser é que has-de ser capaz de ouvir
Mas não há caminho certo como não há palavra sem distância a percorrer
E quem diz de si apóstolo mente aos tolos do sentir
Veste-te que eu te canto
E canto a quem souber de si rendido ao mar
Não canto a quem se veste mais não se despe quando eu peço mais
ouve os prantos de quem ao teu lado se atrave a me desejar
Sou mãe, sou ave, vem a mim
Na tua natureza só e sujo encontrarás
Assume tua natureza fraca de pouca duração
Pois só se assumires fraqueza encontraras a luz na desolação
o vento fala
o mar abraça
montanhas, como momentos de força
a lua grita
a noite transcende
as aves mostram tua liberdade como é
solitária e fragil
visto-me de ti hoje
porque do hoje tua sina se desfez em mim
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