Friday, June 01, 2012

Ao contrário

Quanto mais me cresce a consciência mais vejo o quão ignorante está ainda a humanidade.
Vejo como todos tem seu íntimo desorganizado, tudo fora do sítio, ao qual deveria estar.
E vejo como utilizamos a razão quando não usamos acção.
E vejo quando utilizamos a emoção quando deveríamos usar sensatez.
E vejo que como temos os sentidos trocados, tudo o que devíamos fazer dificilmente fazemos, escolhendo fazer tudo o que não devíamos fazer.

E vivemos dia a dia, nessa terrível confusão,
Quando precisamos acreditar, duvidamos, e quando duvidamos, só bastava acreditar
E procuramos ser felizes, fazendo o que nos deixará tristes e procuramos fazer os outros felizes com aquilo que os deixa tristes.

Tudo a minha a volta vejo agora ao contrário, pessoas com os pés para o céu, com o coração na cabeça, com o cérebro sobre o peito.

 Quando alguém faz algo de errado é logo aplaudido, e soltam-se risos a volta, mas tantos que fazem coisas boas ninguém repara.
As invejas conscientes recaem sobre aqueles que pouco tem mas que pensam ter alguma coisa.
A minha própria mente procura detalhes para julgar quando devia amar simplesmente.
E quando da verdade devíamos viver, achamos mais fácil viver da mentira porque temos dúvidas da verdade, acreditando cegamente na segurança que a mentira nos traz.

 E vivemos com pressa, correndo, nos cansando a toa, para não parar e realmente pensar.
Para não permitirmos que a nossa consciência nos venham embaraçar e para não permitirmos que em nosso coração ela tenha oportunidade de se cumprir.
Tememos a solidão que nos traria liberdade escolhendo ser ainda escravos de uma sociedade.
E abraçamos as ilusões que nos prendem as mãos e não permitimos que a vida nos flua livremente.

 Porquê não fazer o que sabemos que é certo?
Porquê tememos o que escutamos no silêncio?
E porque não reflectimos sobre o essencial e sim nos focamos em situações triviais que não nos deviam importar?

O que importa: amor
O que nos inspira: o divino
O que nos liberta: ouvir o nosso coração, a acção da verdade
O que nos divide: a desconfiança
O que nos oprime: o medo
Quem nos oprime: Media, modismos, dogmatismo, falsas escolhas.

E quando pensamos algo ter é porque não o temos
E o que pensamos não ter é o que realmente temos.
Pois o que possuímos nosso nunca será
O que de nós se encontra livre, na verdade, em nós escreve sua morada.

 E quando verdadeiramente somos, vemos que o nada é tudo e nosso nome possui.
E nesse tudo que é nada, é que se cumpre nossa felicidade.


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