Wednesday, November 07, 2018

madrugada

A Vida e dupla. E eu sou suja. Sigo Cansada, Amada, amando e ocupada. Sempre que A Vida camufla-se em ausencia persegue me e nao me deixa em Paz.

Eu fiz o que pude para esquecer-te, pintor inconstante, amigo inseguro, irmao do meu corpo e do meu destino, em todas as ruas do nosso bairro nos encontramos solitarios,
da mesma forma que todas as veias do meu corpo se estendem em direcao ao teu corpo, desfazendo-se o meu sangue na mesma coisa que o teu.


, porque Tu afirmas nao me quereres Como mulher mas Tu nao me deixas em paz, nao aceitas a minha independencia, mas nao me das sossego, persegues me em sonho e em tentacao.

E tudo o que faco e tentar sobreviver do nosso amor ausente e desconhecido de si mesmo. Por que tu dizes nao me quereres mas nao deixas de me querer.

E por isso mesmo Eu faco me tua, por me deixares tao so,
talvez por negacao a mim mesma, deixo me ir contigo por rebeldia a minha propria vida, sigo contigo para a morte da minha vontade de mim.

E andamos a noite juntos famintos como vampiros, sobrevivemos inseguros a humidade e sujidade das madrugadas,

 andamos juntos nas madrugadas que sao os momentos que ninguem quer,
bebemos, e amamo-nos como desconhecidos, como se fosse a primeira vez todas as vezes que estamos juntos.

E em segredo tentas fazer me crer que nao me amas,
E em segredo nao me consegues deixar talvez, porque temos a solidao como lugar comum.

E a tua ausencia todas as manhas, traz me a realidade do vazio que a vida pode ser,
E a tua presenca em noites especiais, traz me a crua e amarga beleza da vida
Trazes me de volta a natureza cruel do que a vida pode ser, a crueza de nao saber o que vai ser do amanha,

, largas me e deixas me desprotegida de frente com as feras da vida de todos os dias, deixas-me seguir sozinha, solta e largada em direcao ao vento.





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