Monday, May 18, 2015

Epifania interior



Feito e cumprido em meu peito, a flor abriu
O menino dorme em meu peito, enquanto tu, docemente espreitas à minha porta
Sinto uma brisa que diz, sermos apenas paisagens naturais, estações amparadas pelo tempo


Ao cantar, estes dias que ficam, ao parar e refletir os momentos, nada há, só o vazio
Nestes dias que se passam, sem se sentir, tudo é ausência, porque os momentos devem ser feitos

Mas tu, desejava que fossemos eternos, juntos como estátuas brancas de infinitude num cimo de uma vista qualquer dum monumento guardado do tempo.

Voltavas e eu ansiava, que fosse esta a minha real vez, que tu levasses-me de vez para longe de mim, que eu fosse para um lugar distante, que o teu corpo era de outro lugar bem mais antigo que eu,

na tua pele,  eu via o sinal das  almas antigas e a tua presença tinha o som dos tempos passados que revelavam mais da verdade do mundo, que eram mais verdade que a verdade das vestes tristes que pensam viver nas ruas de hoje.

Todos os corações ainda batem, mas eu vejo como tudo agora, se torna insignificante para mim, tudo é tão calmo, distante, e sem movimentações reais e definidas, tudo passa como se nascesse, apenas no inconsciente, todo ausente de si

As vistas mudam, os lugares tornam-se diferentes, mas no fundo, tudo fica igual. As memórias são retratos, que mudam de cor, mas que nunca ficam gastos, porque tudo é o mesmo, nada será realmente diferente, da sensação de se estar só

E tu respiras no meu colo, descansas levemente no meu peito, contas-me as tuas histórias, as tuas inquietações, e eu vejo os que foram, pergunto se ainda estarão bem,

vejo que nada nunca dependeu de mim, saberia melhor ter perguntado a primavera, e ter esperado que as flores crescessem no meu jardim

No espelho, revejo-me nos braços fortes da tua fragilidade, abraço-te com força como para te lembrar do ventre a que todos voltaremos,

mas respiro ofegante, porque somos animais, e nunca sabemos nada de nós, e andar sempre nos custará, quando soubermos de nós na impossibilidade de estamos unidos,

vi toda a vida em teu peito, vi que tudo na vida, sempre vive em pulsão.







Wednesday, May 06, 2015

Le massage Shiatsu - Documentaire COMPLET

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Shiatsu - massagem oriental


Massagem Terapêutica - Dorsalgia


Massagem Terapêutica - Dorsalgia


Massagem Terapêutica - Dorsalgia


Massagem Terapêutica - Lombalgia e Lombociatalgia


No fim do início

Encontrei-te entre o fim e o início, assim entre fases dispersas
Dizias-me olhar e sorrias quando eu chorava. E quando eu sorria era para curar-te das tuas inquietações.
Vivi-te a cada instante e segundo, e sonhei-te todo em mim, aparecias assim nos sonhos do meu peito como um ser budico risonho.
Viajamos mesmo enquanto deitados, cantamos, oramos, caminhamos e criamos uma família de sonhos não concretizados.
Chorando juntos o nosso fim, ficamos calados frente a frieza nua do que já estava destinado.

Encontrei-te no fim e no inicio do meu corpo e no fim da minha própria alma em pele tu surgias a cada dia.
Quase que completamente real, mas quase que pouco improvável para mim a tua pele escura era o meu laço a vida, a vida que em mim adormecia, e desfazia-se no que tu quisesses.
O meu coraçao queria te sempre por perto  mas a vida tenta sempre roubar mais espaço em mim.

E eu chorava teimosa, no que não podia suportar, desde o inicio eu sabia daquela energia ser maior e nós apenas peões.
Sabia de ti seres ser dum mistério natural, existente numa natureza etérea de mim, mas teimava.
Teimava seres meu no mais improvável dos mundos, que o teu reflexo me fazia crer e acreditar.
Mas o mundo foi muito real muito provável mais uma vez, segui o rumo dos planetas maiores do que o meu coração a bater por ti.

Eu pergunto quais serão os destinos, e o porque das mortes no ventre, a  razão dos filmes finais. mas a razão do nascimento dos mares fica sempre no mistério de um véu encoberto, e eu fico sendo rainha de um mar vazio. Dona de tempestades que ficam presas fora de mim impedida de minha própria vida, toda eu própria entregue ao mundo.

Amei-te por seres homem de um só mundo de sons, mas eu não valia o preço do teu futuro, nem as cores das tuas vestes, era o corpo que habitava esse som teu num contemplativo baloiço.
Amei-te, chorei, e agora sigo em frente apenas pela sorte dum futuro.