Friday, January 10, 2014

Homeostase

Tudo tem uma música própria, com a qual, pode livremente ressoar. Não há obrigações com a vida, quando ela pode se criar naturalmente a partir de dentro. 
O verdadeiro trabalho consiste, em permitir a abertura para à vida na sua própria expressão.

Nós sentimos e somos verdadeiramente, em mútuas relações. No entanto, enquanto elas surgem, em momentos de solidão há algo que interrelaciona tudo, como uma vibração, uma canção onde as almas se permitem existir em dança e em extensas divagações. Apesar de existirmos em relação, parece-me que existe nisso algo para além disso mesmo, para além de relações sociais. 
Um senso de existir maior, uma construção aparentemente desconstruída, um equilíbrio em homeostase interna e externa- um tom, uma harmonia natural com a qual ressoamos.

Como se tudo tivesse a sua própria música e o seu próprio pranto, tudo tem o seu ponto íntimo que o faz ressoar. Não é necessário força, e sim liberdade, nem complexidade e sim simplicidade. 
Tudo tem o seu auge invisível, uma essência que se permitirmos, pode criar quem somos. 

E não é necessário nome algum, e sim permitir. Abrir para a música a nossa volta. Esse lado sensível que há em tudo. Nas pessoas que passam por nós, nos animais, nas coisas, todas essas coisas tem uma canção. Algo intrínseco a si próprios. Algo único e distinto que espera ansiosamente libertar-se de si próprio, libertar-se da própria vida, sendo a vida em si. Todos temos um anseio de morte, que trás o anseio de vida, que trás, as revoluções. Mas que apesar de gerar uma aparente turbulência exterior, é o que trás movimento a própria vida.


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