Friday, December 11, 2015
Tuesday, December 08, 2015
deixar ir
O nosso amor fez me acreditar que dar me em dadiva para ti era tudo
mas uma vez despedacei me em ilusao sem dar por isso, entreguei me ao passado como pomba
E tu es insaciavel, es incapaz de parar, queres antes que de magoe, que te explore, que te traia do que olhar para mim
por seres completo sozinho, por seres tao de ti, e nada de mim,
nao cuidavas de mim, quando tudo o que eu queria era cuidar de ti, e era ser curada
Vi que o nosso amor, seria sempre ilusorio,
como restos ao vento, corpos despedacados, o nosso amor estava predestinado para desfazer se em restos mortais
E eu apertava em meu peito o teu corpo nu, e via a minha desolacao, o retorno da minha inspiracao,
via que lentamente havia me perdido de mim, dessas vezes que ia e retornava da tua casa,
em que me mandavas embora, sem eu querer, eu via me nua, despida da minha integridade em querer fazer me tua e tu sem abdicares de ti proprio por mim.
Em cada folego comecava a ganhar o gosto do grito, o gosto do grito por libertar me
O porque dessa ilusao de fazer me tua eu nao sei, o porque da tua ilusao de saberes sempre para onde ir, sempre conseguires seguir a tua propria direcao e nunca olhar para tras.
Fizeste me voltar a escrever, e eu senti me presa e libertei me de ti num choro, num gesto deixei me partir, da mesma forma que cheguei, num desespero ofegante.
Eu nao estava mais completa sem ti, e por isso fugi, quando vi que a minha presenca a ti nao te fazia diferenca, vi que ias ganhando gosto em me morder, em magoar meus sentimentos fortes, fazendo ser maior a tua forca pessoal.
Numa luta de dominacao o nosso amor acabou, mas nao o meu amor por ti, do meu amor por ti, restou a tristeza do melhor que queria que tivesse sido.
Fica me esta lembranca que me resta de um homem, o abandono, e a unica coisa que realmente conheco da natureza masculina e o que consigo trazer para a minha vida.
Antes preferiria ser de mim, do que entregar me para o abismo, antes as lagrimas agora, do que deixar me ir depois.
Queria sucumbir me de mim, ou ser minha e de mais ninguem, do que um meio termo, indefinido, essa massa ignia que me transborda o interior e me conduz sem eu saber para onde, nao ha o que controlar, nao ha o que perder quando tudo esta perdido
mas uma vez despedacei me em ilusao sem dar por isso, entreguei me ao passado como pomba
E tu es insaciavel, es incapaz de parar, queres antes que de magoe, que te explore, que te traia do que olhar para mim
por seres completo sozinho, por seres tao de ti, e nada de mim,
nao cuidavas de mim, quando tudo o que eu queria era cuidar de ti, e era ser curada
Vi que o nosso amor, seria sempre ilusorio,
como restos ao vento, corpos despedacados, o nosso amor estava predestinado para desfazer se em restos mortais
E eu apertava em meu peito o teu corpo nu, e via a minha desolacao, o retorno da minha inspiracao,
via que lentamente havia me perdido de mim, dessas vezes que ia e retornava da tua casa,
em que me mandavas embora, sem eu querer, eu via me nua, despida da minha integridade em querer fazer me tua e tu sem abdicares de ti proprio por mim.
Em cada folego comecava a ganhar o gosto do grito, o gosto do grito por libertar me
O porque dessa ilusao de fazer me tua eu nao sei, o porque da tua ilusao de saberes sempre para onde ir, sempre conseguires seguir a tua propria direcao e nunca olhar para tras.
Fizeste me voltar a escrever, e eu senti me presa e libertei me de ti num choro, num gesto deixei me partir, da mesma forma que cheguei, num desespero ofegante.
Eu nao estava mais completa sem ti, e por isso fugi, quando vi que a minha presenca a ti nao te fazia diferenca, vi que ias ganhando gosto em me morder, em magoar meus sentimentos fortes, fazendo ser maior a tua forca pessoal.
Numa luta de dominacao o nosso amor acabou, mas nao o meu amor por ti, do meu amor por ti, restou a tristeza do melhor que queria que tivesse sido.
Fica me esta lembranca que me resta de um homem, o abandono, e a unica coisa que realmente conheco da natureza masculina e o que consigo trazer para a minha vida.
Antes preferiria ser de mim, do que entregar me para o abismo, antes as lagrimas agora, do que deixar me ir depois.
Queria sucumbir me de mim, ou ser minha e de mais ninguem, do que um meio termo, indefinido, essa massa ignia que me transborda o interior e me conduz sem eu saber para onde, nao ha o que controlar, nao ha o que perder quando tudo esta perdido
Saturday, December 05, 2015
Sunday, November 08, 2015
Sunday, November 01, 2015
Thursday, October 29, 2015
Tuesday, October 27, 2015
Sunday, October 18, 2015
Thursday, October 15, 2015
Wednesday, October 14, 2015
Tuesday, October 06, 2015
Sunday, October 04, 2015
Wednesday, September 30, 2015
Saturday, September 26, 2015
Friday, September 25, 2015
Saturday, September 19, 2015
Tuesday, September 15, 2015
Saturday, September 12, 2015
Wednesday, September 09, 2015
Sunday, September 06, 2015
Thursday, September 03, 2015
Wednesday, September 02, 2015
Tuesday, September 01, 2015
Friday, August 28, 2015
Tuesday, August 25, 2015
Monday, August 24, 2015
Saturday, August 22, 2015
Friday, August 21, 2015
Wednesday, August 12, 2015
Tuesday, August 11, 2015
Monday, August 10, 2015
Tuesday, August 04, 2015
Friday, July 31, 2015
vão
acreditei no inacreditável, cega no cansaço de tentar continuar a caminhar sabendo que o destino seria sempre fugidiu, aproveitava
mas escolhi não ver talvez, tentando querer aprender a confiar, talvez querendo o inatingível, não desisti
e num dia, esvaziei-me de mim fui ao encontro dele como se do sol se tratassse, como se os outros dias vazios tivessem passado
mais uma vez, eu já sabia, sabia que ia para o vazio e não para o encontro mas no desencontro de mim, eu estava tão feliz
caí, escorregada a teus pés, carreguei me de mim ,do que sou, essa mesma carente
vi o que de injusto tinha a vida, porque tu tinhas tudo e porque mantinhas-te assim e brilhavas.
vi o invisível aos meus olhos, quais os tingimentos, quais os lugares do mundo, quais as frutas rusticas que existiam das quais eu nunca poderia tocar e de como nos todos éramos tão tolos.
falamos do que não podia acontecer, do nosso futuro, como amantes, eu pouco amada, de mim apenas essa pena assustada.
Contavas vantagens, cantavas as tuas trivialidades, contavas viagens e trazias-me o mundo tão cheio de nada, tão vão.
Tocavas todo o mundo que havias visitado, mesmo enquanto eu contava os tostões do jantar, enquanto me contavas a tua gloria, eu tinha o futuro da minha morada planeado entre as folhas do chão e as minhas lágrimas despiam-se no céu.
foste como vieste, com risadas de quem não conhece nada, com toda a pose, e do que eu dissesse eram apenas palavras, justiça das injustiças, palavras vãs cheias do vento da nossa paixão esvaziada.
de tudo o que eu dissesse tu rias, como quem não conhece trabalho, como quem não conhece humanidade, sabias de mim desarmada, eu já sabia de ti feito de luz, embora a tua pele fosse escura, no teu mundo eu sempre seria escuridão, e nisso eu te compreendia, falei alto pela minha ausência e da mesma forma que vim, saí pela tua porta, aliviada.
mas escolhi não ver talvez, tentando querer aprender a confiar, talvez querendo o inatingível, não desisti
e num dia, esvaziei-me de mim fui ao encontro dele como se do sol se tratassse, como se os outros dias vazios tivessem passado
mais uma vez, eu já sabia, sabia que ia para o vazio e não para o encontro mas no desencontro de mim, eu estava tão feliz
caí, escorregada a teus pés, carreguei me de mim ,do que sou, essa mesma carente
vi o que de injusto tinha a vida, porque tu tinhas tudo e porque mantinhas-te assim e brilhavas.
vi o invisível aos meus olhos, quais os tingimentos, quais os lugares do mundo, quais as frutas rusticas que existiam das quais eu nunca poderia tocar e de como nos todos éramos tão tolos.
falamos do que não podia acontecer, do nosso futuro, como amantes, eu pouco amada, de mim apenas essa pena assustada.
Contavas vantagens, cantavas as tuas trivialidades, contavas viagens e trazias-me o mundo tão cheio de nada, tão vão.
Tocavas todo o mundo que havias visitado, mesmo enquanto eu contava os tostões do jantar, enquanto me contavas a tua gloria, eu tinha o futuro da minha morada planeado entre as folhas do chão e as minhas lágrimas despiam-se no céu.
foste como vieste, com risadas de quem não conhece nada, com toda a pose, e do que eu dissesse eram apenas palavras, justiça das injustiças, palavras vãs cheias do vento da nossa paixão esvaziada.
de tudo o que eu dissesse tu rias, como quem não conhece trabalho, como quem não conhece humanidade, sabias de mim desarmada, eu já sabia de ti feito de luz, embora a tua pele fosse escura, no teu mundo eu sempre seria escuridão, e nisso eu te compreendia, falei alto pela minha ausência e da mesma forma que vim, saí pela tua porta, aliviada.
Wednesday, July 29, 2015
Thursday, July 16, 2015
Sunday, July 12, 2015
brisa
Entre as
penumbras que surgem de manhã, surge no vento uma brisa de dádiva e uma brisa
que tira.
E os
pensamentos nos dizem, que quando se pensa ter, o melhor é pensar não ter, e
que quando se pensa ser dia é melhor pensar que é noite, porque ao longo do dia
tudo se vai alterando.
E
observa-se o tempo a passar, e o tempo parece tão escasso, não há vontade de
fazer nada
Apenas a
vontade de observar como o mundo se move a nossa volta, tudo numa tendência
abismal.
Entre as
folhas, que se estendem no chão, caminha-se numa direção sem previsão de
chegada a um destino certo. Entre as folhas avista-se em tudo o que se ganha, tudo
o que se perde.
E o vento
passa, como nos vai passando a vida, por vezes queremos rir que nos alivia, por
vezes alivia mais quando à noite, se chora.
E a vida
nos tira tanto, e tão poucos são os frutos, que o melhor é guardá-los para as
surpresas futuras, e o presente se nos escapa, como se nos escorresse da mão.
E num dia acordamos,
e ninguem está, ninguem nos vai mostrar o caminho, e os dias passam
construidos, com pouco do que se possa fazer, as estações mudam como todos os
dias enquanto se envelhecem a pintura dos sonhos.
E entre as árvores
e as folhas caídas, entre os cheiros de montanha, que sempre souberam avisar,
nada realmente existe, nada realmente há, mas tudo parece existir apenas no silêncio
do vento.
Friday, July 03, 2015
Versos do Sutra do Diamante pelo mestre Hsing Yun
No Sutra Diamante, o verso de quatro linhas é mencionado várias vezes como uma pequena unidade do Sutra do Diamante, para comparar a prática de apenas uma pequena parte do sutra como exceder outros grandes actos de mérito.
Isto mostra a importância dos versos de quatro linhas no sutra pois alguns dos momentos mais impactantes são presentes nesta forma. Por exemplo, um verso notável é encontrado no capítulo 32:
Todos os fenómenos condicionadosA essência dos 49 anos de ensinamentos de Buda estão contidos nestas quatro linhas. Todos os fenómenos aparecem no mundo como a combinação de causas e condições que são temporárias, por natureza. Quando encarados com algum tipo de fenómeno, um momento de interacção social entre nós e os outros, ou entre o louvado e o culpado, sucesso ou falhanço; Se algun destes ficarem na mente então podemos desenvolver preocupações dolorosas e criar todos os tipos de distinções e comparações. Infelicidade no passado pode plantar a semente para esquemas e prejuízos, mesmo tendo condições positivas e de sucesso no presente, pode criar-se condições para preocupações futuras e reclamações quando as coisas não funcionarem como esperamos. Como pode a mente ser purificada?
São como sonhos, ilusões, bolhas e sombras,
Como orvalho e relâmpago;
Devemos contemplá-los desta forma.
O Buda disse que devemos dar origem a uma mente que não permanece em nada. De forma semelhante ele disse no Sutra do Diamante que, «A mente do passado não pode ser obtida; a mente do presente não pode ser obtida; e a mente do futuro não pode ser obtida». No Sutra da Plataforma, Huineng diz,«Dentro de cada pensamento, não revisites estados passados. Se passado, presente e futuros pensamentos estão ligados, pensamento a pensamento como um continuo, isto é chamado estar apegado. Quando pensamento após pensamento não se apega a nenhum fenómeno, isto é chamado estar desapegado».
Devemos fazer o nosso melhor, no entanto o que é passado é passado. Não importa que pensamento permanece, tornamo-nos apegados por aflição e a continuidade de um pensamento é formada. Somente quando a mente não permanece em algo é que estamos verdadeira e puramente livres.
As «quatro noções» mencionadas pelo sutra, a noção do eu, a noção dos outros, a noção dos seres sencientes e a noção da longevidade, todas levantam a noção do eu. Quando nos agarramos a vários desejos, criamos a distinção entre nós mesmos e outros, que dão origem a tais noções. A noção de eu, surge como resultado da inabilidade de controlar os cinco agregados da forma, sensação, percepção, formações mentais e consciência, pela sua existência condicional e ilusória. Quando deixamos ir o apego à noção do eu, as outras três noções serão desfeitas. «Não-eu» é prajna. Também nesta instância devemos usar o transcendental para praticar o que é terreno e pegar no nosso sentido terreno de eu, para praticar o não-eu. Apenas quando não há eu, nenhuma distinção, nenhuma verdade ou mentira, nenhum sofrimento e nenhuma obstrução, pode o eu manifestar-se como verdadeiro prajna.
Ver o buda
Se alguém achar que eu posso ser visto entre as formas,
Ou que posso ser ouvido entre os sons,
Então essa pessoa está no caminho errado
E não verá o Tathagata.
Este verso de quatro linhas do capítulo 26, mostra como
o puro Dharmakaya do Buda não tem uma aparência. Quando procuramos pelo
Buda, devemos procurar pelo verdadeiro Dharmakaya, ao invés de nos
apegarmos à forma ou som do Buda.
Havia um monge coreano, chamado Gyeongman que era conhecido pelos
seus altos princípios morais. Uma noite, ele levou para o seu quarto uma
mulher com cabelo pelos ombros e os dois não saíram do quarto por
vários dias. Os seus discípulos estavam perplexos e, após mais alguns
dias, não aguentaram mais e entraram de rompante pelo quarto do mestre. O
que viram foi o mestre sentado a um lado da cama, a dar uma massagem à
mulher.Um dos discípulos disse, «Mestre, como pode um comportamento deste ser um exemplo para nós?»
«Porque não pode servir de exemplo para vocês?», o Mestre respondeu.
O discípulo apontou para a mulher e balbuciou, «Não vê? Não vê?»
Gyeongman respondeu, «Vem e vê. Vem e vê».
O grupo de discípulos aproximou-se para olhar e viu que a mulher não tinha nariz, as suas orelhas tinham desaparecido e os seus olhos estavam afundados. Ela era uma leprosa e o seu Mestre estava no processo de lhe dar um tratamento especial. Gyeongman guardou-a de todos porque a sua doença era contagiosa. Nesse momento o discípulo que tinha questionado o seu Mestre ajoelhou-se em vergonha e disse, «Apenas o Mestre é capaz de tal bondade».
O que vemos com os nossos olhos nunca é verdadeiramente verdadeiro, nem o que ouvimos com os nossos ouvidos. Devemos aprender a fazer sem olhos, ouvidos, nariz, língua, corpo e mente. Devemos dispensar as distinções para tomar consciência nas nossas próprias vidas a verdadeira razão pela qual aqui estamos e a verdadeira mente, pois só então poderá haver prajna. Como o Buda disse, «Se alguém pensar que eu posso ser visto entre as formas, ou que posso ser ouvido entre os sons», então esse não é Buda.
Como podemos então ver o Buda? Quando vemos os resultados de originação dependente, vemos o Dharma e então, vemos também o Buda. Quando vemos prajna, então vemos o Buda. Quando testemunhamos o amor-incondicional e compaixão, então vemos Buda. Tem uma mente universal e abrangente e também tu verás Buda.
Sutra do Coração
OM, homenagem à venerável perfeição da sabedoria!O bodhisattva Avalokiteshvara, em profunda meditação Prajna Paramita
viu claramente a vacuidade da natureza dos cinco agregados
e libertou-se da dor.
Ó Shariputra, forma não é senão vacuidade,
Vacuidade não é senão forma;
Forma é precisamente vacuidade,
vacuidade precisamente forma.
Sensação, percepção, reacção e consciência
são também assim.
Ó Shariputra, todas as coisas são expressões da vacuidade.
Não nascidas, não destruídas; não maculadas, não puras,
Sem crescimento nem declínio.
Assim na vacuidade não há forma,
Sensação, percepção, reacção nem consciência;
Não há olhos, ouvidos, nariz, língua, corpo, mente;
Não há cor, som, odor, sabor, tacto, objecto;
Não há campo de visão nem campo de consciência;
Não há ignorância nem fim da ignorância.
Não há velhice e morte nem cessação da velhice e da morte;
Não há sofrimento nem causa do sofrimento.
Não há caminho, não há sabedoria nem proveito.
Sem proveito – assim os Bodhisattvas vivem esta Prajna Paramita
Sem obstáculos na mente.
Sem obstáculos e por isso sem medo.
Muito para além das ilusões, Nirvana é aqui.
Todos os Budas passados, presentes e futuros vivem esta Prajna Paramita
E alcançam a suprema, perfeita iluminação.
Por isso deves saber que Prajna Paramita é o sagrado mantra;
O mantra da grande sabedoria, o melhor mantra.
O mantra luminoso, o mantra supremo,
O mantra incomparável
Que dissipa todo o sofrimento.
Isto é verdade.
Por isso pratica o mantra da Prajna Praramita
Pratica este mantra e proclama:
GATE GATE PARAGATE PARASAMGATE BODHI SVAHA!
Isto completa o Coração da Venerável Perfeição da Sabedoria.
Thursday, June 25, 2015
Sunday, June 21, 2015
Friday, June 19, 2015
Monday, June 15, 2015
Saturday, June 13, 2015
Thursday, June 11, 2015
Tuesday, June 09, 2015
Nightwish - Bless the Child - Floor
"Bless The Child"
"I was born amidst the purple waterfalls.
I was weak, yet not unblessed.
Dead to the world. Alive for the journey.
One night I dreamt a white rose withering,
a newborn drowning a lifetime loneliness.
I dreamt all my future. Relived my past.
A witnessed the beauty of the beast"
Where have all the feelings gone?
Why has all the laughter ceased?
Why am I loved only when I'm gone?
Gone back in time to bless the child
Think of me long enough to make a memory
Come bless the child one more time
How can I ever feel again?
Given the chance would I return?
I've never felt so alone in my life
As I drank from a cup which was counting my time
There's a poison drop in this cup of Man
To drink it is to follow the left hand path
"Where have all the feelings gone?
Why is the deadliest sin - to love as I loved you?
Now unblessed, homesick in time,
soon to be freed from care, from human pain.
My tale is the most bitter truth:
Time pays us but with earth & dust, and a dark, silent grave.
Remember, my child: Without innocence the cross is only iron,
hope is only an illusion & Ocean Soul's nothing but a name...
The Child bless thee & keep thee forever"
I was weak, yet not unblessed.
Dead to the world. Alive for the journey.
One night I dreamt a white rose withering,
a newborn drowning a lifetime loneliness.
I dreamt all my future. Relived my past.
A witnessed the beauty of the beast"
Where have all the feelings gone?
Why has all the laughter ceased?
Why am I loved only when I'm gone?
Gone back in time to bless the child
Think of me long enough to make a memory
Come bless the child one more time
How can I ever feel again?
Given the chance would I return?
I've never felt so alone in my life
As I drank from a cup which was counting my time
There's a poison drop in this cup of Man
To drink it is to follow the left hand path
"Where have all the feelings gone?
Why is the deadliest sin - to love as I loved you?
Now unblessed, homesick in time,
soon to be freed from care, from human pain.
My tale is the most bitter truth:
Time pays us but with earth & dust, and a dark, silent grave.
Remember, my child: Without innocence the cross is only iron,
hope is only an illusion & Ocean Soul's nothing but a name...
The Child bless thee & keep thee forever"
Saturday, June 06, 2015
i love you maybe more in distance than in presence because in your presence i feel my own solitude and restlessness but when you are far i feel you inside me more and im gratefull for our memories together.
Im made of words and hopes but you are made of melodies.
nao posso prender-t, é sempre melhor soltar te no vento e esperar que voltes para mim como brisa natural.
Im made of words and hopes but you are made of melodies.
nao posso prender-t, é sempre melhor soltar te no vento e esperar que voltes para mim como brisa natural.
Sunday, May 31, 2015
Saturday, May 23, 2015
Monday, May 18, 2015
Epifania interior
Feito e cumprido em meu peito, a flor abriu
O menino dorme em meu peito, enquanto tu, docemente espreitas à minha porta
Sinto uma brisa que diz, sermos apenas paisagens naturais, estações amparadas pelo tempo
Ao cantar, estes dias que ficam, ao parar e refletir os momentos, nada há, só o vazio
Nestes dias que se passam, sem se sentir, tudo é ausência, porque os momentos devem ser feitos
Mas tu, desejava que fossemos eternos, juntos como estátuas brancas de infinitude num cimo de uma vista qualquer dum monumento guardado do tempo.
Voltavas e eu ansiava, que fosse esta a minha real vez, que tu levasses-me de vez para longe de mim, que eu fosse para um lugar distante, que o teu corpo era de outro lugar bem mais antigo que eu,
na tua pele, eu via o sinal das almas antigas e a tua presença tinha o som dos tempos passados que revelavam mais da verdade do mundo, que eram mais verdade que a verdade das vestes tristes que pensam viver nas ruas de hoje.
Todos os corações ainda batem, mas eu vejo como tudo agora, se torna insignificante para mim, tudo é tão calmo, distante, e sem movimentações reais e definidas, tudo passa como se nascesse, apenas no inconsciente, todo ausente de si
As vistas mudam, os lugares tornam-se diferentes, mas no fundo, tudo fica igual. As memórias são retratos, que mudam de cor, mas que nunca ficam gastos, porque tudo é o mesmo, nada será realmente diferente, da sensação de se estar só
E tu respiras no meu colo, descansas levemente no meu peito, contas-me as tuas histórias, as tuas inquietações, e eu vejo os que foram, pergunto se ainda estarão bem,
vejo que nada nunca dependeu de mim, saberia melhor ter perguntado a primavera, e ter esperado que as flores crescessem no meu jardim
No espelho, revejo-me nos braços fortes da tua fragilidade, abraço-te com força como para te lembrar do ventre a que todos voltaremos,
mas respiro ofegante, porque somos animais, e nunca sabemos nada de nós, e andar sempre nos custará, quando soubermos de nós na impossibilidade de estamos unidos,
vi toda a vida em teu peito, vi que tudo na vida, sempre vive em pulsão.
Wednesday, May 06, 2015
No fim do início
Encontrei-te entre o fim e o início, assim entre fases dispersas
Dizias-me olhar e sorrias quando eu chorava. E quando eu sorria era para curar-te das tuas inquietações.
Vivi-te a cada instante e segundo, e sonhei-te todo em mim, aparecias assim nos sonhos do meu peito como um ser budico risonho.
Viajamos mesmo enquanto deitados, cantamos, oramos, caminhamos e criamos uma família de sonhos não concretizados.
Chorando juntos o nosso fim, ficamos calados frente a frieza nua do que já estava destinado.
Encontrei-te no fim e no inicio do meu corpo e no fim da minha própria alma em pele tu surgias a cada dia.
Quase que completamente real, mas quase que pouco improvável para mim a tua pele escura era o meu laço a vida, a vida que em mim adormecia, e desfazia-se no que tu quisesses.
O meu coraçao queria te sempre por perto mas a vida tenta sempre roubar mais espaço em mim.
E eu chorava teimosa, no que não podia suportar, desde o inicio eu sabia daquela energia ser maior e nós apenas peões.
Sabia de ti seres ser dum mistério natural, existente numa natureza etérea de mim, mas teimava.
Teimava seres meu no mais improvável dos mundos, que o teu reflexo me fazia crer e acreditar.
Mas o mundo foi muito real muito provável mais uma vez, segui o rumo dos planetas maiores do que o meu coração a bater por ti.
Eu pergunto quais serão os destinos, e o porque das mortes no ventre, a razão dos filmes finais. mas a razão do nascimento dos mares fica sempre no mistério de um véu encoberto, e eu fico sendo rainha de um mar vazio. Dona de tempestades que ficam presas fora de mim impedida de minha própria vida, toda eu própria entregue ao mundo.
Amei-te por seres homem de um só mundo de sons, mas eu não valia o preço do teu futuro, nem as cores das tuas vestes, era o corpo que habitava esse som teu num contemplativo baloiço.
Amei-te, chorei, e agora sigo em frente apenas pela sorte dum futuro.
Dizias-me olhar e sorrias quando eu chorava. E quando eu sorria era para curar-te das tuas inquietações.
Vivi-te a cada instante e segundo, e sonhei-te todo em mim, aparecias assim nos sonhos do meu peito como um ser budico risonho.
Viajamos mesmo enquanto deitados, cantamos, oramos, caminhamos e criamos uma família de sonhos não concretizados.
Chorando juntos o nosso fim, ficamos calados frente a frieza nua do que já estava destinado.
Encontrei-te no fim e no inicio do meu corpo e no fim da minha própria alma em pele tu surgias a cada dia.
Quase que completamente real, mas quase que pouco improvável para mim a tua pele escura era o meu laço a vida, a vida que em mim adormecia, e desfazia-se no que tu quisesses.
O meu coraçao queria te sempre por perto mas a vida tenta sempre roubar mais espaço em mim.
E eu chorava teimosa, no que não podia suportar, desde o inicio eu sabia daquela energia ser maior e nós apenas peões.
Sabia de ti seres ser dum mistério natural, existente numa natureza etérea de mim, mas teimava.
Teimava seres meu no mais improvável dos mundos, que o teu reflexo me fazia crer e acreditar.
Mas o mundo foi muito real muito provável mais uma vez, segui o rumo dos planetas maiores do que o meu coração a bater por ti.
Eu pergunto quais serão os destinos, e o porque das mortes no ventre, a razão dos filmes finais. mas a razão do nascimento dos mares fica sempre no mistério de um véu encoberto, e eu fico sendo rainha de um mar vazio. Dona de tempestades que ficam presas fora de mim impedida de minha própria vida, toda eu própria entregue ao mundo.
Amei-te por seres homem de um só mundo de sons, mas eu não valia o preço do teu futuro, nem as cores das tuas vestes, era o corpo que habitava esse som teu num contemplativo baloiço.
Amei-te, chorei, e agora sigo em frente apenas pela sorte dum futuro.
Friday, April 24, 2015
Wednesday, April 08, 2015
Monday, April 06, 2015
Friday, April 03, 2015
Wednesday, April 01, 2015
Tuesday, March 31, 2015
Sunday, March 29, 2015
Wednesday, March 25, 2015
Escorre me o interior
Esta ventania, escorre-me o interior
Quais becos profundos, quais estradas falantes e saltitantes
Não há o que revelar completamente
E na completa escuridão, segue-me esse sangue agitado, estes dentes
Esse golpe final, que desfia a ausência, que escorre o peito num pio
Esta ventania, cospe-me em gosto, brota-me em juras e desolações
Canta-me em sonhos passados, em gerações dos futuros sepultados nos dias finais
Toca-me em tambores universais e em embalos fugidios de terras distantes
Passa-me a pele por pétala, passa-me o tempo enquanto escorre-me as lagrimas tingidas em vão
E enquanto isso, nada há, nada passa, nada caminha, escorre-me o peito porque tudo está escuro
Tudo está por dizer, tudo ficou por falar, na partida, brotou-se me a vida em fim.
O beco, a chama, aquele dia que me amaste, o incenso, e tudo é tão calmo
E o tempo surge perene, e as vidas surgem pacatas, e o vento continua a surgir num grito desolado
Todos os dias serão dias, todos os momentos foram em vão, todas as pessoas querem amor
Corações apertados, apegados, rotos, perdidos, esquecidos não ficaram, todos partiram em turbilhão
Tudo era tão apaixonado, tudo era como essa vela acesa, como os temperos ricos da vida, tudo foi num dia frutífero assim
E os tambores continuam a tocar os dias finais, e as lagrimas continuam a porta, miseráveis a pedirem esmolas de atenção.
Mas não, não há mais o que dizer, sou a mesma esquecida, a mesma que ficou a beira da estrada, sou feita toda para dar, nos dentes de todos os lobos, com o peito aberto demais, com a vida toda ela escondida e despida, com os prantos secos da aurora, rastejante do que nunca pude ter.
E a vida permanece intocada, imaculada, inventada, quais invenções poderão haver para cobrir todo esse buraco de dor, essa passagem ao submundo, esse esquecimento eterno, passado das lágrimas caídas e dos rostos pálidos, das vidas esmagadas e mal refletidas,
quero dormir e não acordar, senti todas as sensações cedo demais, chorei mais do que o mar, e vi mais do que podia ver, quero ficar, não quero ver-te partir, deixar-me assim derretida a teus pés, sem nunca eu ter sabido de mim.
Quais becos profundos, quais estradas falantes e saltitantes
Não há o que revelar completamente
E na completa escuridão, segue-me esse sangue agitado, estes dentes
Esse golpe final, que desfia a ausência, que escorre o peito num pio
Esta ventania, cospe-me em gosto, brota-me em juras e desolações
Canta-me em sonhos passados, em gerações dos futuros sepultados nos dias finais
Toca-me em tambores universais e em embalos fugidios de terras distantes
Passa-me a pele por pétala, passa-me o tempo enquanto escorre-me as lagrimas tingidas em vão
E enquanto isso, nada há, nada passa, nada caminha, escorre-me o peito porque tudo está escuro
Tudo está por dizer, tudo ficou por falar, na partida, brotou-se me a vida em fim.
O beco, a chama, aquele dia que me amaste, o incenso, e tudo é tão calmo
E o tempo surge perene, e as vidas surgem pacatas, e o vento continua a surgir num grito desolado
Todos os dias serão dias, todos os momentos foram em vão, todas as pessoas querem amor
Corações apertados, apegados, rotos, perdidos, esquecidos não ficaram, todos partiram em turbilhão
Tudo era tão apaixonado, tudo era como essa vela acesa, como os temperos ricos da vida, tudo foi num dia frutífero assim
E os tambores continuam a tocar os dias finais, e as lagrimas continuam a porta, miseráveis a pedirem esmolas de atenção.
Mas não, não há mais o que dizer, sou a mesma esquecida, a mesma que ficou a beira da estrada, sou feita toda para dar, nos dentes de todos os lobos, com o peito aberto demais, com a vida toda ela escondida e despida, com os prantos secos da aurora, rastejante do que nunca pude ter.
E a vida permanece intocada, imaculada, inventada, quais invenções poderão haver para cobrir todo esse buraco de dor, essa passagem ao submundo, esse esquecimento eterno, passado das lágrimas caídas e dos rostos pálidos, das vidas esmagadas e mal refletidas,
quero dormir e não acordar, senti todas as sensações cedo demais, chorei mais do que o mar, e vi mais do que podia ver, quero ficar, não quero ver-te partir, deixar-me assim derretida a teus pés, sem nunca eu ter sabido de mim.
Jovens
Lá fora chove, são lagrimas que tingem o chão, rostos que ruminam coisas que existem à superfície
Lá fora existem jovens que correm, relógios partidos pelo chão, existem flores
Seguem-se em movimento as brumas que passam cintilantes nas roupas das raparigas
E seguem-se os trilhos multiplicados até ao infinito, do céu e do mar que querem atingir as estrelas
Mas lá fora, esquecemos, bebemos e acariciamos, nós as raparigas, esquecemos de esquecer
Lá fora, nós seguimos, e vamos nos fechando cegas do gosto da dor, de engolir a própria saliva
E a ventania recai, caímos e levantamos, vestimos e nos despimos, existem as flores mas existem os retratos, existem as cinzas e existem as multidões
E os ventos não se querem recolhidos, as paisagens multiplicam-se, fogem-nos os amantes e a vida mantém-se escorrida, escorre-nos dos dedos o mundo, escorre-nos dos dedos o tempo e a verdura é jovem, é feita para queimar
Os velhos repetem-se, repetem-se as vidas, mas ninguém vai olhar para trás, o caminho é fugidio
Os moços trazem os coraçoes vazios, as saias mantém-se mais curtas, e os livros estão nas prateleiras por serem lidos trazendo ainda flores dentro, trazem o perfume, mas ninguém quer viver em vão,
ninguém quer mais do que o futuro, e os insectos comem os restos bons, e o futuro permanece no passado e somos lentas como os caracóis, no espanto de apreciar um resto que sobre do amante que foi.
Seguem-se os dias, não passam quando queremos, seguem-se minutos e segundos de vidros partidos e de crianças que ficam por nascer, de histórias não contadas, pedaços de cadernos e embalos matinais
Surge a noite renascida, num balanço de querer ser-se vida, e eu sinto-me morte, ferida da maior ferida, culpada de toda a culpa, cuspo nos versos que leio algures pela a vida e só me deito aos sons das marés, reflito para meditar nos ossos do jantar, o que seria feito do mar se falasse.
Vejo o sol em cada madrugada, sei de onde foi que ele veio, canto os goles uterinos que assaltam as imaginações distorcidas nas cabeças engolidas das multidões,
nós somos flores feitas para serem pisadas, quais gestos gentis, quais corações cordiais, existem os arrotos e as dores do parto provocadas por nós, e os sons todos são naturais
Enquanto isso, todas as vidas são gastas, o tempo é sempre contado e ainda assim algo sempre permanece.
Lá fora existem jovens que correm, relógios partidos pelo chão, existem flores
Seguem-se em movimento as brumas que passam cintilantes nas roupas das raparigas
E seguem-se os trilhos multiplicados até ao infinito, do céu e do mar que querem atingir as estrelas
Mas lá fora, esquecemos, bebemos e acariciamos, nós as raparigas, esquecemos de esquecer
Lá fora, nós seguimos, e vamos nos fechando cegas do gosto da dor, de engolir a própria saliva
E a ventania recai, caímos e levantamos, vestimos e nos despimos, existem as flores mas existem os retratos, existem as cinzas e existem as multidões
E os ventos não se querem recolhidos, as paisagens multiplicam-se, fogem-nos os amantes e a vida mantém-se escorrida, escorre-nos dos dedos o mundo, escorre-nos dos dedos o tempo e a verdura é jovem, é feita para queimar
Os velhos repetem-se, repetem-se as vidas, mas ninguém vai olhar para trás, o caminho é fugidio
Os moços trazem os coraçoes vazios, as saias mantém-se mais curtas, e os livros estão nas prateleiras por serem lidos trazendo ainda flores dentro, trazem o perfume, mas ninguém quer viver em vão,
ninguém quer mais do que o futuro, e os insectos comem os restos bons, e o futuro permanece no passado e somos lentas como os caracóis, no espanto de apreciar um resto que sobre do amante que foi.
Seguem-se os dias, não passam quando queremos, seguem-se minutos e segundos de vidros partidos e de crianças que ficam por nascer, de histórias não contadas, pedaços de cadernos e embalos matinais
Surge a noite renascida, num balanço de querer ser-se vida, e eu sinto-me morte, ferida da maior ferida, culpada de toda a culpa, cuspo nos versos que leio algures pela a vida e só me deito aos sons das marés, reflito para meditar nos ossos do jantar, o que seria feito do mar se falasse.
Vejo o sol em cada madrugada, sei de onde foi que ele veio, canto os goles uterinos que assaltam as imaginações distorcidas nas cabeças engolidas das multidões,
nós somos flores feitas para serem pisadas, quais gestos gentis, quais corações cordiais, existem os arrotos e as dores do parto provocadas por nós, e os sons todos são naturais
Enquanto isso, todas as vidas são gastas, o tempo é sempre contado e ainda assim algo sempre permanece.
Familiaridades
Mares de transfamiliaridades, muita lucidez, luzes que piscam em assombro
Partidas e chegadas, cansaço do fim de um dia de trabalho
Verdades coloridas por sentimentos revividos
e roupas gastas das velhas capas que não servem mais
Copos vazios dos sonhos quase esquecidos
E os peitos fartos de coisas que faltam dizer do longo passado ansioso de ser revivido
Saltos rumo a outras margens que iniciam-se assim aos pouquinhos e regressam
Viagens que esperam sempre no mesmo lugar, espíritos famintos que bebem e querem sempre mais
Escuridão presente de dentro, luz que se assume por não aguentar mais
São ventanias, é a vida que é constantemente reconstruída de dentro ao mesmo tempo que de fora
quer-se destruir, manter-se assim destruída afim de se refazer de conhecer-se mais do seu próprio sofrimento
Dor que quero em mim, que me vem habitar por escolha minha, do amante que parte, dos pratos vazios, da piedade dos outros, do escuro laboral, da separação, da ausência, duma morte antecipada
E eu escuto os aplausos, escuto todos os esbanjamentos, escuto, o peso dos que carregam o mundo, e o peso dos que vivem plenamente nele, do nada e apenas pelo prazer dos seus restos mortais.
Lamentos, e cantos, passarinhos que anunciam novos nascimentos, bebes que lambem o doce da vida
E jovens que tão bem cheios do que não sabem existir, vivem cheios de si.
Homens depravados, homens casados, vidas acomodadas, bocas podres e sonhos esquecidos
Existem cores no céu, existem peixinhos nos mares, existem lugares ao longe e existe só existir
E vem outra ventania, e eu volto a lembrar quem sou, por mais uma escapadela, só por dormir mais um pouquinho, por mais este bocadinho de ti, por ser tão familiar tudo o que mantem-se distante.
Partidas e chegadas, cansaço do fim de um dia de trabalho
Verdades coloridas por sentimentos revividos
e roupas gastas das velhas capas que não servem mais
Copos vazios dos sonhos quase esquecidos
E os peitos fartos de coisas que faltam dizer do longo passado ansioso de ser revivido
Saltos rumo a outras margens que iniciam-se assim aos pouquinhos e regressam
Viagens que esperam sempre no mesmo lugar, espíritos famintos que bebem e querem sempre mais
Escuridão presente de dentro, luz que se assume por não aguentar mais
São ventanias, é a vida que é constantemente reconstruída de dentro ao mesmo tempo que de fora
quer-se destruir, manter-se assim destruída afim de se refazer de conhecer-se mais do seu próprio sofrimento
Dor que quero em mim, que me vem habitar por escolha minha, do amante que parte, dos pratos vazios, da piedade dos outros, do escuro laboral, da separação, da ausência, duma morte antecipada
E eu escuto os aplausos, escuto todos os esbanjamentos, escuto, o peso dos que carregam o mundo, e o peso dos que vivem plenamente nele, do nada e apenas pelo prazer dos seus restos mortais.
Lamentos, e cantos, passarinhos que anunciam novos nascimentos, bebes que lambem o doce da vida
E jovens que tão bem cheios do que não sabem existir, vivem cheios de si.
Homens depravados, homens casados, vidas acomodadas, bocas podres e sonhos esquecidos
Existem cores no céu, existem peixinhos nos mares, existem lugares ao longe e existe só existir
E vem outra ventania, e eu volto a lembrar quem sou, por mais uma escapadela, só por dormir mais um pouquinho, por mais este bocadinho de ti, por ser tão familiar tudo o que mantem-se distante.
Thursday, March 19, 2015
criaçao
No temor de mim, tocaste-me, e nada no universo existe em vão
Como provar doce divino, em inquietação foi todo o mundo que surgiu de mim
E caiam-me as lagrimas de maravilhas, dores de todos os amores, foi a vida e foi a morte
O teu retrato, o meu ventre, o que saiu de mim, foram mais do que retalhos de sentimentos
As vidas desfeitas, caídas, em bocados, pouco tingidas, vi como nada flui
Naquela noite, tudo era fluído, sentido, esquecido, tudo era puramente viver
Sobem os calafrios, o corpo volta lentamente a estar acordado, tu que o acordaste,
da dormência que era a vida repetida, e segues, vens, voltas, foges, na esperança do futuro
Esqueces quem de ti próprio provem e mesmo de onde vieste
E a noite, podes rir em algazarras, podes chorar, eu vou ficando triste, por antever o futuro, a partir das minhas lágrimas do passado. Mas ainda assim vivo, o ser radioso que é seres tu, não satisfeito sempre a querer mais, dizes ser livre, mas foste meu um dia, no dia em que me pedias o colo do meu coraçao isolado.
O caminho ia sendo sinistro, ora ia sendo luminoso ora escuro, as minhas perguntas iam ficando vazias, no calor do teu esforço, do teu contentamento, eu era só forma que ias deixando ao vento.
Dos sons que ias criando, eramos crianças brincando, como descobrindo quais cores existem para colorir, como escolhendo as cores para pintarmo-nos num quadro e ver de nosso sangue misto o que surgiria, assim como escolhidos de um tempo passado, ou como sementes de um tempo futuro,
a nossa realidade que criamos, num balanço de espaços tão diferentes, de cheiros vindos de lados opostos do mundo.
Nunca poderias perceber o que eu dizia, nem te importava o que te era dito, tudo eram emoções com origens diferentes, mas sem chegadas determinadas, sem respostas presentes, eram novas interrogações para as gentes da rua, eramos diferentes para todos, estranhos num mundo perdido, unidos por qualquer coisa divina, juntos como um, quais tons nos tornaríamos era o mistério que perturbava a minha mente, se eramos das terras antigas, se seriamos criadores de um futuro nalgum não lugar, brotado do esquecimento, o que nós unidos poderíamos dar.
E andávamos apressados, sem precisar chegar a lado nenhum, e cantávamos os segundos vivendo, sem pensar em mais nada sem estarmos em lado nenhum, sem espelhos, tu musicavas o meu peito, eu sabia, que um dia partirias, mas deixava-me assim meio que desentendida, completa do momento que tu preenchias dos teus contos, das tuas saudades, neste país de todas as separações, eu queria a nossa união, tu o que querias era a pura expansão de ti,
fumavas todas as nuvens que passavam pelo céu enquanto caminhávamos e beijavas-me como se tocasses um instrumento natural. Amavas-me como quem deleita-se, dos sabores de outras regiões, e eu moldava-me a todas as tuas memorias, porque eu sentia o teu corpo quente e acalentava-o em meu ventre, observando os poços de águas de todos os meu humores que iam saindo vindos do meu coração, este abria-se e ia se nutrindo, em porta aberta querendo essas surpresas, contente da nova vibração, maravilhado de todo o puro contentamento, não havia espaço, não havia mais corpo, não havia mais direção, no cimo de nós, tudo era um corpo só, tudo era dum mar que ora vem ora retorna ao seu lugar, tudo era inconstância e o gosto era sempre de terra, numa floresta profunda, num retorno profundo a origem do mundo, engolidos e perdidos na criação de tudo.
Como provar doce divino, em inquietação foi todo o mundo que surgiu de mim
E caiam-me as lagrimas de maravilhas, dores de todos os amores, foi a vida e foi a morte
O teu retrato, o meu ventre, o que saiu de mim, foram mais do que retalhos de sentimentos
As vidas desfeitas, caídas, em bocados, pouco tingidas, vi como nada flui
Naquela noite, tudo era fluído, sentido, esquecido, tudo era puramente viver
Sobem os calafrios, o corpo volta lentamente a estar acordado, tu que o acordaste,
da dormência que era a vida repetida, e segues, vens, voltas, foges, na esperança do futuro
Esqueces quem de ti próprio provem e mesmo de onde vieste
E a noite, podes rir em algazarras, podes chorar, eu vou ficando triste, por antever o futuro, a partir das minhas lágrimas do passado. Mas ainda assim vivo, o ser radioso que é seres tu, não satisfeito sempre a querer mais, dizes ser livre, mas foste meu um dia, no dia em que me pedias o colo do meu coraçao isolado.
O caminho ia sendo sinistro, ora ia sendo luminoso ora escuro, as minhas perguntas iam ficando vazias, no calor do teu esforço, do teu contentamento, eu era só forma que ias deixando ao vento.
Dos sons que ias criando, eramos crianças brincando, como descobrindo quais cores existem para colorir, como escolhendo as cores para pintarmo-nos num quadro e ver de nosso sangue misto o que surgiria, assim como escolhidos de um tempo passado, ou como sementes de um tempo futuro,
a nossa realidade que criamos, num balanço de espaços tão diferentes, de cheiros vindos de lados opostos do mundo.
Nunca poderias perceber o que eu dizia, nem te importava o que te era dito, tudo eram emoções com origens diferentes, mas sem chegadas determinadas, sem respostas presentes, eram novas interrogações para as gentes da rua, eramos diferentes para todos, estranhos num mundo perdido, unidos por qualquer coisa divina, juntos como um, quais tons nos tornaríamos era o mistério que perturbava a minha mente, se eramos das terras antigas, se seriamos criadores de um futuro nalgum não lugar, brotado do esquecimento, o que nós unidos poderíamos dar.
E andávamos apressados, sem precisar chegar a lado nenhum, e cantávamos os segundos vivendo, sem pensar em mais nada sem estarmos em lado nenhum, sem espelhos, tu musicavas o meu peito, eu sabia, que um dia partirias, mas deixava-me assim meio que desentendida, completa do momento que tu preenchias dos teus contos, das tuas saudades, neste país de todas as separações, eu queria a nossa união, tu o que querias era a pura expansão de ti,
fumavas todas as nuvens que passavam pelo céu enquanto caminhávamos e beijavas-me como se tocasses um instrumento natural. Amavas-me como quem deleita-se, dos sabores de outras regiões, e eu moldava-me a todas as tuas memorias, porque eu sentia o teu corpo quente e acalentava-o em meu ventre, observando os poços de águas de todos os meu humores que iam saindo vindos do meu coração, este abria-se e ia se nutrindo, em porta aberta querendo essas surpresas, contente da nova vibração, maravilhado de todo o puro contentamento, não havia espaço, não havia mais corpo, não havia mais direção, no cimo de nós, tudo era um corpo só, tudo era dum mar que ora vem ora retorna ao seu lugar, tudo era inconstância e o gosto era sempre de terra, numa floresta profunda, num retorno profundo a origem do mundo, engolidos e perdidos na criação de tudo.
Monday, March 16, 2015
Açafrão
Na beleza desta noite sem ti, os passarinhos cantam pela madrugada, sussurram nomes, partidas, chegadas,
Como se cantassem a beleza dos teus braços, como se viver fosse estar entrelaçada
no quentinho de ti
O frio do teu afastamento, é o rio no qual procuro o teu nome, o lugar em que confirmo minhas pegadas, em que observo, paro e volto a ligar-me de mim onde procuro largar-te, no fundo de mim, neste mar, quero deixar-te como me encontraste, permanecer-me minha, protegida
Voltar a estar nua, para nua voltar a perder-me e perder-te nestas brumas angelicais, amante de guitarras, neste corpo meu ausente de mim, não quero mais sentir-te a tocar o meu próprio instrumento que é o meu corpo,
Não, não quero o que por amar-te tanto deveria querer, porque no fundo de mim, sou um poço profundo, sou águas de solidão, abismo de fascinações, instrumento mudo, só de todas as dores,
toca-me assim, como ser da pele de ti próprio e eu experiencio, esse mesmo fogo vazio que consome o meu corpo, eu construo no vento todo esse poço dos outros, onde observo-me eu mesma triste de mim
tão intenso foi o passado carrasco que tu vieste como abençoado do mundo nas cores dum caminho de boas marés e eu aparecendo das mais miserável de todas, ao desmanchar-me em teus braços, como quem se desfaz do mundo, como quem nada tem a perder, como se desmanchasse me em rosa, só por causa do teu sim.
Se me deixares, és já de ti homem universal, todos os países são tuas estrelas, mas de mim nada sei. Continuarei a ser amante das estrelas, a sentir-me em folhas de inverno, a viver despedaçada por dentro, neste turbilhão sem fim, despeço-me de ti nesta noite, ao procurar-me nesses restos humanos abrigados na rua.
Não é apenas da vida, a pura e simples vida aparece-me num turbilhão de mim, o rodopiar das ondas do mar, o tráfico dos carros que não para, tudo eu sinto dentro de mim, neste encantamento que é amar-te tudo seria na pura beleza um futuro que ditaria um dia o meu fim. O teu adeus do teu afastamento, a tortura dos beijos, dos abraços, a existência de se ter existido.
E na presença desta noite, amar-te assim num segredo que aparece tao de repente, é como comer chocolate as escondidas, é procurar o encantamento dos índios, as cores das florestas nos temperos orientais, nesta nuance de nossas cores, dos nossos odores, vejo os odores dos lugares que havemos de ir, na tua origem do outro lado do mundo, e no açafrão que vai passando a ser a cor da nossa pele.
Misturas, no calor do amor que coze alguma fruta nova para dar sabor ao mundo, e o meu gosto por ti me substitui na beleza de todos estes dias, retornas e voltas a dar cor a minha face só porque tu disseste sim,
E as letras estão neste estado de deslumbramento, vão se revelando uma a uma, no mesmo que os passarinhos cantam nesta madrugada primaveril, que tu trazes tudo e és de onde não se tem nada, que por trazeres também o cheiro de todos, hás de ser também um homem bom.
Como se cantassem a beleza dos teus braços, como se viver fosse estar entrelaçada
no quentinho de ti
O frio do teu afastamento, é o rio no qual procuro o teu nome, o lugar em que confirmo minhas pegadas, em que observo, paro e volto a ligar-me de mim onde procuro largar-te, no fundo de mim, neste mar, quero deixar-te como me encontraste, permanecer-me minha, protegida
Voltar a estar nua, para nua voltar a perder-me e perder-te nestas brumas angelicais, amante de guitarras, neste corpo meu ausente de mim, não quero mais sentir-te a tocar o meu próprio instrumento que é o meu corpo,
Não, não quero o que por amar-te tanto deveria querer, porque no fundo de mim, sou um poço profundo, sou águas de solidão, abismo de fascinações, instrumento mudo, só de todas as dores,
toca-me assim, como ser da pele de ti próprio e eu experiencio, esse mesmo fogo vazio que consome o meu corpo, eu construo no vento todo esse poço dos outros, onde observo-me eu mesma triste de mim
tão intenso foi o passado carrasco que tu vieste como abençoado do mundo nas cores dum caminho de boas marés e eu aparecendo das mais miserável de todas, ao desmanchar-me em teus braços, como quem se desfaz do mundo, como quem nada tem a perder, como se desmanchasse me em rosa, só por causa do teu sim.
Se me deixares, és já de ti homem universal, todos os países são tuas estrelas, mas de mim nada sei. Continuarei a ser amante das estrelas, a sentir-me em folhas de inverno, a viver despedaçada por dentro, neste turbilhão sem fim, despeço-me de ti nesta noite, ao procurar-me nesses restos humanos abrigados na rua.
Não é apenas da vida, a pura e simples vida aparece-me num turbilhão de mim, o rodopiar das ondas do mar, o tráfico dos carros que não para, tudo eu sinto dentro de mim, neste encantamento que é amar-te tudo seria na pura beleza um futuro que ditaria um dia o meu fim. O teu adeus do teu afastamento, a tortura dos beijos, dos abraços, a existência de se ter existido.
E na presença desta noite, amar-te assim num segredo que aparece tao de repente, é como comer chocolate as escondidas, é procurar o encantamento dos índios, as cores das florestas nos temperos orientais, nesta nuance de nossas cores, dos nossos odores, vejo os odores dos lugares que havemos de ir, na tua origem do outro lado do mundo, e no açafrão que vai passando a ser a cor da nossa pele.
Misturas, no calor do amor que coze alguma fruta nova para dar sabor ao mundo, e o meu gosto por ti me substitui na beleza de todos estes dias, retornas e voltas a dar cor a minha face só porque tu disseste sim,
E as letras estão neste estado de deslumbramento, vão se revelando uma a uma, no mesmo que os passarinhos cantam nesta madrugada primaveril, que tu trazes tudo e és de onde não se tem nada, que por trazeres também o cheiro de todos, hás de ser também um homem bom.
Friday, March 13, 2015
Monday, March 09, 2015
Thursday, March 05, 2015
vaga
Raptada, o sol brilhou chamou-me e eu não estava lá, não via
Estava perdida entre quatro paredes, sonhando acordada, apenas derretida, da vida, vencida
Estava cansada, encontraste-me, como tua previamente, como surpresa querida, como amante,
fizeste me ja tua, mesmo só porque sim
Porque eu desmanchava em teus braços, sem corpo, sem alma, sem laços, sendo filha do vento e da emoção.
E eu ia ficando porque queria, e ia fugindo quando sentia, que contigo não brincava,
que contigo se tentasse seria seria sempre demais para mim
Estava fechada, enclausurada de mim, só de esquecimento, e enquanto isso tu gritavas no silêncio a palavra que permitia que o meu peito pudesse novamente abrir.
De certeza que era magia, apenas eu seria apenas brincadeira de criança, eu via o teu rosto num puro encantamento, como se estivesse num sonho, mesmo enquanto tu existias e tudo isso acontecia
só te via real se fosses um Deus de um outro deus inventado, enquanto ia ganhando cor o sentimento, que vinha dos meus olhos que abriam
Enquanto eu estava tão vazia, desnutrida, plantada, vendo em ti todo o meu proprio esquecimento de mim, porque ias te mantendo desse Sol? Porque me davas calor quando toda eu era fria?
Do futuro, como permanecerias de mim? Sendo eu, dessa alma carente e alada, de sobrevivente e rastejante. Suplicando para ter o suor do teu único dia, o que eu poderia ser para ti?
Os caminhos verdes, eram todos teus caminhos, tu caminhavas nos dias escuros e nos dias claros, ias te mantendo a sorrir, enquanto eu nesses dias ia permanecendo nua,
E o que te agradava era de certeza eu ainda nua estar e viver dos teus olhos, viver feita dessas areias ao vento, como se fosse feita dessas folhas do ontono, agradou-te eu ir permanecendo onde tu me deixavas, assim em pose de espera, em pose do teu esbanjamento.
Quando eu pensava, via do futuro que tormento seria, eu tentava afastar-te, por medo do teu sentimento, pois de que doce era feito ser feliz, que gosto isso teria e se existieia. Fiz tudo o que não devia, menti-te, pulei, fugi-te, inventei que não conhecia canções, supliquei que não me levasses de volta até mim. Tão habituada eu estava a olhar na escuridão.
O que querias ver? Que folhas teria eu? Que almas encontrarias no fundo da minha pele ausente?
E se fosse tão vaga para ti, como qualquer folha em branco, eu pensava que se alguma vez me visses, seria nos ceus pelas suas cores, nos gatos pelos rastos que deixam ou nos patinhos que caminham atrás de suas mães. De certo era por isso que não vias o que eu sofri.
E o que poderias ser de mim, penugem, brisa, escuro, nada tinha a entregar-te.
Assim que me visses como realmente sou fugirias,
Porque tu nasceste vestido de tudo aquilo que brilha, o que terei eu em minha escuridão que possa ser igual a ti, meu amor?
Estava perdida entre quatro paredes, sonhando acordada, apenas derretida, da vida, vencida
Estava cansada, encontraste-me, como tua previamente, como surpresa querida, como amante,
fizeste me ja tua, mesmo só porque sim
Porque eu desmanchava em teus braços, sem corpo, sem alma, sem laços, sendo filha do vento e da emoção.
E eu ia ficando porque queria, e ia fugindo quando sentia, que contigo não brincava,
que contigo se tentasse seria seria sempre demais para mim
Estava fechada, enclausurada de mim, só de esquecimento, e enquanto isso tu gritavas no silêncio a palavra que permitia que o meu peito pudesse novamente abrir.
De certeza que era magia, apenas eu seria apenas brincadeira de criança, eu via o teu rosto num puro encantamento, como se estivesse num sonho, mesmo enquanto tu existias e tudo isso acontecia
só te via real se fosses um Deus de um outro deus inventado, enquanto ia ganhando cor o sentimento, que vinha dos meus olhos que abriam
Enquanto eu estava tão vazia, desnutrida, plantada, vendo em ti todo o meu proprio esquecimento de mim, porque ias te mantendo desse Sol? Porque me davas calor quando toda eu era fria?
Do futuro, como permanecerias de mim? Sendo eu, dessa alma carente e alada, de sobrevivente e rastejante. Suplicando para ter o suor do teu único dia, o que eu poderia ser para ti?
Os caminhos verdes, eram todos teus caminhos, tu caminhavas nos dias escuros e nos dias claros, ias te mantendo a sorrir, enquanto eu nesses dias ia permanecendo nua,
E o que te agradava era de certeza eu ainda nua estar e viver dos teus olhos, viver feita dessas areias ao vento, como se fosse feita dessas folhas do ontono, agradou-te eu ir permanecendo onde tu me deixavas, assim em pose de espera, em pose do teu esbanjamento.
Quando eu pensava, via do futuro que tormento seria, eu tentava afastar-te, por medo do teu sentimento, pois de que doce era feito ser feliz, que gosto isso teria e se existieia. Fiz tudo o que não devia, menti-te, pulei, fugi-te, inventei que não conhecia canções, supliquei que não me levasses de volta até mim. Tão habituada eu estava a olhar na escuridão.
O que querias ver? Que folhas teria eu? Que almas encontrarias no fundo da minha pele ausente?
E se fosse tão vaga para ti, como qualquer folha em branco, eu pensava que se alguma vez me visses, seria nos ceus pelas suas cores, nos gatos pelos rastos que deixam ou nos patinhos que caminham atrás de suas mães. De certo era por isso que não vias o que eu sofri.
E o que poderias ser de mim, penugem, brisa, escuro, nada tinha a entregar-te.
Assim que me visses como realmente sou fugirias,
Porque tu nasceste vestido de tudo aquilo que brilha, o que terei eu em minha escuridão que possa ser igual a ti, meu amor?
Sunday, March 01, 2015
"You do not need to leave your room. Remain sitting at your table and listen. Do not even listen, simply wait. Do not even wait, be quite still and solitary. The world will freely offer itself to you to be unmasked. It has no choice. It will roll in ecstasy at your feet."
- Franz Kafka, "Reflections on Sin, Pain, Hope and the True Way"
Thursday, February 26, 2015
Viver
Existem consequências de apenas existirmos, embora existir dê.
Existem as dores, que são as do nascimento quando se tem raízes.
Viver, não são as dores do que custa viver, embora caminhar possa custar
Mas o preço é apenas um pequeno espaço comparado com o ocupado pelo próprio acto de sonhar.
O preço não vale o nascimento, não vale a espera, não valoriza a idade.
O preço existe conforme o tamanho do sonho, por que quanto maior é o sonho
maior o tempo do caminho necessário ao caminhar, e maior a esperança necessária a uma troca triunfal
Existir, só se dá a quem de si mesmo
retira, a quem abdica, porque existir retira de nós para o mundo.
Só pode viver o autêntico, porque
realmente o acto de viver só existe quando existe na sua propria
presença, que é por nós mesmos criada.Viver só vive quem se cumpre a cada dia.
Mas qual é o sonho? Qual é o próximo
barco? Qual o tempo necessário de recolhimento?
As consequencias duras, são apenas o
sinal, de que a vida é do próprio e não dos outros, porque, no fim
de um dia de trabalho, no fim das aulas, afinal o peito existe e não
cala.
Não há o que compreender na
existencia da solidao, na existencia da dor, se a vida também tem
dor, se a vida tambem tem discussão.
Se isso é o sinal de que a vida não
cala, de que a vida tem sangue nas veias e tem paixão.
Mas qual o próximo caminho a seguir?
Qual a direção? Qual o próximo companheiro do peito?
Aprender a receber, há de ser não
esquecer, que nunca se será o que não se é no momento,que o futuro não é mais do que o presente vivido no momento, que nunca somos mais do que o que nascemos já sidos.
Todos nascemos cumpridos, resta aceitar a condição de apenas humano. Resta aceitar que se é folha, que se é rasto, que a direçao faz o próprio caminho, quando o sonho já foi desde o inicio cumprido, que mais importante é o tamanho do sonho desde o inicio, e o tamanho do coraçao, que seja grande, para manter-se em estado de recepção, ter cuidado para que a vontade se mantenha firme e não se desvie com os pequenos truques da vida, que ousam desvirtuar toda a nossa humanidade.
Porque esses truques não se calam de
existir, ousam sempre existir mais do que quem ousa dar.
Wednesday, February 25, 2015
Monday, February 23, 2015
Saturday, February 21, 2015
flor
Como flor que abrisse fora da estação, procuro eu estar fora.
Fora para que possa ver-nos, num momento, enfim, completos.
Encontrei-me a trilhar o caminho que eu própria escolhi repleto de plantas, árvores e poucas, insípidas pessoas.
E encontrei-te no mesmo caminho que fizeste do passado, de palavras ao vento, de ventos à multidões, tão cheio de todas as razões.
Em minha mente, das lembraças que guardei, faço-te tão político, como amoroso, tão sensível às letras ao vento quanto tão forte aos teus próprios sentimentos. Como se toda a oposta existência apenas pudesse existir numa pessoa só.
Em minha visão, vejo-te num caminho muito próprio enquanto a mim, deixas que te olhe como se eu fosse flor, paisagem crua à semelhança de outras flores que encontras no teu caminho.
Em mim mesma, podia sentir raiva, tristeza, desconsolo, mas na infinitude da dor tudo o que eu sinto de mim é esse ser intocável, ausente de si, que vive como flor, ao teu olhar apenas expandida da beleza que do teu mundo tu a mim trouxeste.
Aprecio essa brisa tua, de observador, de tático, tão calculado em tudo o que eu nunca poderia ser do que sou. Aceito-te abertamente e incondicionalmente, como se agora tu tivesses porta aberta e pudesses ser conhecedor de todo o vazio que viveu dentro de mim desde que tu chegaste.
Uma vez que, dentro de mim podes encontrar tudo o que tu mesmo já viste, todo o teu passado, sendo que fui dele eu mesma tingida.
Mas eu nada mais poderia ser do que essa flor, essa estampa que se colore, esse quadro que se deixa branco. Embebeste-me com algum saber tão oposto ao que eu propria fora e foste embora, friamente, como que para eu saber que da vida, o que tenho realmente é morte e do absoluto é só a migalha que mereço ter.
E tão absolutas como no fundo eu queria, ficam apenas essas antigas memórias, que como terra desfazem-se em pó e surgem-me em camadas desfeitas de antigas dimensões, em vidas desfeitas para serem nada e serem tudo o que puderem ser outra vez. Entre todas elas eu ainda espero, como antes de te ter encontrado em flor, espero ainda apenas nelas poder fazer-me habitar.
Fora para que possa ver-nos, num momento, enfim, completos.
Encontrei-me a trilhar o caminho que eu própria escolhi repleto de plantas, árvores e poucas, insípidas pessoas.
E encontrei-te no mesmo caminho que fizeste do passado, de palavras ao vento, de ventos à multidões, tão cheio de todas as razões.
Em minha mente, das lembraças que guardei, faço-te tão político, como amoroso, tão sensível às letras ao vento quanto tão forte aos teus próprios sentimentos. Como se toda a oposta existência apenas pudesse existir numa pessoa só.
Em minha visão, vejo-te num caminho muito próprio enquanto a mim, deixas que te olhe como se eu fosse flor, paisagem crua à semelhança de outras flores que encontras no teu caminho.
Em mim mesma, podia sentir raiva, tristeza, desconsolo, mas na infinitude da dor tudo o que eu sinto de mim é esse ser intocável, ausente de si, que vive como flor, ao teu olhar apenas expandida da beleza que do teu mundo tu a mim trouxeste.
Aprecio essa brisa tua, de observador, de tático, tão calculado em tudo o que eu nunca poderia ser do que sou. Aceito-te abertamente e incondicionalmente, como se agora tu tivesses porta aberta e pudesses ser conhecedor de todo o vazio que viveu dentro de mim desde que tu chegaste.
Uma vez que, dentro de mim podes encontrar tudo o que tu mesmo já viste, todo o teu passado, sendo que fui dele eu mesma tingida.
Mas eu nada mais poderia ser do que essa flor, essa estampa que se colore, esse quadro que se deixa branco. Embebeste-me com algum saber tão oposto ao que eu propria fora e foste embora, friamente, como que para eu saber que da vida, o que tenho realmente é morte e do absoluto é só a migalha que mereço ter.
E tão absolutas como no fundo eu queria, ficam apenas essas antigas memórias, que como terra desfazem-se em pó e surgem-me em camadas desfeitas de antigas dimensões, em vidas desfeitas para serem nada e serem tudo o que puderem ser outra vez. Entre todas elas eu ainda espero, como antes de te ter encontrado em flor, espero ainda apenas nelas poder fazer-me habitar.
Tuesday, February 17, 2015
Monday, February 16, 2015
Thursday, February 12, 2015
Sunday, February 08, 2015
Friday, February 06, 2015
Tuesday, February 03, 2015
Sunday, February 01, 2015
Friday, January 30, 2015
Wednesday, January 28, 2015
Sunday, January 25, 2015
Tuesday, January 20, 2015
Mar
A tua música era um mar, era o mar das tuas emoções, os musicos, eram cantores em melodias de peixes das tuas aventuras, sendo interpretes casuais dos teus sonhos
Todo aquele mar eram apenas as tuas cançoes, e as mulheres sentadas apreciavam transformadas em musas apenas através da música, enquanto todos os homens que ouviam pareciam inspirados só de te ouvir tocar, todos eles almejavam alcançar aquele mar que a todos envolvia, pelo menos com as palavras.
Dentre elas, eu, a mais perdida, a perdida que querias encontrar, não fosse o tempo confundir.
Esse tempo que ora faz, sol, ora chove, que nos troca a todos numa enganada sinfonia.
Não fosse ser o tempo, esse palco, o tempo era como aquele palco que nos separava,
Sendo eu tão jovem, desfeita em criança assustada e tu, como um jovem preso em corpo velho,
Em alma humilde de quem sabe ser jovem por amor.
Senti-me a navegar, enquanto ouvia, fui ao concerto só para encontrar-me contigo a sós
Queria ver a sós a tua alma.
Sendo mesmo apenas alma que encontrei, foi a tua alma que a mim mesma invadiu desde a primeira vez que te vi. E foi real a promessa que me fizeste de que não há realmente tempo nem espaço,
vi que tudo o que há, é apenas vida num momento apreciado.
Ficou-me o peito a doer, desconsolado, deslumbrado do teu carinho por mim.
Nós em almas tão perdidas entre tempos tão errados.
Posso sim, amar-te em outra dimensão, nessa dimensão real sem tempo nem espaço nem direção.
Por que neste tempo nenhum amor nos restaria mesmo que fosses tão jovem quanto eu.
Posso ainda amar-te como criança que ama por maravilhas, reduzindo-me a melhor tonalidade de mim.
Sendo miragem dum mundo além deste mundo, amo-te muito, mais do que uma mulher poderia amar, sendo a amizade a nossa, uma amizade igual pois sou tão carente quanto tu.
Tu por teres tanto de mar e eu por ter tanto de sonhar.
Todo aquele mar eram apenas as tuas cançoes, e as mulheres sentadas apreciavam transformadas em musas apenas através da música, enquanto todos os homens que ouviam pareciam inspirados só de te ouvir tocar, todos eles almejavam alcançar aquele mar que a todos envolvia, pelo menos com as palavras.
Dentre elas, eu, a mais perdida, a perdida que querias encontrar, não fosse o tempo confundir.
Esse tempo que ora faz, sol, ora chove, que nos troca a todos numa enganada sinfonia.
Não fosse ser o tempo, esse palco, o tempo era como aquele palco que nos separava,
Sendo eu tão jovem, desfeita em criança assustada e tu, como um jovem preso em corpo velho,
Em alma humilde de quem sabe ser jovem por amor.
Senti-me a navegar, enquanto ouvia, fui ao concerto só para encontrar-me contigo a sós
Queria ver a sós a tua alma.
Sendo mesmo apenas alma que encontrei, foi a tua alma que a mim mesma invadiu desde a primeira vez que te vi. E foi real a promessa que me fizeste de que não há realmente tempo nem espaço,
vi que tudo o que há, é apenas vida num momento apreciado.
Ficou-me o peito a doer, desconsolado, deslumbrado do teu carinho por mim.
Nós em almas tão perdidas entre tempos tão errados.
Posso sim, amar-te em outra dimensão, nessa dimensão real sem tempo nem espaço nem direção.
Por que neste tempo nenhum amor nos restaria mesmo que fosses tão jovem quanto eu.
Posso ainda amar-te como criança que ama por maravilhas, reduzindo-me a melhor tonalidade de mim.
Sendo miragem dum mundo além deste mundo, amo-te muito, mais do que uma mulher poderia amar, sendo a amizade a nossa, uma amizade igual pois sou tão carente quanto tu.
Tu por teres tanto de mar e eu por ter tanto de sonhar.
Monday, January 19, 2015
Monday, January 12, 2015
Sunday, January 04, 2015
Saturday, January 03, 2015
Perder-se
Amanheceu, e no ar a ausência
A vida se faz e desfaz-se a cada segundo
Tanto de tão pouco que nos fazemos,
Fazermo-nos parece-me calarmo-nos para o mundo
sempre que ele nada de útil tenha a dizer
Tao pouco de real existe nas palavras ditas correntemente
Que tanto mais valor tem ouvir o que o Sol silencioso tem a dizer
Tanto mais valor tem as palavras soltas de uma criança que mal sabe falar
Tanto mais valor tem só o mar sozinho, só o respirar, de se estar só
Amanheceu, e o corpo ainda está desabitado
Acordado, no seu próprio vazio, manchado de si, longe, de estar conectado
Tanto de mente, necessária na luta do que será sobreviver
Que custa viver, viver que seria o mais fácil e anterior a tudo!
Resta-nos acordar já acordados, ficar atentos, olhar para todo o lado com os mesmos olhos
com que se observa folhas, gafanhotos e se lê letras de canções.
Fugir da ditadura dos números, viver com pouco contar, cantar sim isso é viver!
Cansei, de fugir, de fugir de mim, essa essência flutuante e penetrante
Mas volto, dou voltas, e volto a encontra-la sempre num outro, que a mim me lembra quem sou.
Sina, de ter de tentar ser terra, que não sou... sou tanto de brisa quanto uma folha ao vento.
Sou tanto de tanto que posso querer ser tudo ao mesmo tempo
Amanheceu, e eu ainda sou ígnea, indecisa de para onde vou, sem teto seguro ao que agarrar
sendo ainda mar, para tudo olhar e largar-me ao mundo apenas docemente e carente
Teu sal, despiu-me, fez-me eu parte de tudo
Teu olhar, fez-me mãe, criança, criada da tuas gargalhadas
Teu corpo, é o rosto da ausência, porque foste embora e nunca mais voltarás
Tua voz, minha voz, as mesmas vozes do mar infinito a cantar
Só a mim, o que resta é viver, cada segundo, que todo o mar poderá ser ainda nosso mundo
que tao perdido hás de estar, quanto eu.
Friday, January 02, 2015
Subscribe to:
Posts (Atom)