Tuesday, December 08, 2015

deixar ir

O nosso amor fez me acreditar que dar me em dadiva para ti era tudo
mas uma vez despedacei me em ilusao sem dar por isso, entreguei me ao passado como pomba
E tu es insaciavel, es incapaz de parar, queres antes que de magoe, que te explore, que te traia do que olhar para mim
por seres completo sozinho, por seres tao de ti, e nada de mim,
nao cuidavas de mim, quando tudo o que eu queria era cuidar de ti, e era ser curada


Vi que o nosso amor, seria sempre ilusorio,
como restos ao vento, corpos despedacados, o nosso amor estava predestinado para desfazer se em restos mortais
E eu apertava em meu peito o teu corpo nu, e via a minha desolacao, o retorno da minha inspiracao,
via que lentamente havia me perdido de mim, dessas vezes que ia e retornava da tua casa,
em que me mandavas embora, sem eu querer, eu via me nua, despida da minha integridade em querer fazer me tua e tu sem abdicares de ti proprio por mim.
Em cada folego comecava a ganhar o gosto do grito, o gosto do grito por libertar me


O porque dessa ilusao de fazer me tua eu nao sei, o porque da tua ilusao de saberes sempre para onde ir, sempre conseguires seguir a tua propria direcao e nunca olhar para tras.


Fizeste me voltar a escrever, e eu senti me presa e libertei me de ti num choro, num gesto deixei me partir, da mesma forma que cheguei, num desespero ofegante.


Eu nao estava mais completa sem ti, e por isso fugi, quando vi que a minha presenca a ti nao te fazia diferenca, vi que ias ganhando gosto em me morder, em magoar meus sentimentos fortes, fazendo ser maior a tua forca pessoal.


Numa luta de dominacao o nosso amor acabou, mas nao o meu amor por ti, do meu amor por ti, restou a tristeza do melhor que queria que tivesse sido.
Fica me esta lembranca que me resta de um homem, o abandono, e a unica coisa que realmente conheco da natureza masculina e  o que consigo trazer para a minha vida.


Antes preferiria ser de mim, do que entregar me para o abismo, antes as lagrimas agora, do que deixar me ir depois.
Queria sucumbir me de mim, ou ser minha e de mais ninguem, do que um meio termo, indefinido, essa massa ignia que me transborda o interior e me conduz sem eu saber para onde, nao ha o que controlar, nao ha o que perder quando tudo esta perdido