Wednesday, May 21, 2014
Saturday, May 17, 2014
Thursday, May 15, 2014
Vão
Não há sentimento que cure
Não há lágrima que em mim se deixe afogar
Nem pranto que se deixe navegar neste mar,
à beira-mar
Não há o que saborear neste vento tão seco
do momento
Nem brisa que pare, para que eu a possa observar
Não há mais luzes que possam alegrar pupilas de olhos ingénuos
Nem canto para saciar a fome e a vontade de chorar
Nada há do tempo que espere, que faça um coração voltar a bater
Nem restos que sobrem dum deserto,
de momentos que ficaram por viver
Ouço muito do pouco que vejo
E esqueço pouco do muito que me permitiria viver
Neste além que são pouco mais do que lamentos
Ganho das asas, o voo.
A espera de abrir asas e desfazer-me em paisagens
para nada ser mais do que chão
Poderei, ainda, ser da natureza dos sonhos para não sentir nada em vão?
Não há lágrima que em mim se deixe afogar
Nem pranto que se deixe navegar neste mar,
à beira-mar
Não há o que saborear neste vento tão seco
do momento
Nem brisa que pare, para que eu a possa observar
Não há mais luzes que possam alegrar pupilas de olhos ingénuos
Nem canto para saciar a fome e a vontade de chorar
Nada há do tempo que espere, que faça um coração voltar a bater
Nem restos que sobrem dum deserto,
de momentos que ficaram por viver
Ouço muito do pouco que vejo
E esqueço pouco do muito que me permitiria viver
Neste além que são pouco mais do que lamentos
Ganho das asas, o voo.
A espera de abrir asas e desfazer-me em paisagens
para nada ser mais do que chão
Poderei, ainda, ser da natureza dos sonhos para não sentir nada em vão?
Saturday, May 10, 2014
Como viver no silêncio?
no ventre da claustrofobia?
No eco do intransigente?
No beco da cobardia?
Para quê não ter direcção?
Para quê ter vida e morada?
Quando passarás, para segundo plano?
meus sonhos, minha vida e minhas palavras?
Para quê sonhar se posso comprar
Tuas coisas, tuas roupas e tuas pisadas
Porquê esquecer de contar?
o tempo, o pão, a luz e a água
E se quizer ser fumo, ser lareira e ser terra do chão?
Onde vou esconder minha farda?
Como cantar uma canção, se vivo desencantada?
no ventre da claustrofobia?
No eco do intransigente?
No beco da cobardia?
Para quê não ter direcção?
Para quê ter vida e morada?
Quando passarás, para segundo plano?
meus sonhos, minha vida e minhas palavras?
Para quê sonhar se posso comprar
Tuas coisas, tuas roupas e tuas pisadas
Porquê esquecer de contar?
o tempo, o pão, a luz e a água
E se quizer ser fumo, ser lareira e ser terra do chão?
Onde vou esconder minha farda?
Como cantar uma canção, se vivo desencantada?
Para Dizer-te
Queria dizer-te que o mar sempre esteve
no teu olhar
Que o abrigo que procurei foste tu
E que o Sol que procuras já estava em
ti
Queria mostrar-te que aqueles que
deviam saber afinal
nunca souberam nada
E eu sei porque quando estava na lama, olhei para cima e vi
Queria mostrar-te que tu és grande
Embora te acredites pequeno
Por dentro tens o mundo inteiro
Mostraste-me sem querer um dia, em que me
abraçaste
e ninguem me disse nem tu, mas por
fazeres-te pequeno, eu vi
Queria-te aqui, por não quereres tanto
aqui estar
Por seres tu, e mais ninguém, por
estares bem sem nada de mim
Por seres fraco, seres tu, mesmo sozinho,
por deixares-te ser quem és
mesmo sabendo que não terás ninguém
ao teu lado
Eu fui no tempo, eu sou das memórias
Como água argilosa que reflecte, o
tempo que já passou
Agua que se pisa e se esquece, brisa
que paira sem teto
Eu vi, vi o mundo numa inspiração,
Vi o mundo, vi os mundos que variam no
íntimo de cada lugar
E numa poça te vi, tão tonto de não
seres de lado nenhum
Como eu, que estava tão bem vestida de
nada
E eu em mim, me acredito tola, também
Tão zonza de poucas certezas
Com a cabeça fugindo do tempo
Com os pés perdida entre espelhos
Tão parada, por ser dentro, um ser de
mar agitado
Tão ansiosa, por ver tão pouca gente
a viver
E sabendo que o futuro é isto,
esse sangue pisado sobre a sensação
sabendo que o futuro é suposto ser rocha,
em vez de ser esse amor
do futuro não ver sentimentos, mas
planos
E da vida, ver mais papéis do que sonhos
De tão poucos sonhos que tinha, vi que
sonhavas tão bem...
Sonhavas calado enquanto eu cansada
suspirava,
e tu calavas, e eu era, o teu silencio
que escutava,
no meu peito eu escutava a tua voz calada mesmo enquanto eu
dormia.
E eu queria dizer-te, o que só poderia
dizer calada
queria partilhar contigo o mundo que
me tem habitado ultimamente
Mas quando olho o céu a noite,
lembro que o meu mundo interno há de
estar ali também
e que se te dissesse a ti eu já não seria mais
novidade nenhuma
Só te posso dizer,
que devemos estar sempre no lugar certo,
mesmo por nunca estarmos bem em lado
nenhum.
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