Saturday, August 30, 2014
Monday, August 25, 2014
Trilho tempestuoso
O trilho é tempestuoso
Tempestade a partir da tua tempestade interna
Minha tempestade externa de prantos femininos e sangue
Qual deus pensava eu seres tu, Zeus?
Estares nos momentos de sombra e de luz
Para podermos viver, sonhar e pensar juntos
Foi o infinito que sonhei de ti
E tao pequeno foi o meu papel nisto tudo
Que trilho sinistro, escolhi e agora me encontro
a contemplar, de cara a cara com o breu
Não há paixão, só há palavras
Não há futuro, só o passado da tua história,
a história de Portugal
Não há memórias nossas, às quais eu me possa claramente entregar
Tudo o que há é teu, e tudo teu tem pouco de nosso, tudo é tua cultura.
De meu só há vida.
Até meus sentimentos, cada vez mais intelectualizados como tu
onde estarei eu, onde fiquei eu neste caminho?
Algures a questionar a existencia de deus...?!
Abandonaste-me e eu deixei minhas duvidas serem respondidas por ti
e de mim mesma não nada há.
Nuances entre sentimentos e pensamentos,
e filosofias que não sei viver
tudo agora são retalhos e restos de frágeis momentos de tão curta duração
Quem te criou fui eu, tu estavas noutro lado,
algures a fantasiar tuas metas pessoais
Na casa de outra mulher qualquer
amaste-me com ideias, mudaste-te para dentro da minha mente
e dentro dela copulamos
Sou vazo de mentes ausentes de si
Receptáculo ofegante, tenho lágrimas reactivas para sentir
E agora, onde vou encontrar melhor luz
se sei que não voltas mais?
Se encontraste outro livro para ler..
outro livro, outra fábula outra história de mulher...
Tão tenho passado,
Tão emigrante, carente, de mim mesma ausente
sou poço sem fundo, não durmo, não como
Sou mais ausência que presença, sem pai
Depósito de sensações com corpo de mulher
Tempestade a partir da tua tempestade interna
Minha tempestade externa de prantos femininos e sangue
Qual deus pensava eu seres tu, Zeus?
Estares nos momentos de sombra e de luz
Para podermos viver, sonhar e pensar juntos
Foi o infinito que sonhei de ti
E tao pequeno foi o meu papel nisto tudo
Que trilho sinistro, escolhi e agora me encontro
a contemplar, de cara a cara com o breu
Não há paixão, só há palavras
Não há futuro, só o passado da tua história,
a história de Portugal
Não há memórias nossas, às quais eu me possa claramente entregar
Tudo o que há é teu, e tudo teu tem pouco de nosso, tudo é tua cultura.
De meu só há vida.
Até meus sentimentos, cada vez mais intelectualizados como tu
onde estarei eu, onde fiquei eu neste caminho?
Algures a questionar a existencia de deus...?!
Abandonaste-me e eu deixei minhas duvidas serem respondidas por ti
e de mim mesma não nada há.
Nuances entre sentimentos e pensamentos,
e filosofias que não sei viver
tudo agora são retalhos e restos de frágeis momentos de tão curta duração
Quem te criou fui eu, tu estavas noutro lado,
algures a fantasiar tuas metas pessoais
Na casa de outra mulher qualquer
amaste-me com ideias, mudaste-te para dentro da minha mente
e dentro dela copulamos
Sou vazo de mentes ausentes de si
Receptáculo ofegante, tenho lágrimas reactivas para sentir
E agora, onde vou encontrar melhor luz
se sei que não voltas mais?
Se encontraste outro livro para ler..
outro livro, outra fábula outra história de mulher...
Tão tenho passado,
Tão emigrante, carente, de mim mesma ausente
sou poço sem fundo, não durmo, não como
Sou mais ausência que presença, sem pai
Depósito de sensações com corpo de mulher
Correr....
Deixa, Apolo, o correr tão apressado, Não sigas essa Ninfa tão ufano, Não te leva o Amor, leva-te o engano Com sombras de algum bem a mal dobrado. E quando seja Amor será forçado, E se forçado for, será teu dano: Um parecer não queiras mais que humano, Em um Silvestre adorno ver tornado. Não percas por um vão contentamento A vista que te faz viver contente: Modera em teu favor o pensamento. Porque menos mal é tendo-a presente, Sofrer sua crueza, e teu tormento, Que sentir sua ausência eternamente. |
— Camões, Soneto XXXXIX, centúria III
|
Friday, August 22, 2014
Tuesday, August 19, 2014
Monday, August 18, 2014
revelaçao
A tua revelação
Revelado que nesta imensidão, neste querer tão grande
a beleza do ser existe, na rendição
Tanto querer, de querer entregar, de querer dar
que chego ao exagero de não respirar
Quero não respirar no toque,
quero não respirar feliz de tão próxima do teu peito estar
Se algo mais houver para dar
Se algo maior houver a dar a vida
Quero é dar-me a mim
E nada querer em troca, nada mais,
que nada seria suficiente e o nada é que é tudo
tua distância, o meu encontro comigo,
e as trocas de espelhos, trocas sociais tão vazias
de serem minhas, tão carentes de serem sempre diferentes
Estou tão fria de mim, tudo é tua nostalgia
Tudo é a cor que deste-me a este mundo
Tudo é teu canto, tudo feito da pele da tua canção
Tempo infinito, desconsolado, até não viver faz sentido
E o sentido perdeu-se, o sentido desfez-se em memórias
Quando o sentido nasceu dentro de mim.
Revelado que nesta imensidão, neste querer tão grande
a beleza do ser existe, na rendição
Tanto querer, de querer entregar, de querer dar
que chego ao exagero de não respirar
Quero não respirar no toque,
quero não respirar feliz de tão próxima do teu peito estar
Se algo mais houver para dar
Se algo maior houver a dar a vida
Quero é dar-me a mim
E nada querer em troca, nada mais,
que nada seria suficiente e o nada é que é tudo
tua distância, o meu encontro comigo,
e as trocas de espelhos, trocas sociais tão vazias
de serem minhas, tão carentes de serem sempre diferentes
Estou tão fria de mim, tudo é tua nostalgia
Tudo é a cor que deste-me a este mundo
Tudo é teu canto, tudo feito da pele da tua canção
Tempo infinito, desconsolado, até não viver faz sentido
E o sentido perdeu-se, o sentido desfez-se em memórias
Quando o sentido nasceu dentro de mim.
Saturday, August 16, 2014
Wednesday, August 13, 2014
Águas paradas
Não queria ver-te
Mas ver-te quer a minha pele
tão irresistível a essência de um pássaro a voar
sobre o mar, sobre o mar da ausência, tanto de chama,de fogo, de morte
Não, eu não queria gostar
Se algo houvesse longe de ti
Nem és tu, é a fantasia que te cria, são os fantoches da tecnologia
Tanto passado, tantas árvores, e tu aí parado
Ventos sopram
Ventos tão cheios de nada
E eu tão vazia de mulher, vazia de sonhos
tão feita de chama, tão quieta, tão cansada desse nada que nos fazem
Não, eu não queria ser quem tenho de ser
E tu, tu pareces ter tudo a teus pés
E por isso, eu queria era ter-me a mim
Sendo tu, tão irresistível a minha pobre visão, e eu tão simples
Das coisas que se pisam, das coisas que se desmancham no chão,
O fogo que me queima, o fogo da razão, resto meu, és mar neste mar de tuas sensações
As flores, as paisagens, um gesto, o desfolhar
E eu tão parva, tão ignorante e parva,
que nem precisava mais nada de ti saber
Sim, sentir apenas, sentir tudo ao mesmo tempo
como as estrelas ao longe, como os olhares infantis,
Esquecer das lágrimas passadas, dos desejos coloridos por duras visões
Para os outros, para mim
A vida eras tu
Eu era vazia
Mas ver-te quer a minha pele
tão irresistível a essência de um pássaro a voar
sobre o mar, sobre o mar da ausência, tanto de chama,de fogo, de morte
Não, eu não queria gostar
Se algo houvesse longe de ti
Nem és tu, é a fantasia que te cria, são os fantoches da tecnologia
Tanto passado, tantas árvores, e tu aí parado
Ventos sopram
Ventos tão cheios de nada
E eu tão vazia de mulher, vazia de sonhos
tão feita de chama, tão quieta, tão cansada desse nada que nos fazem
Não, eu não queria ser quem tenho de ser
E tu, tu pareces ter tudo a teus pés
E por isso, eu queria era ter-me a mim
Sendo tu, tão irresistível a minha pobre visão, e eu tão simples
Das coisas que se pisam, das coisas que se desmancham no chão,
O fogo que me queima, o fogo da razão, resto meu, és mar neste mar de tuas sensações
As flores, as paisagens, um gesto, o desfolhar
E eu tão parva, tão ignorante e parva,
que nem precisava mais nada de ti saber
Sim, sentir apenas, sentir tudo ao mesmo tempo
como as estrelas ao longe, como os olhares infantis,
Esquecer das lágrimas passadas, dos desejos coloridos por duras visões
Para os outros, para mim
A vida eras tu
Eu era vazia
Tuesday, August 05, 2014
Só
Só,
a paixão constrói e inventa uma multidão chorosa.
Rostos pálidos e secos de falta de sentir
Só, é a vida quando se nasce, tão só daquilo que lhe criou
a saudade do ventre...
De sentimentos que desolam, e do amor que não corresponde
Foi toda a vida que se criou, pois toda a vida foi criada de uma separaçao
O nado macho e femea juntos nunca poderiam ter criado o mundo
Mesmo assim, ele é feito de mim e codificado em mim,
Tão confiado, por estar escrito na minha pele
O seu nome tão junto ao meu íntimo,
e do que ele pensa
nada
Só,
a mente sempre nos separa
A mente através da qual, o homem criou o mundo
Haja inspiração,
haja inspiração para parir mais um segundo de um gesto teu
Haja fôlego que nos faça voar,
ofegantes
Que o fôlego nos faça fugir dessas lágrimas
Só,
a tua voz fazia calar o meu íntimo nu.
E eu lembro...
a paixão constrói e inventa uma multidão chorosa.
Rostos pálidos e secos de falta de sentir
Só, é a vida quando se nasce, tão só daquilo que lhe criou
a saudade do ventre...
De sentimentos que desolam, e do amor que não corresponde
Foi toda a vida que se criou, pois toda a vida foi criada de uma separaçao
O nado macho e femea juntos nunca poderiam ter criado o mundo
Mesmo assim, ele é feito de mim e codificado em mim,
Tão confiado, por estar escrito na minha pele
O seu nome tão junto ao meu íntimo,
e do que ele pensa
nada
Só,
a mente sempre nos separa
A mente através da qual, o homem criou o mundo
Haja inspiração,
haja inspiração para parir mais um segundo de um gesto teu
Haja fôlego que nos faça voar,
ofegantes
Que o fôlego nos faça fugir dessas lágrimas
Só,
a tua voz fazia calar o meu íntimo nu.
E eu lembro...
Sunday, August 03, 2014
Saturday, August 02, 2014
http://almamater.uc.pt/wrapper.asp?t=Colloquies+on+the+simples+%26+drugs+of+India&d=http%3A%2F%2Fbibdigital.bot.uc.pt%2Fobras%2FUCFCTBt-B-84-1-3%2FglobalItems.html
http://almamater.uc.pt/wrapper.asp?t=Colloquies+on+the+simples+%26+drugs+of+India&d=http%3A%2F%2Fbibdigital.bot.uc.pt%2Fobras%2FUCFCTBt-B-84-1-3%2FglobalItems.html
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Ser
Segue a vida que passa, segue a vida a questionar-se a si própria
Se é pó, se é maresia, poderá algum dia ser alguém?
Segue a vida que é caminho, que não volta atrás e não perdoa
Segue a vida que é Sol, que é Lua, que é Mercúrio, poderá algum dia não ser de ninguém?
Segue a vida, porque vibra, porque dorme, porque ama e porque sente
E quando haverá mais espaço? quando haverá uma sinfonia que não prenda?
Quando haverá um sítio que não segure e que seja como praia, como um jardim
Onde haverá um sítio, um espaço para quem a vida seja sempre sem direção?
Que vida é constancia? que vida é fascinio?
Que vida pode trazer respostas, quando só a pergunta trás verdades?
Qual a natureza da vida num suspiro?
Que vida haverá num eco que retorna, que prende.
que vida haverá num lugar em que se retorna vezes sem conta a cada acordar?
Que dia foi igual ao outro?
Que lua foi igual a de outro dia?
Que resposta fez alguem deixar de perguntar?
Haverá vida sem Sol, sem Lua e sem estrelas?
Haverá vida na constancia de uma só consciencia?
Será possível parar?
Será possível criar um espaço que não nos prenda num lugar?
Um espaço de vida não física e não temporal... haverá tempo sem espaço e
espaço sem início e sem fim?
E se o mar permanece, ele nunca é igual.
Se é pó, se é maresia, poderá algum dia ser alguém?
Segue a vida que é caminho, que não volta atrás e não perdoa
Segue a vida que é Sol, que é Lua, que é Mercúrio, poderá algum dia não ser de ninguém?
Segue a vida, porque vibra, porque dorme, porque ama e porque sente
E quando haverá mais espaço? quando haverá uma sinfonia que não prenda?
Quando haverá um sítio que não segure e que seja como praia, como um jardim
Onde haverá um sítio, um espaço para quem a vida seja sempre sem direção?
Que vida é constancia? que vida é fascinio?
Que vida pode trazer respostas, quando só a pergunta trás verdades?
Qual a natureza da vida num suspiro?
Que vida haverá num eco que retorna, que prende.
que vida haverá num lugar em que se retorna vezes sem conta a cada acordar?
Que dia foi igual ao outro?
Que lua foi igual a de outro dia?
Que resposta fez alguem deixar de perguntar?
Haverá vida sem Sol, sem Lua e sem estrelas?
Haverá vida na constancia de uma só consciencia?
Será possível parar?
Será possível criar um espaço que não nos prenda num lugar?
Um espaço de vida não física e não temporal... haverá tempo sem espaço e
espaço sem início e sem fim?
E se o mar permanece, ele nunca é igual.
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