Wednesday, December 31, 2014
Sunday, December 28, 2014
Friday, December 26, 2014
Friday, November 28, 2014
Saturday, November 22, 2014
Saturday, November 15, 2014
Friday, November 07, 2014
Monday, November 03, 2014
Friday, October 17, 2014
Monday, October 13, 2014
Wednesday, October 08, 2014
Sunday, September 21, 2014
Saturday, September 20, 2014
terras soltas
Terra de quem vai e não volta
Terra de quem vem e nunca mais volta
Sentir-se a miragem de paisagem
Num caminho sempre de passagem
Terra desconhecida para alguém
Vazio tempestuoso para mim mesma
Pranto desconsolado num breu familiar
Plantas de corpos de vidas vivas em constelações
Os dedos de teclas soltas num mar de canções
E a escrita é o sangue dum átomo de chão
Enquanto isso tudo é tão calmo, mesmo enquanto se ri e se chora
São místicas as fontes onde encontro o teu ser no meu
Escrito despido sujo e puro em criança, nisto tu
Esta coisa antiga, infantil, dona de si de tão perdida na perdição de mim
De nós, nos fazemos já nascidos, antigos do que antes já havia sido
Tão pequenos de tanto que existe no peito
Soltamos o que há, o passado e o futuro num só
Iniciados naquilo que já sabiamos ser passageiro
Amarmo-nos num baloiço de emoções, desfeitas em trocadilhos
Sonhados dos sonhos contados em infantis cançoes
Cada um na sua versão classificada de antigo e novo portugues
Ver que da vida o que há é um troco do que foi pensado
E cairmos para levantarmos o chão e sermos novamente multidão
Mas o passado não cura, e o futuro cai da janela
Leões, tigres e cães são donos dos ossos dos nossos nobres ofícios
E as almas são maiores, são licores, são flores, são crianças que sonham maiores mundos
Ser tua nesta terra, que à ela me faço dedicar
Crescendo de aviões de terras que vão e que ficam,
dor do que passa e se esquece sem parar
Ser de quem nunca soube de onde vem senão por uma canção
Ser que se faz tocar
Terra de quem vem e nunca mais volta
Sentir-se a miragem de paisagem
Num caminho sempre de passagem
Terra desconhecida para alguém
Vazio tempestuoso para mim mesma
Pranto desconsolado num breu familiar
Plantas de corpos de vidas vivas em constelações
Os dedos de teclas soltas num mar de canções
E a escrita é o sangue dum átomo de chão
Enquanto isso tudo é tão calmo, mesmo enquanto se ri e se chora
São místicas as fontes onde encontro o teu ser no meu
Escrito despido sujo e puro em criança, nisto tu
Esta coisa antiga, infantil, dona de si de tão perdida na perdição de mim
De nós, nos fazemos já nascidos, antigos do que antes já havia sido
Tão pequenos de tanto que existe no peito
Soltamos o que há, o passado e o futuro num só
Iniciados naquilo que já sabiamos ser passageiro
Amarmo-nos num baloiço de emoções, desfeitas em trocadilhos
Sonhados dos sonhos contados em infantis cançoes
Cada um na sua versão classificada de antigo e novo portugues
Ver que da vida o que há é um troco do que foi pensado
E cairmos para levantarmos o chão e sermos novamente multidão
Mas o passado não cura, e o futuro cai da janela
Leões, tigres e cães são donos dos ossos dos nossos nobres ofícios
E as almas são maiores, são licores, são flores, são crianças que sonham maiores mundos
Ser tua nesta terra, que à ela me faço dedicar
Crescendo de aviões de terras que vão e que ficam,
dor do que passa e se esquece sem parar
Ser de quem nunca soube de onde vem senão por uma canção
Ser que se faz tocar
Saturday, September 13, 2014
Wednesday, September 10, 2014
Saturday, September 06, 2014
Wednesday, September 03, 2014
Saturday, August 30, 2014
Monday, August 25, 2014
Trilho tempestuoso
O trilho é tempestuoso
Tempestade a partir da tua tempestade interna
Minha tempestade externa de prantos femininos e sangue
Qual deus pensava eu seres tu, Zeus?
Estares nos momentos de sombra e de luz
Para podermos viver, sonhar e pensar juntos
Foi o infinito que sonhei de ti
E tao pequeno foi o meu papel nisto tudo
Que trilho sinistro, escolhi e agora me encontro
a contemplar, de cara a cara com o breu
Não há paixão, só há palavras
Não há futuro, só o passado da tua história,
a história de Portugal
Não há memórias nossas, às quais eu me possa claramente entregar
Tudo o que há é teu, e tudo teu tem pouco de nosso, tudo é tua cultura.
De meu só há vida.
Até meus sentimentos, cada vez mais intelectualizados como tu
onde estarei eu, onde fiquei eu neste caminho?
Algures a questionar a existencia de deus...?!
Abandonaste-me e eu deixei minhas duvidas serem respondidas por ti
e de mim mesma não nada há.
Nuances entre sentimentos e pensamentos,
e filosofias que não sei viver
tudo agora são retalhos e restos de frágeis momentos de tão curta duração
Quem te criou fui eu, tu estavas noutro lado,
algures a fantasiar tuas metas pessoais
Na casa de outra mulher qualquer
amaste-me com ideias, mudaste-te para dentro da minha mente
e dentro dela copulamos
Sou vazo de mentes ausentes de si
Receptáculo ofegante, tenho lágrimas reactivas para sentir
E agora, onde vou encontrar melhor luz
se sei que não voltas mais?
Se encontraste outro livro para ler..
outro livro, outra fábula outra história de mulher...
Tão tenho passado,
Tão emigrante, carente, de mim mesma ausente
sou poço sem fundo, não durmo, não como
Sou mais ausência que presença, sem pai
Depósito de sensações com corpo de mulher
Tempestade a partir da tua tempestade interna
Minha tempestade externa de prantos femininos e sangue
Qual deus pensava eu seres tu, Zeus?
Estares nos momentos de sombra e de luz
Para podermos viver, sonhar e pensar juntos
Foi o infinito que sonhei de ti
E tao pequeno foi o meu papel nisto tudo
Que trilho sinistro, escolhi e agora me encontro
a contemplar, de cara a cara com o breu
Não há paixão, só há palavras
Não há futuro, só o passado da tua história,
a história de Portugal
Não há memórias nossas, às quais eu me possa claramente entregar
Tudo o que há é teu, e tudo teu tem pouco de nosso, tudo é tua cultura.
De meu só há vida.
Até meus sentimentos, cada vez mais intelectualizados como tu
onde estarei eu, onde fiquei eu neste caminho?
Algures a questionar a existencia de deus...?!
Abandonaste-me e eu deixei minhas duvidas serem respondidas por ti
e de mim mesma não nada há.
Nuances entre sentimentos e pensamentos,
e filosofias que não sei viver
tudo agora são retalhos e restos de frágeis momentos de tão curta duração
Quem te criou fui eu, tu estavas noutro lado,
algures a fantasiar tuas metas pessoais
Na casa de outra mulher qualquer
amaste-me com ideias, mudaste-te para dentro da minha mente
e dentro dela copulamos
Sou vazo de mentes ausentes de si
Receptáculo ofegante, tenho lágrimas reactivas para sentir
E agora, onde vou encontrar melhor luz
se sei que não voltas mais?
Se encontraste outro livro para ler..
outro livro, outra fábula outra história de mulher...
Tão tenho passado,
Tão emigrante, carente, de mim mesma ausente
sou poço sem fundo, não durmo, não como
Sou mais ausência que presença, sem pai
Depósito de sensações com corpo de mulher
Correr....
Deixa, Apolo, o correr tão apressado, Não sigas essa Ninfa tão ufano, Não te leva o Amor, leva-te o engano Com sombras de algum bem a mal dobrado. E quando seja Amor será forçado, E se forçado for, será teu dano: Um parecer não queiras mais que humano, Em um Silvestre adorno ver tornado. Não percas por um vão contentamento A vista que te faz viver contente: Modera em teu favor o pensamento. Porque menos mal é tendo-a presente, Sofrer sua crueza, e teu tormento, Que sentir sua ausência eternamente. |
— Camões, Soneto XXXXIX, centúria III
|
Friday, August 22, 2014
Tuesday, August 19, 2014
Monday, August 18, 2014
revelaçao
A tua revelação
Revelado que nesta imensidão, neste querer tão grande
a beleza do ser existe, na rendição
Tanto querer, de querer entregar, de querer dar
que chego ao exagero de não respirar
Quero não respirar no toque,
quero não respirar feliz de tão próxima do teu peito estar
Se algo mais houver para dar
Se algo maior houver a dar a vida
Quero é dar-me a mim
E nada querer em troca, nada mais,
que nada seria suficiente e o nada é que é tudo
tua distância, o meu encontro comigo,
e as trocas de espelhos, trocas sociais tão vazias
de serem minhas, tão carentes de serem sempre diferentes
Estou tão fria de mim, tudo é tua nostalgia
Tudo é a cor que deste-me a este mundo
Tudo é teu canto, tudo feito da pele da tua canção
Tempo infinito, desconsolado, até não viver faz sentido
E o sentido perdeu-se, o sentido desfez-se em memórias
Quando o sentido nasceu dentro de mim.
Revelado que nesta imensidão, neste querer tão grande
a beleza do ser existe, na rendição
Tanto querer, de querer entregar, de querer dar
que chego ao exagero de não respirar
Quero não respirar no toque,
quero não respirar feliz de tão próxima do teu peito estar
Se algo mais houver para dar
Se algo maior houver a dar a vida
Quero é dar-me a mim
E nada querer em troca, nada mais,
que nada seria suficiente e o nada é que é tudo
tua distância, o meu encontro comigo,
e as trocas de espelhos, trocas sociais tão vazias
de serem minhas, tão carentes de serem sempre diferentes
Estou tão fria de mim, tudo é tua nostalgia
Tudo é a cor que deste-me a este mundo
Tudo é teu canto, tudo feito da pele da tua canção
Tempo infinito, desconsolado, até não viver faz sentido
E o sentido perdeu-se, o sentido desfez-se em memórias
Quando o sentido nasceu dentro de mim.
Saturday, August 16, 2014
Wednesday, August 13, 2014
Águas paradas
Não queria ver-te
Mas ver-te quer a minha pele
tão irresistível a essência de um pássaro a voar
sobre o mar, sobre o mar da ausência, tanto de chama,de fogo, de morte
Não, eu não queria gostar
Se algo houvesse longe de ti
Nem és tu, é a fantasia que te cria, são os fantoches da tecnologia
Tanto passado, tantas árvores, e tu aí parado
Ventos sopram
Ventos tão cheios de nada
E eu tão vazia de mulher, vazia de sonhos
tão feita de chama, tão quieta, tão cansada desse nada que nos fazem
Não, eu não queria ser quem tenho de ser
E tu, tu pareces ter tudo a teus pés
E por isso, eu queria era ter-me a mim
Sendo tu, tão irresistível a minha pobre visão, e eu tão simples
Das coisas que se pisam, das coisas que se desmancham no chão,
O fogo que me queima, o fogo da razão, resto meu, és mar neste mar de tuas sensações
As flores, as paisagens, um gesto, o desfolhar
E eu tão parva, tão ignorante e parva,
que nem precisava mais nada de ti saber
Sim, sentir apenas, sentir tudo ao mesmo tempo
como as estrelas ao longe, como os olhares infantis,
Esquecer das lágrimas passadas, dos desejos coloridos por duras visões
Para os outros, para mim
A vida eras tu
Eu era vazia
Mas ver-te quer a minha pele
tão irresistível a essência de um pássaro a voar
sobre o mar, sobre o mar da ausência, tanto de chama,de fogo, de morte
Não, eu não queria gostar
Se algo houvesse longe de ti
Nem és tu, é a fantasia que te cria, são os fantoches da tecnologia
Tanto passado, tantas árvores, e tu aí parado
Ventos sopram
Ventos tão cheios de nada
E eu tão vazia de mulher, vazia de sonhos
tão feita de chama, tão quieta, tão cansada desse nada que nos fazem
Não, eu não queria ser quem tenho de ser
E tu, tu pareces ter tudo a teus pés
E por isso, eu queria era ter-me a mim
Sendo tu, tão irresistível a minha pobre visão, e eu tão simples
Das coisas que se pisam, das coisas que se desmancham no chão,
O fogo que me queima, o fogo da razão, resto meu, és mar neste mar de tuas sensações
As flores, as paisagens, um gesto, o desfolhar
E eu tão parva, tão ignorante e parva,
que nem precisava mais nada de ti saber
Sim, sentir apenas, sentir tudo ao mesmo tempo
como as estrelas ao longe, como os olhares infantis,
Esquecer das lágrimas passadas, dos desejos coloridos por duras visões
Para os outros, para mim
A vida eras tu
Eu era vazia
Tuesday, August 05, 2014
Só
Só,
a paixão constrói e inventa uma multidão chorosa.
Rostos pálidos e secos de falta de sentir
Só, é a vida quando se nasce, tão só daquilo que lhe criou
a saudade do ventre...
De sentimentos que desolam, e do amor que não corresponde
Foi toda a vida que se criou, pois toda a vida foi criada de uma separaçao
O nado macho e femea juntos nunca poderiam ter criado o mundo
Mesmo assim, ele é feito de mim e codificado em mim,
Tão confiado, por estar escrito na minha pele
O seu nome tão junto ao meu íntimo,
e do que ele pensa
nada
Só,
a mente sempre nos separa
A mente através da qual, o homem criou o mundo
Haja inspiração,
haja inspiração para parir mais um segundo de um gesto teu
Haja fôlego que nos faça voar,
ofegantes
Que o fôlego nos faça fugir dessas lágrimas
Só,
a tua voz fazia calar o meu íntimo nu.
E eu lembro...
a paixão constrói e inventa uma multidão chorosa.
Rostos pálidos e secos de falta de sentir
Só, é a vida quando se nasce, tão só daquilo que lhe criou
a saudade do ventre...
De sentimentos que desolam, e do amor que não corresponde
Foi toda a vida que se criou, pois toda a vida foi criada de uma separaçao
O nado macho e femea juntos nunca poderiam ter criado o mundo
Mesmo assim, ele é feito de mim e codificado em mim,
Tão confiado, por estar escrito na minha pele
O seu nome tão junto ao meu íntimo,
e do que ele pensa
nada
Só,
a mente sempre nos separa
A mente através da qual, o homem criou o mundo
Haja inspiração,
haja inspiração para parir mais um segundo de um gesto teu
Haja fôlego que nos faça voar,
ofegantes
Que o fôlego nos faça fugir dessas lágrimas
Só,
a tua voz fazia calar o meu íntimo nu.
E eu lembro...
Sunday, August 03, 2014
Saturday, August 02, 2014
http://almamater.uc.pt/wrapper.asp?t=Colloquies+on+the+simples+%26+drugs+of+India&d=http%3A%2F%2Fbibdigital.bot.uc.pt%2Fobras%2FUCFCTBt-B-84-1-3%2FglobalItems.html
http://almamater.uc.pt/wrapper.asp?t=Colloquies+on+the+simples+%26+drugs+of+India&d=http%3A%2F%2Fbibdigital.bot.uc.pt%2Fobras%2FUCFCTBt-B-84-1-3%2FglobalItems.html
http://almamater.uc.pt/wrapper.asp?t=Colloquies+on+the+simples+%26+drugs+of+India&d=http%3A%2F%2Fbibdigital.bot.uc.pt%2Fobras%2FUCFCTBt-B-84-1-3%2FglobalItems.html
Ser
Segue a vida que passa, segue a vida a questionar-se a si própria
Se é pó, se é maresia, poderá algum dia ser alguém?
Segue a vida que é caminho, que não volta atrás e não perdoa
Segue a vida que é Sol, que é Lua, que é Mercúrio, poderá algum dia não ser de ninguém?
Segue a vida, porque vibra, porque dorme, porque ama e porque sente
E quando haverá mais espaço? quando haverá uma sinfonia que não prenda?
Quando haverá um sítio que não segure e que seja como praia, como um jardim
Onde haverá um sítio, um espaço para quem a vida seja sempre sem direção?
Que vida é constancia? que vida é fascinio?
Que vida pode trazer respostas, quando só a pergunta trás verdades?
Qual a natureza da vida num suspiro?
Que vida haverá num eco que retorna, que prende.
que vida haverá num lugar em que se retorna vezes sem conta a cada acordar?
Que dia foi igual ao outro?
Que lua foi igual a de outro dia?
Que resposta fez alguem deixar de perguntar?
Haverá vida sem Sol, sem Lua e sem estrelas?
Haverá vida na constancia de uma só consciencia?
Será possível parar?
Será possível criar um espaço que não nos prenda num lugar?
Um espaço de vida não física e não temporal... haverá tempo sem espaço e
espaço sem início e sem fim?
E se o mar permanece, ele nunca é igual.
Se é pó, se é maresia, poderá algum dia ser alguém?
Segue a vida que é caminho, que não volta atrás e não perdoa
Segue a vida que é Sol, que é Lua, que é Mercúrio, poderá algum dia não ser de ninguém?
Segue a vida, porque vibra, porque dorme, porque ama e porque sente
E quando haverá mais espaço? quando haverá uma sinfonia que não prenda?
Quando haverá um sítio que não segure e que seja como praia, como um jardim
Onde haverá um sítio, um espaço para quem a vida seja sempre sem direção?
Que vida é constancia? que vida é fascinio?
Que vida pode trazer respostas, quando só a pergunta trás verdades?
Qual a natureza da vida num suspiro?
Que vida haverá num eco que retorna, que prende.
que vida haverá num lugar em que se retorna vezes sem conta a cada acordar?
Que dia foi igual ao outro?
Que lua foi igual a de outro dia?
Que resposta fez alguem deixar de perguntar?
Haverá vida sem Sol, sem Lua e sem estrelas?
Haverá vida na constancia de uma só consciencia?
Será possível parar?
Será possível criar um espaço que não nos prenda num lugar?
Um espaço de vida não física e não temporal... haverá tempo sem espaço e
espaço sem início e sem fim?
E se o mar permanece, ele nunca é igual.
Wednesday, July 30, 2014
Amigo do coraçao
Eu
confio em ti, és minha amiga por alguma razão e acredito que é porque
tal como eu tu observas o mundo e és sensível em relação ao que percebes
e consegues ver que todos nós estamos ligados de alguma forma.
Que sejas feliz e a vida te traga oportunidades para que possas brilhar mais.
Deixo-te um pequeno texto do poeta e mestre Zen budista japonês Ryokan:
Before listening to the way, do not fail to wash
your ears.
Otherwise it will be impossible to listen clearly.
What is washing your ears?
Do not hold onto your view.
If you cling to it even a little bit,
you will lose your way.
What is similar to you but wrong, you regard
as right.
What is different from you but right, you regard
as wrong.
You begin with ideas of right and wrong.
But the way is not so.
Seeking answers with closed ears is
like trying to touch the ocean bottom with a pole.
your ears.
Otherwise it will be impossible to listen clearly.
What is washing your ears?
Do not hold onto your view.
If you cling to it even a little bit,
you will lose your way.
What is similar to you but wrong, you regard
as right.
What is different from you but right, you regard
as wrong.
You begin with ideas of right and wrong.
But the way is not so.
Seeking answers with closed ears is
like trying to touch the ocean bottom with a pole.
Abraços e saudades
|
Que lindo meu querido...!
Esse texto expressa bem o que tenho sentido ultimamente... com a passagem de plutao pela minha casa IX entre outras influencias, tenho sentido de facto como andei confusa.
Vejo como a realidade é bem mais complexa do que eu inicialmente pensava e como eu tenho necessidade de transcendê-la.Esse texto expressa bem o que tenho sentido ultimamente... com a passagem de plutao pela minha casa IX entre outras influencias, tenho sentido de facto como andei confusa.
Mesmo assim é impossível transcender algo que não se conhece e que não se escuta.
|
Como
eu agora ando um bocado cinófila... deixo-te por agora com um filme que
marcou a minha infancia. Um filme brasileiro, um bocado hippie dos anos
70.
:Phttp://www.youtube.com/watch?
Thanks Luna!
O meu youtube anda com problemas mas vou ver o filme logo que possa. Talvez hoje.
Muito fixe teres curtido do texto. Os poemas de Ryokan são mesmo bastante sinceros e profundos.
Como dizia o Krishnamurti, quando a gente tem consciência da prisão já se pode considerar que estamos fora dela :D
Muitos beijos e 1grande abraço minha alma gémeniana ;)
Darsy
Palhaços
Tenho a vida repleta de distrações
Distraçoes que encerram a chegada e a partida,
que evitam que eu expresse o que eu quero dizer
Criei um mundo de fantoches em prol de um sonho
Sonho que só dentro de mim existe, estrutural a todo esse conteúdo tão seco
Tenho a vida vazia, a vida por dentro está recheada de palhaços
Palhaços na rua, nas estradas, nos vidros das lojas, palhaços ricos e palhaços pobres.
Palhaços que andam sempre disfaçados.
Criei um mundo, a partir do mundo que já estava criado antes de eu nascer.
Mundo de espelhos, que refletem fardas, almas desamparadas em bares, almas acessas em manifestações que manifestam fisicamente, nada.
Vivi no mundo que vivo, manifestação de leis escritas, escritos que definem as realidades das pessoas, grandes cartazes que dizem o que deves fazer.
Casas cheias de ninguem, e ruas cheias de gente faminta de fazer alguma coisa com os seus corações.
Eu não vivo num mundo, eu sobrevivo num mundo.
Porque a única luta que tras frutos neste mundo é sobreviver.
E quando luto por viver, podem me mandar calar a boca ou podem me chamar de utópica.
Se posso cantar em alguns segundos, se posso dançar por algum tempo, poderei pedir menos comparação?
Vivo a vida como todos os outros, e procuro essa mesma vida como todos os outros,
uns procuram na carteira, outros procuram no trabalho, eu agora procuro na imaginação.
Distraçoes que encerram a chegada e a partida,
que evitam que eu expresse o que eu quero dizer
Criei um mundo de fantoches em prol de um sonho
Sonho que só dentro de mim existe, estrutural a todo esse conteúdo tão seco
Tenho a vida vazia, a vida por dentro está recheada de palhaços
Palhaços na rua, nas estradas, nos vidros das lojas, palhaços ricos e palhaços pobres.
Palhaços que andam sempre disfaçados.
Criei um mundo, a partir do mundo que já estava criado antes de eu nascer.
Mundo de espelhos, que refletem fardas, almas desamparadas em bares, almas acessas em manifestações que manifestam fisicamente, nada.
Vivi no mundo que vivo, manifestação de leis escritas, escritos que definem as realidades das pessoas, grandes cartazes que dizem o que deves fazer.
Casas cheias de ninguem, e ruas cheias de gente faminta de fazer alguma coisa com os seus corações.
Eu não vivo num mundo, eu sobrevivo num mundo.
Porque a única luta que tras frutos neste mundo é sobreviver.
E quando luto por viver, podem me mandar calar a boca ou podem me chamar de utópica.
Se posso cantar em alguns segundos, se posso dançar por algum tempo, poderei pedir menos comparação?
Vivo a vida como todos os outros, e procuro essa mesma vida como todos os outros,
uns procuram na carteira, outros procuram no trabalho, eu agora procuro na imaginação.
Passado
Se eu não soubesse do que sempre soube
De ouvir o bater o coração quando se aperta a mão da nossa mãe em criança
Se eu não seguisse o caminho que eu própria defini
Como quando se esquece do medo e de seguir o que os outros dizem
Se eu não tivesse registado o que sonhava em criança
Escrever, cantar, pular, saltar e cair
A vida é por nós definida de dentro
A vida é tingida sempre no mesmo timbre como o timbre da voz
Mudam as paisagens, mudam algumas vontades, mudam algumas pessoas
Mas de dentro existe um abrigo, uma âncora que segura, como raíz de árvore
uma essencia serena.
Se eu não soubesse que o mundo seria frio e que os invernos viriam
Se eu não soubesse que a infancia sempre seria doce e o tempo entre vidas desafiante
Como mudam as estações, como mudam os namorados, as vidas são inconstantes, mas a verdade incorruptivel
Tempos de numeros, tão falíveis com os jogos de loteria
Tempos em que se diz ter tudo, quando não sentimos nada
A vida é anestesiada, a vida é camuflada, a vida fica do que já passou, a infância!
Como agora sonho com os tempos em que era completa dentro de mim, completa de humana, completa de paixão por ver com olhos sensíveis a minha própria vida de criança.
Agora, sou vestigio desse passado, como um ser que ainda hoje amo. Esse é e será o meu novo e eterno amor.
Esse passado que desespera esse futuro que sem modos, nunca tem medo de ver.
De ouvir o bater o coração quando se aperta a mão da nossa mãe em criança
Se eu não seguisse o caminho que eu própria defini
Como quando se esquece do medo e de seguir o que os outros dizem
Se eu não tivesse registado o que sonhava em criança
Escrever, cantar, pular, saltar e cair
A vida é por nós definida de dentro
A vida é tingida sempre no mesmo timbre como o timbre da voz
Mudam as paisagens, mudam algumas vontades, mudam algumas pessoas
Mas de dentro existe um abrigo, uma âncora que segura, como raíz de árvore
uma essencia serena.
Se eu não soubesse que o mundo seria frio e que os invernos viriam
Se eu não soubesse que a infancia sempre seria doce e o tempo entre vidas desafiante
Como mudam as estações, como mudam os namorados, as vidas são inconstantes, mas a verdade incorruptivel
Tempos de numeros, tão falíveis com os jogos de loteria
Tempos em que se diz ter tudo, quando não sentimos nada
A vida é anestesiada, a vida é camuflada, a vida fica do que já passou, a infância!
Como agora sonho com os tempos em que era completa dentro de mim, completa de humana, completa de paixão por ver com olhos sensíveis a minha própria vida de criança.
Agora, sou vestigio desse passado, como um ser que ainda hoje amo. Esse é e será o meu novo e eterno amor.
Esse passado que desespera esse futuro que sem modos, nunca tem medo de ver.
Thursday, July 24, 2014
Monday, July 21, 2014
Wednesday, May 21, 2014
Saturday, May 17, 2014
Thursday, May 15, 2014
Vão
Não há sentimento que cure
Não há lágrima que em mim se deixe afogar
Nem pranto que se deixe navegar neste mar,
à beira-mar
Não há o que saborear neste vento tão seco
do momento
Nem brisa que pare, para que eu a possa observar
Não há mais luzes que possam alegrar pupilas de olhos ingénuos
Nem canto para saciar a fome e a vontade de chorar
Nada há do tempo que espere, que faça um coração voltar a bater
Nem restos que sobrem dum deserto,
de momentos que ficaram por viver
Ouço muito do pouco que vejo
E esqueço pouco do muito que me permitiria viver
Neste além que são pouco mais do que lamentos
Ganho das asas, o voo.
A espera de abrir asas e desfazer-me em paisagens
para nada ser mais do que chão
Poderei, ainda, ser da natureza dos sonhos para não sentir nada em vão?
Não há lágrima que em mim se deixe afogar
Nem pranto que se deixe navegar neste mar,
à beira-mar
Não há o que saborear neste vento tão seco
do momento
Nem brisa que pare, para que eu a possa observar
Não há mais luzes que possam alegrar pupilas de olhos ingénuos
Nem canto para saciar a fome e a vontade de chorar
Nada há do tempo que espere, que faça um coração voltar a bater
Nem restos que sobrem dum deserto,
de momentos que ficaram por viver
Ouço muito do pouco que vejo
E esqueço pouco do muito que me permitiria viver
Neste além que são pouco mais do que lamentos
Ganho das asas, o voo.
A espera de abrir asas e desfazer-me em paisagens
para nada ser mais do que chão
Poderei, ainda, ser da natureza dos sonhos para não sentir nada em vão?
Saturday, May 10, 2014
Como viver no silêncio?
no ventre da claustrofobia?
No eco do intransigente?
No beco da cobardia?
Para quê não ter direcção?
Para quê ter vida e morada?
Quando passarás, para segundo plano?
meus sonhos, minha vida e minhas palavras?
Para quê sonhar se posso comprar
Tuas coisas, tuas roupas e tuas pisadas
Porquê esquecer de contar?
o tempo, o pão, a luz e a água
E se quizer ser fumo, ser lareira e ser terra do chão?
Onde vou esconder minha farda?
Como cantar uma canção, se vivo desencantada?
no ventre da claustrofobia?
No eco do intransigente?
No beco da cobardia?
Para quê não ter direcção?
Para quê ter vida e morada?
Quando passarás, para segundo plano?
meus sonhos, minha vida e minhas palavras?
Para quê sonhar se posso comprar
Tuas coisas, tuas roupas e tuas pisadas
Porquê esquecer de contar?
o tempo, o pão, a luz e a água
E se quizer ser fumo, ser lareira e ser terra do chão?
Onde vou esconder minha farda?
Como cantar uma canção, se vivo desencantada?
Para Dizer-te
Queria dizer-te que o mar sempre esteve
no teu olhar
Que o abrigo que procurei foste tu
E que o Sol que procuras já estava em
ti
Queria mostrar-te que aqueles que
deviam saber afinal
nunca souberam nada
E eu sei porque quando estava na lama, olhei para cima e vi
Queria mostrar-te que tu és grande
Embora te acredites pequeno
Por dentro tens o mundo inteiro
Mostraste-me sem querer um dia, em que me
abraçaste
e ninguem me disse nem tu, mas por
fazeres-te pequeno, eu vi
Queria-te aqui, por não quereres tanto
aqui estar
Por seres tu, e mais ninguém, por
estares bem sem nada de mim
Por seres fraco, seres tu, mesmo sozinho,
por deixares-te ser quem és
mesmo sabendo que não terás ninguém
ao teu lado
Eu fui no tempo, eu sou das memórias
Como água argilosa que reflecte, o
tempo que já passou
Agua que se pisa e se esquece, brisa
que paira sem teto
Eu vi, vi o mundo numa inspiração,
Vi o mundo, vi os mundos que variam no
íntimo de cada lugar
E numa poça te vi, tão tonto de não
seres de lado nenhum
Como eu, que estava tão bem vestida de
nada
E eu em mim, me acredito tola, também
Tão zonza de poucas certezas
Com a cabeça fugindo do tempo
Com os pés perdida entre espelhos
Tão parada, por ser dentro, um ser de
mar agitado
Tão ansiosa, por ver tão pouca gente
a viver
E sabendo que o futuro é isto,
esse sangue pisado sobre a sensação
sabendo que o futuro é suposto ser rocha,
em vez de ser esse amor
do futuro não ver sentimentos, mas
planos
E da vida, ver mais papéis do que sonhos
De tão poucos sonhos que tinha, vi que
sonhavas tão bem...
Sonhavas calado enquanto eu cansada
suspirava,
e tu calavas, e eu era, o teu silencio
que escutava,
no meu peito eu escutava a tua voz calada mesmo enquanto eu
dormia.
E eu queria dizer-te, o que só poderia
dizer calada
queria partilhar contigo o mundo que
me tem habitado ultimamente
Mas quando olho o céu a noite,
lembro que o meu mundo interno há de
estar ali também
e que se te dissesse a ti eu já não seria mais
novidade nenhuma
Só te posso dizer,
que devemos estar sempre no lugar certo,
mesmo por nunca estarmos bem em lado
nenhum.
Friday, April 11, 2014
Thursday, April 10, 2014
Saturday, April 05, 2014
Wednesday, April 02, 2014
Friday, March 21, 2014
Monday, March 17, 2014
Thursday, March 13, 2014
Saturday, March 01, 2014
Saturday, February 22, 2014
Thursday, February 20, 2014
Friday, February 14, 2014
Wednesday, February 05, 2014
No teu olhar vi o mundo completo, o querer do ser intacto e inalterado. Em minhal alma viste toda a terra num lar e num corpo dum embalo de amantes a sonhar.
e o teu gesto, desfolhou-me o meu instante dos prantos dos quais eu me fazia andar e fizeste-me surgir de mim mulher, nutrida do teu sonho de árvores e pássaros a voar.
Juntos fomos 1 em primavera, em chva, e em cheiro a terra. Vimos o mundo no cheiro a chuva, e no toque que o amor musicava. Como 2 patos felizes, 2 felinos selvagens, fomos 2 desta terra, do barro e do suor.
E separamos as metades, com a compaixao da alma que continua o seu labor. Tu és um anjo e eu sempre soube que os teus sonhos seriam maiores do que eu.
Já és da terra que piso, e o que serei do que fui, e tudo isto já há de ser o bastante.»
Saturday, January 25, 2014
Sunday, January 19, 2014
Terra molhada
Encontro pessoas dispostas a ouvir, poucas dispostas a escutar
Pessoas dispostas a ditar, pouco dispostas a questionar
Encontro ventos de norte, poucos ventos desnorteados.
Quero ventos desnorteados em fascínios.
Quero montanhas que possam dar vós a ventania.
Quero liberdade ressuscitada no primeiro gole do dia.
Facetas descobertas a tudo o que prende.
Quero ressuscitar-me nesta chuva em mim.
Quero partir para nunca mais chegar
E sorrir para ser mais que o retrato, ser vida
Quero cantar, como se vivesse no canto
ser de todos os pássaros que escolhem essa vida
Dançar no espanto das saias e no espanto do corpo
Viver na ilusão da vida sem morte e do amor sem desamor
Criar para dar sem pedir e para ter sem comprar
Quero cuidar porque gosto e ver crianças porque respiro
E ser árvore para aprender do toque o teu toque íntimo
Quero correr de braços abertos e deixar o calor alastrar-se num dia de Sol
Quero vidas e dias e meses soltos e dados aos ventos
Quero roupas rasgadas e coisas largadas,
quero um mergulho no mar
Quero pessoas confusas com palavras
que possam querer dizer qualquer coisa
Quero tanto que até me bastava o mar,
quero tanto que até me contenta a terra.
Pessoas dispostas a ditar, pouco dispostas a questionar
Encontro ventos de norte, poucos ventos desnorteados.
Quero ventos desnorteados em fascínios.
Quero montanhas que possam dar vós a ventania.
Quero liberdade ressuscitada no primeiro gole do dia.
Facetas descobertas a tudo o que prende.
Quero ressuscitar-me nesta chuva em mim.
Quero partir para nunca mais chegar
E sorrir para ser mais que o retrato, ser vida
Quero cantar, como se vivesse no canto
ser de todos os pássaros que escolhem essa vida
Dançar no espanto das saias e no espanto do corpo
Viver na ilusão da vida sem morte e do amor sem desamor
Criar para dar sem pedir e para ter sem comprar
Quero cuidar porque gosto e ver crianças porque respiro
E ser árvore para aprender do toque o teu toque íntimo
Quero correr de braços abertos e deixar o calor alastrar-se num dia de Sol
Quero vidas e dias e meses soltos e dados aos ventos
Quero roupas rasgadas e coisas largadas,
quero um mergulho no mar
Quero pessoas confusas com palavras
que possam querer dizer qualquer coisa
Quero tanto que até me bastava o mar,
quero tanto que até me contenta a terra.
Thursday, January 16, 2014
Ficção
Gostava de libertar-me da sensação de estar a ser observada
mesmo quando não estou.
Sinto a vida como se estivesse num filme e eu fosse personagem exterior a minha própria história.
Não me sinto parte do que acontece diariamente em minha própria vida.
Não sou parte do meu trabalho, não sou parte do que estudo, não sou parte do que penso, e nem sinto relação com as pessoas a minha volta.
Essa sensação é mais autêntica com as pessoas, no geral com estas não sinto relação alguma.
Por momentos posso sentir-me parte de uma lembrança que partilhei com alguma pessoa que considerei especial. No entanto, essa experiência de pertença, é muito rara. A maior parte do tempo, sou passiva em vida. Se algo houver em que me torne activa, é na escrita, nos meus sonhos, na natureza, em pequenos segundos onde não penso e reajo simplesmente.
Mas… esses momentos vivos são cada vez mais escassos. Frequentemente, ajo depois de pensar e assim.. mais uma vez, me torno personagem passiva no filme da minha própria mente.
Um dia, gostava de acordar, e decidir viver. Pelo menos um dia inteiro! Mas para isso, teria de me sentir segura onde estivesse para ser quem sou sem pensar. E esse lugar ilimitado, nem sequer sei se existe. A liberdade completa, dificilmente existe por mais do que alguns segundos, ou minutos por sorte, até que o pensamento nos atormente. Nos atormente a consciência do outro, que não somos nós, mas que deveria ser. E então, volto outra vez ao turbilhão do ser e não ser e assim já não estou a viver!
Não me sinto parte do que acontece diariamente em minha própria vida.
Não sou parte do meu trabalho, não sou parte do que estudo, não sou parte do que penso, e nem sinto relação com as pessoas a minha volta.
Essa sensação é mais autêntica com as pessoas, no geral com estas não sinto relação alguma.
Por momentos posso sentir-me parte de uma lembrança que partilhei com alguma pessoa que considerei especial. No entanto, essa experiência de pertença, é muito rara. A maior parte do tempo, sou passiva em vida. Se algo houver em que me torne activa, é na escrita, nos meus sonhos, na natureza, em pequenos segundos onde não penso e reajo simplesmente.
Mas… esses momentos vivos são cada vez mais escassos. Frequentemente, ajo depois de pensar e assim.. mais uma vez, me torno personagem passiva no filme da minha própria mente.
Um dia, gostava de acordar, e decidir viver. Pelo menos um dia inteiro! Mas para isso, teria de me sentir segura onde estivesse para ser quem sou sem pensar. E esse lugar ilimitado, nem sequer sei se existe. A liberdade completa, dificilmente existe por mais do que alguns segundos, ou minutos por sorte, até que o pensamento nos atormente. Nos atormente a consciência do outro, que não somos nós, mas que deveria ser. E então, volto outra vez ao turbilhão do ser e não ser e assim já não estou a viver!
Descrevi como acontece esse processo consciente, que me
permite viver de mim mesma em filme. O que haverá entre um nome e a
inexistência. Será exigência minha, esse querer viver assim intensamente? O que resta entre o que existe e o que não existe. O que há entre
o sentimento e um processo mental qualquer? É daí que creio numa realidade
qualquer da qual faça parte. Mas na verdade, sinto uma certa satisfação em não
querer-me sequer definir. Algo definido parece-me também algo preso a um conceito, e por isso também limitado.
É o mesmo quando penso que encontrei a pessoa que realmente amo e subitamente, quando essa pessoa afasta-se por algum tempo, sinto-me muito mais presente em mim, do que quando essa pessoa que amo estava comigo. Como será isto possível? É como se eu fosse capaz de amar uma
pessoa, de forma mais completa na sua ausência e não na sua presença. Porque só nessa ausência, essa pessoa
permite que eu a mim mesma encontre.
Aí nessa distância, deambulo, espreguiço-me, escrevo, aprecio a paisagem, aí quando me ausento do amor, encontro amor em mim, o amor que antes nem recordava que existia. Quando quero alguém ao meu lado com demasiada força, esqueço até que eu própria existo. O mistério consiste em saber, qual prazer possuo em esquecer quem sou. Porque por vezes esqueço desse prazer de fazer e ser o que me apetece? Escrevo deste sentimento, para criar um distanciamento, do único sentimento próprio, ao qual facilmente não sou personagem própria de mim. Esse sentimento, é o único sentimento que me faz desempenhar um papel activo dentro do meu próprio corpo. De todos os outros sentimentos, sou retrato e sou ficção.
Aí nessa distância, deambulo, espreguiço-me, escrevo, aprecio a paisagem, aí quando me ausento do amor, encontro amor em mim, o amor que antes nem recordava que existia. Quando quero alguém ao meu lado com demasiada força, esqueço até que eu própria existo. O mistério consiste em saber, qual prazer possuo em esquecer quem sou. Porque por vezes esqueço desse prazer de fazer e ser o que me apetece? Escrevo deste sentimento, para criar um distanciamento, do único sentimento próprio, ao qual facilmente não sou personagem própria de mim. Esse sentimento, é o único sentimento que me faz desempenhar um papel activo dentro do meu próprio corpo. De todos os outros sentimentos, sou retrato e sou ficção.
Amar a distância
Adoro amar-te a distância.
Como adoro buscar inspiração na
minha ausência de mim.
Adoro flutuar em presença.
Como adoro buscar refúgio num
silêncio das palavras que não digo.
Adoro o contraste da diferença que tenho de outros,
para
exaltar-me em algum objecto de paisagem.
Adoro a vida, vivida num fôlego.
Como adoro a vida do
passado que já morreu.
Adoro acariciar-te até em minha própria mente.
E observar
pessoas mentirem a si mesmas,
ao exaltarem as suas próprias existências medíocres.
ao exaltarem as suas próprias existências medíocres.
Adoro escrever, porque me permite existir,
quando doutras
coisas prefiro abdicar por serem tão existentes, que se tornam triviais.
Embora seja nas coisas triviais, que busco conforto e não
nas pessoas.
Cedo senti que pessoas significativas fugiam de mim,
então aprendi que possuo pessoas na ausência.
então aprendi que possuo pessoas na ausência.
Adoro não significar nada de ninguém,
como adoro significar tudo para alguém num segundo apenas.
como adoro significar tudo para alguém num segundo apenas.
Como adoro não ser nada, para poder ser
tudo ao mesmo tempo.
Adoro-te mais ao longe, e só a distância concordo contigo.
Por eu ser insustentável ao meu próprio corpo,
tu tornas a minha vida real.
tu tornas a minha vida real.
Enquanto em meu próprio corpo, eu seria insustentável a minha imaginação.
Só na imaginação, permito-me amar ao longe.
Saturday, January 11, 2014
Cinzas
Amor, ser é amor
Qual esqueleto saltitante, qual luta pela vida
qual segurança fingida que é a vida do trabalhador
O amor é que é a vida
Quais laços escritos em papéis de casamento
Quais notícias de jornal a definirem o vencedor e o perdedor
Do amor, morrerei, do amor nascerei
Quais objectos materiais, quais corpos
A vida é dos espíritos viajantes pelo mundo,
E dos nus ressuscitando o universo em suas planetárias respirações
Sou dessa individualidade desconstruída, desse fogo que apagado volta a queimar
Qual obra construída, qual acontecimento que marcou
quando aparece amor, tudo se curva e tudo se desvanece
Quais reis, e quais encontros mediáticos
Qual sobrevivencia, qual rotina diária
Por amor, até me desfaço em cinzas e sou feliz
Qual esqueleto saltitante, qual luta pela vida
qual segurança fingida que é a vida do trabalhador
O amor é que é a vida
Quais laços escritos em papéis de casamento
Quais notícias de jornal a definirem o vencedor e o perdedor
Do amor, morrerei, do amor nascerei
Quais objectos materiais, quais corpos
A vida é dos espíritos viajantes pelo mundo,
E dos nus ressuscitando o universo em suas planetárias respirações
Sou dessa individualidade desconstruída, desse fogo que apagado volta a queimar
Qual obra construída, qual acontecimento que marcou
quando aparece amor, tudo se curva e tudo se desvanece
Quais reis, e quais encontros mediáticos
Qual sobrevivencia, qual rotina diária
Por amor, até me desfaço em cinzas e sou feliz
Friday, January 10, 2014
Homeostase
Tudo tem uma música própria, com a qual, pode livremente ressoar. Não há obrigações com a vida, quando ela pode se criar naturalmente a partir de dentro.
O verdadeiro trabalho consiste, em permitir a abertura para à vida na sua própria expressão.
Nós sentimos e somos verdadeiramente, em mútuas relações. No entanto, enquanto elas surgem, em momentos de solidão há algo que interrelaciona tudo, como uma vibração, uma canção onde as almas se permitem existir em dança e em extensas divagações. Apesar de existirmos em relação, parece-me que existe nisso algo para além disso mesmo, para além de relações sociais.
Um senso de existir maior, uma construção aparentemente desconstruída, um equilíbrio em homeostase interna e externa- um tom, uma harmonia natural com a qual ressoamos.
Como se tudo tivesse a sua própria música e o seu próprio pranto, tudo tem o seu ponto íntimo que o faz ressoar. Não é necessário força, e sim liberdade, nem complexidade e sim simplicidade.
Tudo tem o seu auge invisível, uma essência que se permitirmos, pode criar quem somos.
E não é necessário nome algum, e sim permitir. Abrir para a música a nossa volta. Esse lado sensível que há em tudo. Nas pessoas que passam por nós, nos animais, nas coisas, todas essas coisas tem uma canção. Algo intrínseco a si próprios. Algo único e distinto que espera ansiosamente libertar-se de si próprio, libertar-se da própria vida, sendo a vida em si. Todos temos um anseio de morte, que trás o anseio de vida, que trás, as revoluções. Mas que apesar de gerar uma aparente turbulência exterior, é o que trás movimento a própria vida.
O verdadeiro trabalho consiste, em permitir a abertura para à vida na sua própria expressão.
Nós sentimos e somos verdadeiramente, em mútuas relações. No entanto, enquanto elas surgem, em momentos de solidão há algo que interrelaciona tudo, como uma vibração, uma canção onde as almas se permitem existir em dança e em extensas divagações. Apesar de existirmos em relação, parece-me que existe nisso algo para além disso mesmo, para além de relações sociais.
Um senso de existir maior, uma construção aparentemente desconstruída, um equilíbrio em homeostase interna e externa- um tom, uma harmonia natural com a qual ressoamos.
Como se tudo tivesse a sua própria música e o seu próprio pranto, tudo tem o seu ponto íntimo que o faz ressoar. Não é necessário força, e sim liberdade, nem complexidade e sim simplicidade.
Tudo tem o seu auge invisível, uma essência que se permitirmos, pode criar quem somos.
E não é necessário nome algum, e sim permitir. Abrir para a música a nossa volta. Esse lado sensível que há em tudo. Nas pessoas que passam por nós, nos animais, nas coisas, todas essas coisas tem uma canção. Algo intrínseco a si próprios. Algo único e distinto que espera ansiosamente libertar-se de si próprio, libertar-se da própria vida, sendo a vida em si. Todos temos um anseio de morte, que trás o anseio de vida, que trás, as revoluções. Mas que apesar de gerar uma aparente turbulência exterior, é o que trás movimento a própria vida.
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