Wednesday, June 27, 2012

Realidade em saldos



O que se vive da vida que é real?

Acorda-se de manhã, com um pequeno almoço venenoso,
O café para despertar, quando ainda agora se estava a dormir.
E compra-se uma revista que vende quentes ilusões de última hora,
 ficando tudo a matutar na nossa mente inocente durante vários dias.

E por agora isso é tudo o que precisamos para estarmos informados.
Porque de seguida, corre-se para o trabalho e trabalha-se por uma ilusão que vende uma realidade não mais que superficial e inexistente.
Pois, me pergunto, quantos de nós realmente se vêem em seus trabalhos?
E quantos trabalhos são realmente úteis a comunidade?
Muito poucos.

E após no mínimo 8 horas diárias, que só servem ao bolso,
chega-se em casa, e para sarar e engolir em seco todas as nossas mágoas espirituais e crises emocionais não satisfeitas, vemos televisão, pois é a atitude mais banal e mais fácil,
e nos alimentamos ansiosamente dela, que repleta de ilusões e distorcidas visões enche  ainda mais a nossa mente de lixo.
Pois como todos sabemos a televisão serve os seus próprios interesses, não os interesses individuais de cada um. Afinal são insignificantes as nossas diferenças, somos números de factura.

Acabamos assim o dia, vitoriosos por evitar aprofundar os nossos verdadeiros laços emocionais e refletir sobre o dia que por nós mal passou, engolindo ansiosamente a vida.
E procuramos ainda assim, dessa forma, tentar ver com mais clareza.

Perguntamos baixinho, a nós próprios, o que foi feito do nosso tempo que voou por nós e não vimos sequer passar.
Esperamos ansiosamente guardados em nós, a que hora que teremos tempo para realmente viver, apenas pelo simples prazer de viver.
E quando haverá tempo para amar, apenas por simplesmente amar? Apenas porque é bom amar simplesmente?

Hoje vejo,
que até os lugares aparentemente destinados a amar, aparecem momentaneamente “minados”...

Como, numa praia onde passam aviões com publicidade no sagrado céu,
Num telefone que toca, nos interrompe e nos custa a desligar, tocando em momentos íntimos que atrapalham preciosos segundos.
Até em pessoas alucinadas que nos distraem com conversas vazias de verdadeiro sentido.
Como num belo parque deslocado numa cidade cheia de cartazes iguais que não nos deixam sossegados.
Quão difícil é limpar a mente, quando a tecnologia em si, parece que hoje em dia, se tornou um vício.
E como é óbvio ver que tantas pessoas ainda se vangloriam disso, quão cegas estão, e como é fácil ver que é mais fácil fingir do que mudar.
Como se pode realmente saber o que se quer, se vivemos cobertos, com uma manta de mentiras e ilusões insistentemente a venda? Que clamam que urgentemente necessitamos delas?

Nesse mar, que nos engole, quem somos nós realmente?
Viveremos o nosso propósito ou o propósito de todas essas coisas que levamos constantemente em nossos ombros e nos contam histórias que nos fazem dormir?
E que vida vivemos afinal?
A nossa? Ou a vida que interessa a alguém que vivamos?

Quanto tempo dá a vida a nós verdadeiramente?
E quanto desse tempo realmente aproveitamos?

É por isso que eu desligo a TV, e procuro fontes reais de inspiração...
e prefiro a realidade, pois mesmo que as vezes cruel, sei que pode me permitir viver realmente…

O jovem descobridor

Fonte: Caravaggio

Engraçada a vida como ela é

Com suas nuances de suave loucura
E com sua redundante certeza
Que aflora as vezes num dia especial

Engraçado como somos como o pequeno jovem
Que com ingenuidade inicia impulsivamente sua busca
Busca que pensa ser objectiva
Mas que tem um fundo obscuro e muito mais profundo
que desconhece por ainda não saber o que é sofrer

E torna a vida engraçada perceber
Que nessa busca ingrata por poder
Vemo-nos sempre impotentes eternamente nos mantendo sedentos
Vendo que essa busca o aguardado fim afinal não tem

E afinal a vida é assim mesmo
Pois quando descobrimos que não existe idade adulta
Vemos que esse alivio aguardado nunca chega
Pois ninguém agora pode dizer ao nosso ouvido o que fazer
Para sermos felizes no próximo instante

E nós senhores de nós nunca conseguimos ser
Nem senhores de nada nem de ninguém
E quem se diz senhor, afinal, só finge bem

E toda busca nossa pensamos ser só igual a nossa apenas
Mas ao olhar em volta vemos que afinal somos todos iguais
Pois a mesma busca calha a outros também
e mesmo assim custa sempre entender a dos outros
quando nem a nossa entendemos bem

E o jovem busca preencher um vazio que lhe penetra o peito
E corre atarefado sem tempo para ser sensato,
Corre sem tempo para preocupações triviais
Pensa no mundo com sua cabeça e não com a cabeça do mundo
E sonha e se fascina e esquece que isso tudo também dói

E sem querer escorrega, por negar as raízes salta alto demais
Mas nunca consegue ser mais que criança,
criança que sonha com uma ansiada paz
E ele pensa que ninguém o pode entender,
Que ninguém pode entender a sua tao profunda e carnal dor
E ele pensa estar sozinho, mesmo no seu íntimo sabendo que não é o único
Procurando, sem querer, outros que procuram também

Mas o jovem, ainda é menino, ainda é ingénuo, ainda conhece pouco do mundo
E quer ver, quer explorar, quer conhecer mais
E na sua busca, quer também a fruta mais doce, quer o objecto mais misterioso
Mas quer além disso tudo saciar o peito que continua a bater sem saber porquê

A vida é engraçada afinal, pois descobrimos
Que quando tudo se tem não se é feliz
E apenas quando nada é perfeito percebemos que antes tudo havíamos tido
E mesmo assim escolhemos cegamente sofrer

E se formos mais além ainda,
vemos que a partida rumo a busca sempre foi afinal a chegada
E que a resposta a essa busca sempre foi a própria busca em si
E que cada momento tinha em si a resposta a busca que nós lá fora fazíamos
E que fomos nos próprios que escolhemos não ver
Pois sempre nos custou realmente admitir

Talvez por gostarmos de sofrer
Talvez por alguma inconsciência
Talvez por querer experimentar as asas
Por querer voar com elas bem além de nós mesmos

É engraçado que ao observar a vida como ela é,
descobri que precisamos saber comparar para verdadeiramente apreciar
Mas que precisamos ir além de qualquer comparação para vivermos sabiamente o momento que guarda a felicidade.



Saturday, June 23, 2012

Choosing to Live a Life That Matters!




How Will The Value of Your Days Be Measured?
Choosing to Live a Life That Matters!

Whether we are ready or not, someday it will all come to an end.
There will be no more sunrises, no minutes, hours, or days.

All the things you collected, whether treasured or forgotten, will pass to someone else.
Your wealth, fame, and temporal power will shrivel to irrelevance.
It will not matter what you owned or owed.
Your grudges, resentments, frustrations, and jealousies will finally disappear.
So, too your hopes, ambitions, plans and to-do lists will expire.

The wins and losses that once seemed so important will fade away.
It won’t matter where you came from or on what side of the tracks you lived at the end.
It wont matter if you are beautiful or brilliant.
Even your gender and skin color will be irrelevant.

So what will matter?
How will the value of your days be measured?

What will matter is not what you bought, but what you built.
Not what you got, but what you gave.
What will matter is not your success, but your significance.
What will matter is not what you learned, but what you taught.

What will matter is not your competence, but your character.
What will matter is not how many people you knew, but how many will feel the lasting loss when you’re gone.

What will matter is not your memories, but the memories that live in those who loved you.
What will matter is how long you will be remembered, by whom, and for what.
What will matter is every act of integrity, compassion, courage, or sacrifice that enriched, empowered, or encouraged others to emulate your example.

Living a life that matters doesn't happen by accident.
It's not a matter of circumstance but of choice.
A choice to live a life that touched and cured a dying and suffering Humanity and Earth.

This is the biggest blessing you can have and share.
When you choose to transform yourself and transform the world.
When you choose to live a life that matters.

- Author unknown
(Modified version)





Friday, June 01, 2012

Razão

Há uma razão espiritual que a vida em nós criou. Razão para estarmos juntos no agora.

Há uma razão profunda no mais pequeno detalhe que por nós passa, e nós ingratos, não ligamos aos sinais tão claros, do que chamam mero acaso.

É tão fácil verificar, ver que atraímos o que queremos ver.
É tão fácil sentir que o que realmente sentimos é o que procuramos dos outros sentir.

Verificamos facilmente que a razão acaba por desistir do existir, quando percebemos que no além tudo tem seu próprio motivo.

Não quer dizer que não tenhamos que cumprir nossa missão. Mas que apenas em nós por dentro podemos verificar o que em nós falta purificar ou corrigir sem nunca julgar integrando, discernindo sem culpados, sem negar o que sabemos ainda lá estar.

Nos outros vemos um reflexo do que ainda existe em nós, pois se não houvesse em nós, como notaríamos com tanto realce tal característica nos outros?

A mente só amplia aquilo que nela já existe, e quando uma etapa ultrapassamos, mais um véu por nós cai e vemos ainda quantos mais nos faltam cair.

Nos outros não justifiques o que podias fazer mas não fazes, pois se os outros não o fazem é por que tu poderias ser um exemplo para eles o poderem também fazer.

Mas não te vanglories se aos outros servires de exemplo pois se assim o fazes de nada vale o que de bom fazes pois não o fazes de coração.

No entanto, que nos sintamos orgulhosos com cada meta que alcançamos com esforço e cujo íntimo é a bondade e a perseverança.

Que amemos, mesmo começando por uma grande paixão e que essa paixão se liberte de nosso indomado leão, que deixemos sair nossos obscuros sentimentos, para que podemos dar luz a velhas emoções guardadas do passado, transmutando-as em novos sentimentos, sentimentos melhores agora, mais profundos e mais abençoados à superfície de uma crescente bondade.

Só mergulhando uma e outra vez em nosso íntimo, transmutando nossas já “estragadas” emoções poderemos crescer.

Mas tal tarefa não realizemos sozinhos, pois as pessoas e as situações que atrairmos nos mostrarão o que nos falta integrar a seguir e o que de bom já integramos.

E a cada camada que me cai, verei quão tola havia sido, mas terei de perdoar-me de seguida, de morrer então para esses sentimentos perdoados, para só assim estar pronta para renascer nova e jovial, pronta para por em prática ensinamentos mais próximos de uma nova e feliz consciência de felicidade.

Ao contrário

Quanto mais me cresce a consciência mais vejo o quão ignorante está ainda a humanidade.
Vejo como todos tem seu íntimo desorganizado, tudo fora do sítio, ao qual deveria estar.
E vejo como utilizamos a razão quando não usamos acção.
E vejo quando utilizamos a emoção quando deveríamos usar sensatez.
E vejo que como temos os sentidos trocados, tudo o que devíamos fazer dificilmente fazemos, escolhendo fazer tudo o que não devíamos fazer.

E vivemos dia a dia, nessa terrível confusão,
Quando precisamos acreditar, duvidamos, e quando duvidamos, só bastava acreditar
E procuramos ser felizes, fazendo o que nos deixará tristes e procuramos fazer os outros felizes com aquilo que os deixa tristes.

Tudo a minha a volta vejo agora ao contrário, pessoas com os pés para o céu, com o coração na cabeça, com o cérebro sobre o peito.

 Quando alguém faz algo de errado é logo aplaudido, e soltam-se risos a volta, mas tantos que fazem coisas boas ninguém repara.
As invejas conscientes recaem sobre aqueles que pouco tem mas que pensam ter alguma coisa.
A minha própria mente procura detalhes para julgar quando devia amar simplesmente.
E quando da verdade devíamos viver, achamos mais fácil viver da mentira porque temos dúvidas da verdade, acreditando cegamente na segurança que a mentira nos traz.

 E vivemos com pressa, correndo, nos cansando a toa, para não parar e realmente pensar.
Para não permitirmos que a nossa consciência nos venham embaraçar e para não permitirmos que em nosso coração ela tenha oportunidade de se cumprir.
Tememos a solidão que nos traria liberdade escolhendo ser ainda escravos de uma sociedade.
E abraçamos as ilusões que nos prendem as mãos e não permitimos que a vida nos flua livremente.

 Porquê não fazer o que sabemos que é certo?
Porquê tememos o que escutamos no silêncio?
E porque não reflectimos sobre o essencial e sim nos focamos em situações triviais que não nos deviam importar?

O que importa: amor
O que nos inspira: o divino
O que nos liberta: ouvir o nosso coração, a acção da verdade
O que nos divide: a desconfiança
O que nos oprime: o medo
Quem nos oprime: Media, modismos, dogmatismo, falsas escolhas.

E quando pensamos algo ter é porque não o temos
E o que pensamos não ter é o que realmente temos.
Pois o que possuímos nosso nunca será
O que de nós se encontra livre, na verdade, em nós escreve sua morada.

 E quando verdadeiramente somos, vemos que o nada é tudo e nosso nome possui.
E nesse tudo que é nada, é que se cumpre nossa felicidade.


Aos guerreiros de luz



Não chores, pois Deus tudo vê
E teus esforços nunca serão em vão
Pois eu vejo teus esforços, teus lamentos, tuas dores
Vejo como dói
E vejo tua dor
Não chores, agora, apenas crê
Mas se para acreditares, precisares chorar, então chora
Lembrando-te de mim sempre.
Teu anjo, teu guardador, teu amor

 Pois tu, fazes parte de um rio maior,
oh pequeno guerreiro
E não andas tão nu quando pensas estar só
E nem mesmo andas vestido quando pensas que te cobres vestindo
És livre oh guerreiro, quando vês esse rio que te flui
Por ti

 Não chores, meu amor
Não penses ser teu lamento, mas usa essa tua força de guerreiro.
Que Deus por minha palavra te ofereceu quando nasceste.
É a palavra que te salva, a consciência de nossa essência divina
Pura luz, puro amor, que esteja em nós, que te salve e te ilumine
 Lembra-te que és pura dádiva, criança,
És puro reflexo do teu Pai
Mas nunca andes para trás

Respeita essa fina aliança que uma família terrena te ofereceu
Observa quão divina é a aliança da família celeste da qual parte sempre foste
Vê o quão grande ela é, e quantos seres de luz dela fazem parte
E vê como nunca estarás só.

 Mas unemos nossas mãos num círculo de infinito amor, cobrindo o mundo
Sejamos irmãos aos que precisam secar também as lágrimas de dor
E nos alegremos pela luz que jaz em cada pequeno guerreiro,
Que a semelhança de Deus, é criador de amor.