Todo o mundo diz que ama, e ama!
Mas ninguém e nada pode ensinar a amar!
E se alguma escola ou instituição disser que pode ensinar eu
pergunto,
Como se ensina uma peixe a nadar dizendo que ele não sabe o
suficiente,
como se mostra a um animal que está preso numa jaula, o que
é a liberdade, o que é viver na selva e como
se descreve a sensação de um luar fora de quatro paredes, quando de lá nunca se
saiu.
Todo o mundo diz que quer amar mas não se quer entregar
porque não quer sentir dor!
E eu pergunto se alguma vez se conquistou alguma coisa sem
suor e a ela se deu o devido valor.
E eu pergunto como se pode amar completamente, com toda a
segurança de um bebé num berço fechado, para ele não se magoar…
E eu pergunto se essa entrega a essa dor, essa ausência esse
sentimento de insegurança, não fará parte do próprio acto de amar, do processo
em si, porque talvez um dia, depois de tanta entrega, depois de tanta dor, ela se
deixe de ser dor, ela passe ao estágio seguinte e todo o pranto passe…
Porque no seu limite a dor não se sente, no seu limite o
sofrer se rende, diz que não é de nada nem de ninguém, porque se desfaz em alma
de tudo e de todos…
No fim, não há queixas, nem medos, nem espectativas, nem
falhas, no fim tudo é tão fundo que se larga e deixa ser o simples amor que
sempre esteve lá e ninguém via.
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