Monday, December 25, 2017

Desconexos. Dispersos entre tempos e momentos por realizar.
Agarravamos os sentimentos dos outros, deixavamos os nossos momentos contar nos a nos mesmos quem eramos.
Bebiamos e fumavamos, mas era as nossas proprias almas o que nos despiamos.
Eramos amigos nos nossos prazeres e desprazeres, e tudo era tao familiar aos outros e tao pouco familiar para nos mesmos e por isso mesmo cruel.
Tu desenhavas a tua alma, EU despia me da minha para ti ver.
E tudo era desconexo, mas ao mesmo tempo certo.
Tinhamos raiva, e isso nos convinha, juntos nao queriamos saber do mundo, mas o mundo tinha contas a nos prestar.
Emprestei parte da minha alma para afastar te do frio, e sem querer vi em ti o que nao devia.
Tudo o que gostava e odiava em ti. E nos deixavamos ir Como criancas fora do tempo. Tu desenhavas o que EU sentia no teu proprio estilo e EU deixava-me estar por ficar. Ficava em todos os teus momentos e esquecia-me dos meus e essa era a minha major felicidade, afastavas me dos meus medos e de todos os meus receios. Como EU podia deixar me ir, sair de mim e de fato te encontrar. A tua alma era o meu objecto de estudo, porque tu eras a alma em sua expressao e EU o meio atravez do qual toda a tua forca se exprimia e juntos eramos um so. Eu nao tinha o que dizer ou o que contradizer, EU era a tua propria imagem, que tu desenhavas entre rascunhos frios e inacabados, apenas comigo, tu acabavas, comigo ao teu lado, apenas comigo, tu estavas disposto a vencer.
Tinhas um passado que te prendia a veia da tua alma de artista, o teu passado te prendia e nao te deixava ver, mas apenas EU via, apenas EU compreendia e por isso ia deixando me estar, embalando te em meus bracos, EU acarinhava a nossa emocao, que vibrava atravez de ti empedida, que angustiada solucava por nao se poder fazer ver. Nos desfaziamos em rascunhos de textos e retratos meus e teus do que nao era e do que nunca poderia ser.

Thursday, December 07, 2017

Eu escrevo porque vivo e amava te porque respiro
Tu aconchegavas te as minhas palavras, que te dizia por amarte
Eu aconchegava em ti os meus receios e dava morada aos meus sentimentos.
 Em segredo tu nao sabias ainda o que sentias por min, mas de tao dura a Vida deixavas te estar.
E EU de tao perdida, nao quiz ver o engano, fiquei me pelo que EU sentia e deixei me satisfeita pelos pequenos gestos dos teus sentimentos incertos e oscilantes.
Os teus dedos palidos abracavam o meu coracao e acalentavam a minha alma assustada.
Quando EU olhava em teus olhos, deixei de ver quem eras Como quando te conheci
E quando, por film confrontei te por film e ate que em fim, vi que Como crianca, nao sabias ainda quem eras, muito memos quem eramos ainda.
Eramos Como irmaos num armor impossible
Eu estava vivendo numa bolha de duvidas. Eu duvidava do que sentias e tu bem sabias o que sentias ainda. Como uma flor que nao sabe se ja e primavera out nao.