Estou a morrer... para o mundo.
Fazer as malas, nova viagem, vou voltar
Tenho visto estrelas a caírem em buracos negros
cadentes...
Ondas de insegurança inundando mares de gente...
A Cruz marca locais nos quais, não se devia entrar...
Mentes vagueando na gravidade da mentira
Longe da Lua...
Olhos fitando dentes, procurando as suas partes
isto depois de um provérbio se tornar realidade...
Cinco sentidos num espírito fechado
O cheiro do sangue depois da colheita
Ver o Homem de Preto como sempre tapado
Tocar no seu vazio, não ser recebido
Saborear a derrota de partir com as mãos abertas
Ouvir o gemer crescendo num grito... silêncio
Não chega
Um Aquário fechado no futuro
Finalmente regressa na pena da Fénix
Por vezes há coisas que não queremos saber...
Silêncio
Brincar com o Destino à Cabra-cega
Ele não vê, ele É.
Gente são memórias, de uma só pessoa.
Morro hoje, pois é só vaidade
Mais silêncio não! É só Vaidade!
Por isso eu morro e espero.
Pois no Reino de Deus o que foi nada, é tudo.
E o que foi tudo é nada
Vagueando na sombra clara do mundo real
Folheando a chama acesa da imaginação
Um Gémeos preso no presente
Finalmente segue a dança do vento
Para quê voltar...
Viver sem fazer também é morrer
E faça-se barulho
Jogar os dados com a Deusa
Ela não faz, ela Cria
A multidão fala enquanto a razão cala
Vivo hoje na estalagem do assombro
Clareando a realidade mecanicamente bípede
Por isso eu vivo enquanto grito
Alegria, o Reino da Deusa está bem aqui
Estou a viver o meu mundo
Largar as malas, é tempo de caminhar
Observando belas mentiras florescerem na massa cinzenta
De dia...
O sufoco do rosto que esfola gente inocente por ser descrente
E a beleza da falsidade que ensina gente doente a parecer elegante
Fugiram do Sol
A parte procura o todo, beco sem saída
Deste ao fundo sem túnel..
Esqueceste? Não é a multidão
Abre o espírito que não há beco sem caminho!