Temos monstros no interior
Monstros de dor passada que insistentemente deseja ser revivida
Monstros de alegria que querem sugar insistentemente qualquer vestígio de alegre nostalgia
São monstros que não esperam
Que dizem em nosso ouvido como devemos ser, ou como devíamos ter sido
Monstros que insistem em nos querer controlar e nos tornam apenas camaleões do momento.
A minha mente diz que eu quero-te aqui, agora!
Mas não! Não te quero fisicamente em meu peito, quero sim, a sensação permanecida e segura em mim de que estarás sempre aqui a meu lado.
Quero algo que não me podes dizer senão apenas eu em meus devaneios interiores posso encontrar e transmutar em verdadeiro amor, mais puro amor para te dar
E te darei!
Come a maça do lindo jardim, meu bem amado, te oferecerei desse nosso amor, e te levarei dessa vez de volta ao paraíso.
Fecha os olhos, e ouve com atenção: vou te contar um segredo.
Somos almas ansiosas da verdade, como crianças intuímos que essa verdade é a essência pura do que nos vão contando ao ouvido.
E por isso, como um beija-flor, retiramos a pureza que é cada preciosa gota de essência que alguém nos contou.
Pacientemente, vamos colecionando peças que nos permitem construir algo dessa verdadeira versão do mundo.
Amor, transmutarei toda posse em amor por ti, e nessa espera te darei todo o tempo.
Eu sei que a pouco e pouco saberemos, como camaleões, camuflarmo-nos entre nações e assim, sem julgamentos, ver a beleza que existe em tudo, que se reflecte sobre toda a dor também.
És forte, és sincero, com firmeza, és herói, foi num dia de sol que eu vi um deus em ti.
E em nosso íntimo somos iguais, estamos cansados de não vermos concretizados os sonhos que há tanto tempo nos tem contado.
Mas juntos com tão grande força do amor, não desistiremos pois somos o propósito do mundo, crianças assustadas e tocadas por angelicais asas de sabedoria ancestral.
Arrepio-me ao ver como me completas, e como cada dia estamos mais próximos de nossa redenção.
Nesse dia entregaremos armas, nossas vestes, nosso pão, nossas convicções, nossa dor, nossa fé, até vermos algo de verdadeiramente real.
Partindo rumo a uma viagem longe desse mundo imaginário onde um dia suspeitamos nascer.
Aqui fomos desaguar apenas, e quando cansados sentimo-nos por vezes morrer aqui, mas não creias nisso querido, não é essa a verdade, nunca estaremos no lugar errado, foi aqui e agora que te conheci!
São cidades. Nos querem fazer crer que não existe solução, que não existe luz que faça frente a tanta escuridão.
Eu vim para te dizer que se aqui estamos é porque somos nós a esperança, parte dessa subtil chama que intensamente clareia esse mundo.
Eu vi amor, eu tenho a visão, pois a semente do amor brota em meu coração.
Brotou no dia que eu te vi, e permaneci assim desde então.
Wednesday, March 14, 2012
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