Só no além que tudo habita o real a ti se mostra
No agora do inocente que se entrega por sua pressa
O indefeso escolhe ignorante da sua culpa, escapar
Só hoje sonhei de meu baú interno buscar antigos fantoches
para de mim rir em algazarra, por minha prospera fronte
Quando vi que tu, só teus beijos, são vagalumes nesse íntimo breu
Só porque conseguiste com teu amor fazer renascer o meu
Mesmo assim as mascaras continuam translúcidas e ainda vivem
em risos sarcasticos de outros, em aplausos dados em horas erradas
E tu chegas com tuas mãos infantis rendidas
e salvas com teu sorriso por momentos meu ser
a todas essas traças da conspiração.
Porque no além do real tudo é possível aprisionar
até alma, até desejo, até corpo e todo o querer de se envaidecer
Porque no sonho colorido que desvanece com o toque do vento
sempre podem surgir desde tempos remotos
banhos acesos nos mares quentes do amor
Quando o que era pecado, torna-se a tão procurada salvação
O pecador torna-se santo
E o santo, de mártir passa a insano ditador
Porque de actor todos temos um pouco
É melhor a humildade de preservar a autenticidade
do que ser devorado por feras que incorporam mascaras de absolutas certezas.
O melhor é tapar a boca e os ouvidos a tudo o que não faça o coração bater de amor
O melhor é se deixar render sabendo ocupar com dignidade o lugar do perdedor
Porque é melhor perder por amor do que ganhar perdendo a alma.
Tuesday, May 14, 2013
O ser criador
Precisei ir trabalhar para perceber,
a vida vã do trabalhador comparada com a vida completa do artista
que nada tem.
Dele, não esperam nada, só a natureza espera em segredo que dele prospere
como flor a verdade do que habita de natural em nós.
Que esse tempo que passou não tenha matado esse ser natural que comigo nasceu.
O ser criador.
E assim como o dinheiro alimenta a desconfiança,
a arte alimenta a liberdade por ser dela nu amante.
Como um pássaro é arte que voa livre no céu,
não há animal que não se exalte perante a visão da vivarte que voa.
Tudo em mim, tudo em todos os lugares,
quer regressar a esse intimo uterino
que tudo tinha porque nada sabia e porque nada tinha feito
senão ser quem é para tudo conseguir.
a vida vã do trabalhador comparada com a vida completa do artista
que nada tem.
Dele, não esperam nada, só a natureza espera em segredo que dele prospere
como flor a verdade do que habita de natural em nós.
Que esse tempo que passou não tenha matado esse ser natural que comigo nasceu.
O ser criador.
E assim como o dinheiro alimenta a desconfiança,
a arte alimenta a liberdade por ser dela nu amante.
Como um pássaro é arte que voa livre no céu,
não há animal que não se exalte perante a visão da vivarte que voa.
Tudo em mim, tudo em todos os lugares,
quer regressar a esse intimo uterino
que tudo tinha porque nada sabia e porque nada tinha feito
senão ser quem é para tudo conseguir.
Esbanjar da vida
Existe um mal e existe um bem que em mim tocam
O mal chama-se consumo,
O bem chama-se criatividade
São nomes dados ao bem e ao mal esbanjados ao vivos de hoje
Aparencias diversas cujas motivações são uma só,
o resultado um só, e um só tempo que mostra o que irá surgir daquilo
que se escolheu cultivar
Do consumismo o medo do que se pode perder,
Do criativo a liberdade que só provem daquele que sua alma ressuscitou
o antigo saber construir.
Existe um mal e existe um bem em mim
E o mal facilmente continua a repetir-se habituado,
e o bem continua em sua caminhada esperançoso,
que eu possa esquecer o medo, abrir asas e voar.
Pois existem donos do nada que carregam fantasmas em meu nome,
e existem notas musicais que carregam minha alma em seus ventres...
caminhando livres ao ar.
Talvez exista um mal e um bem em todos nós,
E do mal existe o medo de cair, que nos esconde da verdade do ser que é livre.
Do bem, existe a consciencia que sempre sabe o que está errado,
é essa força de vida subentendida em toda a forma de arte,
vida que com batimentos de coração acelerado, vive calada no mais profundo ser de nós.
É por isso que vida é aquela que é vivida de forma escancarada e que sinceramente se entrega ao mundo.
O mal chama-se consumo,
O bem chama-se criatividade
São nomes dados ao bem e ao mal esbanjados ao vivos de hoje
Aparencias diversas cujas motivações são uma só,
o resultado um só, e um só tempo que mostra o que irá surgir daquilo
que se escolheu cultivar
Do consumismo o medo do que se pode perder,
Do criativo a liberdade que só provem daquele que sua alma ressuscitou
o antigo saber construir.
Existe um mal e existe um bem em mim
E o mal facilmente continua a repetir-se habituado,
e o bem continua em sua caminhada esperançoso,
que eu possa esquecer o medo, abrir asas e voar.
Pois existem donos do nada que carregam fantasmas em meu nome,
e existem notas musicais que carregam minha alma em seus ventres...
caminhando livres ao ar.
Talvez exista um mal e um bem em todos nós,
E do mal existe o medo de cair, que nos esconde da verdade do ser que é livre.
Do bem, existe a consciencia que sempre sabe o que está errado,
é essa força de vida subentendida em toda a forma de arte,
vida que com batimentos de coração acelerado, vive calada no mais profundo ser de nós.
É por isso que vida é aquela que é vivida de forma escancarada e que sinceramente se entrega ao mundo.
Águas fundas
Existe um conflito em mim
Um conflito entre um interior vulcanico que com efervecencia ainda procura brilhantes
E um exterior desertico, entupido de pseudoautoridades, que se rendem a pressoes
Existem conflitos em mim que mais parecem possessões
Do que sou eu mas não sou, do que eu poderia ser se me encontrasse
Do que poderiam querer que eu fosse, do que querem que eu seja agora
mas não sou...
E é por isso que eu vivo as vezes numa lastimosa duvida entre ser naturalmente deslocada
Ou recolocar-me para estar em paz com o mundo declarando guerra a esse meu ser
que se quer controverso e lunático
E como meu ser não se deixa a si próprio ver-se
Assim as pessoas a mim são apenas meras ilusões, fantasmas que de mim fazem juízos
tão distantes do que sou como as estrelas do céu são de quem as observou
Como um remante num rio que flutua sobre águas fundas,
assim vou levando a vida porque tem de ser levada a remos, com esforço
E assim levo uma vida de boas paisagens mas de esforços para continuar a conseguir ver
Porque a vida pede cada vez mais adaptação, pede luta diária por sobrevivencia quando tudo o que eu queria era manter-me num sono bom.
E quando o arco-íris de relance aparece, esqueço as horas e lembro,
que tudo o que era preciso para ser feliz era apreciar,
E aprecio apenas em poucos momentos, numa mente que não para
porque insiste que quer andar de frente para trás
A vida em mim quer constantemente trocar roupas pensando que assim pode melhor de si conhecer
Em auto-testes desafia-se até sangrar,
numa necessidade de cavar sempre mais fundo e mais a escuridão do que seria realmente necessário.
E cá de fora, ninguém entende, poucas almas humanas poderão reconhecer,
essa vontade de renascer, esse desejo de se deixar morrer por apenas querer viver.
Um conflito entre um interior vulcanico que com efervecencia ainda procura brilhantes
E um exterior desertico, entupido de pseudoautoridades, que se rendem a pressoes
Existem conflitos em mim que mais parecem possessões
Do que sou eu mas não sou, do que eu poderia ser se me encontrasse
Do que poderiam querer que eu fosse, do que querem que eu seja agora
mas não sou...
E é por isso que eu vivo as vezes numa lastimosa duvida entre ser naturalmente deslocada
Ou recolocar-me para estar em paz com o mundo declarando guerra a esse meu ser
que se quer controverso e lunático
E como meu ser não se deixa a si próprio ver-se
Assim as pessoas a mim são apenas meras ilusões, fantasmas que de mim fazem juízos
tão distantes do que sou como as estrelas do céu são de quem as observou
Como um remante num rio que flutua sobre águas fundas,
assim vou levando a vida porque tem de ser levada a remos, com esforço
E assim levo uma vida de boas paisagens mas de esforços para continuar a conseguir ver
Porque a vida pede cada vez mais adaptação, pede luta diária por sobrevivencia quando tudo o que eu queria era manter-me num sono bom.
E quando o arco-íris de relance aparece, esqueço as horas e lembro,
que tudo o que era preciso para ser feliz era apreciar,
E aprecio apenas em poucos momentos, numa mente que não para
porque insiste que quer andar de frente para trás
A vida em mim quer constantemente trocar roupas pensando que assim pode melhor de si conhecer
Em auto-testes desafia-se até sangrar,
numa necessidade de cavar sempre mais fundo e mais a escuridão do que seria realmente necessário.
E cá de fora, ninguém entende, poucas almas humanas poderão reconhecer,
essa vontade de renascer, esse desejo de se deixar morrer por apenas querer viver.
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