Tuesday, July 16, 2013

O ser imaginado

Não há poeta que se exprima como esta mágoa que me existe no peito

Nem há filósofo que se faça de minha mente a querer esquecer
Porque estou presa, presa em minha própria gaiola que criei
Por minha espera de ti.

Porque não há nada que me liberte do ideal,
Do ideal humano de criar um ideal de beleza
Nem da tolice de pensar que alguém tem que ser como a imaginamos.

Foi numa tarde fatal que tua forma colori numa página da minha vida.
Foi quando nos entreolhamos por motivos misteriosos mas nem por isso iguais.

E agora, não há razão fatal o suficiente para fazer meu peito deixar-se calar
Mesmo sabendo que na verdade quem tu és nada tem haver
com tudo o que sonhei de ti ao longo de anos.

Agora, faz mais sentido toda a poesia imaginada,
faz mais sentido todo o canto melancólico com palavras tristemente proferidas.
Porque tu só fazes sentido no meu profundo ideal de ser docemente imaginado!

E tudo o que farei, será pela imagem romanesca que criei de ti,
Oh doce ser inexistente.

E tu mostras-me e voltas-me a mostrar,
que a imagem que pintei em meu corpo tua nunca e jamais existiu
E eu volto, e volto a acreditar. Como tola.
Como tola mulher que sou e que não quer ver
Sendo tão mulher e tão cheia de peito a doer por dor.





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